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Jamie!

"Eu falei pra ele que você era o meu pai. (...) Você vai ser meu pai agora, não vai?"

Essa frase e essa voz não saiam da minha cabeça. Eu não tinha absolutamente nada a ver com Nina. Ao olhar de outras pessoas, ela era apenas a filha da minha namorada e só. Mas eu não conseguia pensar assim e muito menos me distanciar disso tudo.

Desde o momento que eu descobri que Dakota tinha uma filha e que eu pus os olhos naquela garotinha, alguma coisa nova surgiu dentro do peito. Eu me senti, instantaneamente, ligado a Nina. E ao que parece, ela a mim.

Ver o desespero dela quando aquela situação toda acontecer com o cara, que era até então o seu pai, me estraçalhou por dentro.

No dia seguinte, Dakota me contou toda a história, nos mínimos detalhes, desde quando eles namoravam, até a parte que ela engravidou e ele simplesmente a abandonou e agora, resolveu ressurgir das cinzas. Matt, esse era o nome do desgraçado que eu faria o impossível para manter longe das minhas meninas.

Eu prometi a Nina que seria o pai dela. E isso não foi uma promessa de momento ou por pressão pelo que aconteceu, mas foi uma promessa de coração. Eu amava aquela garota. Sim, eu a amava, talvez como um pai ama uma filha e o que estivesse ao meu alcance para fazer por ela, eu faria.

O campeonato da NBA passava na TV e eu não estava nem prestando atenção, ao contrário de Henry e Matthias, que torciam feito loucos pelos Warriors.

Minha cabeça estava longe, pensando em Dakota e em Nina e no que eu faria para mantê-las comigo e longe do tal Matt, que eu já odiava com todas as minhas forças. A única coisa que puxou de volta minha atenção, foi quando Henry começou a falar.

- Amber me deixou. – Ele disse numa voz desanimada, como eu nunca tinha visto.

- Pensei que ela já tivesse feito isso. – Ironizei e dei um gole na minha cerveja e Matthias deu uma risada.

- Ha ha ha. Muito engraçado você. Porra, vocês sabem que a gente ainda ficava, mas sábado ela simplesmente decidiu que não queria mais.

- E você aceitou numa boa? – Matthias perguntou.

- Aceitei né. O que eu poderia fazer? – Henry respondeu.

- Cara, o que você tem de músculo, você não tem de cérebro. – Matthias alfinetou. – O que você deveria ter feito? Não ter deixado ela ir né seu otário.

- Me entendam, cacete. O que Amber quer de mim agora, eu não posso oferecer. Ela quer fidelidade, me quer só pra ela e infelizmente, o meu lado cachorro fala mais alto. – Ele deu um sorriso.

- Espera só pra ver o seu lado cachorro falar mais alto quando você ver ela com outro homem. – Eu disse e o sorriso dele murchou na hora. – Uma hora ela vai arrumar alguém Henry, ela não vai esperar que você decida se um dia vai querer ela de volta. Amber é uma mulher linda, bem sucedida e o que não vão faltar são marmanjos atrás dela.

- Amber me ama. Ela não vai arrumar outro cara. – Ele disse convicto.

- Aham. Espera pra ver. Você acha mesmo que ela vai ser dependente do amor que ela sente por você pelo resto da vida? Caí na real Henry. – Retruquei e ele ficou calado.

Levantei do sofá e fui na cozinha pegar outra cerveja e quando voltei pra sala, os dois me olhavam.

- Que que foi?

- Você e Dakota, o que foi aquilo? – Matthias perguntou com um sorriso malicioso.

- Nunca viu um casal se beijar não? – Respondi rindo.

Learning to love again.Onde histórias criam vida. Descubra agora