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Dakota!

- Ihhhh, transou! – Foi a primeira coisa que Arielle disse quando eu cheguei na empresa segunda, depois que o meu namorado maravilhoso fez questão de me buscar em casa, mesmo eu dizendo mil vezes que não era necessário. Estava tão na minha cara assim?

- Bom dia pra você também, Arielle Vandenberg. – Ela me seguiu entrando na sala.

- Ela chegou! – Ouvi ela dizer e olhei para trás, vendo que ela estava no celular. – Ok, estou te esperando.

- O que é isso? – Perguntei enquanto ela se jogava numa das poltronas à frente da minha mesa e cruzava as pernas.

- Estou apenas comunicando a minha querida amiga Eloise que você chegou e que agora nós vamos ter um papo federal sobre os últimos acontecimentos.

- Ahhh, agora Eloise é sua "querida amiga"? – Debochei.

- Não fica com ciúmes tá. – Fiz uma careta e Eloise apareceu na minha sala.

- Pode ir desenrolando tudo. Anda logo. – Eloise se sentou na outra poltrona e eu dei risada.

- O que é isso? Interrogatório policial? – Perguntei e as duas se entreolharam.

- Quase. – Eloise respondeu.

- Mas gente, eu preciso trabalhar.

- Mentira. – Arielle me interrompeu. – Sua agenda da manhã está limpa. Anda, fala. – Me sentei na cadeira e cruzei as mãos em cima da mesa.

- O que vocês querem saber?

- Desde o começo. – Eloise disse.

- Tudo. Óbvio. – Arielle respondeu em seguida. – E nos mínimos detalhes. Por gentileza. – Respirei fundo sabendo que enquanto eu não contasse as coisas para elas, elas não sairiam dali.

- Bom... Tudo começou pra valer na nossa viagem em Venice. – Eloise arregalou os olhos e sorriu desconfiada.

- Bem que eu reparei que ele tava com ciuminho de você por causa do Sean. – Fiz uma careta e continuei contando como as coisas tinham sido. Falei do jantar na casa dele, onde ele me confidenciou que já tinha terminado o noivado e nós decidimos tentar, sem que ninguém soubesse.

- E por que esse segredo todo Dak? – Arielle perguntou.

- Ah amiga... – Suspirei. – Você sabe como eu sou. Sabe da minha insegurança e sabe também como eu sou com essas coisas de relacionamento. Fiquei com medo, confesso, de me verem como uma aproveitadora, ou que eu consegui um cargo mais alto na empresa por estar com o presidente, sei la, pensei mil coisas e ele me entendeu. – Sorri.

- Enfim, faz um mês que nós estamos nisso.

- Um mês e a gente sem saber. Tá vendo isso Arielle???

- Prefiro nem comentar. – Arielle retrucou.

- Ai gente, já expliquei meus motivos. Mas, eu cansei de me esconder e ainda mais de dar margem para outras se aproximarem. – Empinei o nariz. – Por isso agarrei ele sexta. É meu mesmo.

- Transou? – Arielle perguntou curiosa.

- O que você acha? – Respondi com as bochechas já vermelhas e as duas caíram na risada.

- Até que enfim tirou as teias de aranha né amiga! Obrigada Deus. – Arielle debochou e eu joguei uma caneta nela, que continuou rindo.

- É isso. Ontem ele jantou lá em casa. Nós conversamos com a Nina sobre nós e está tudo certo. Estou tão feliz que tenho até medo. – Cobri o rosto com as mãos.

Learning to love again.Onde histórias criam vida. Descubra agora