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Dakota!
O caminho até o carro não foi dos melhores. De dois em dois segundos eu precisava parar por causa da dor e Jamie estava em pânico.

- Amor, ligue para a doutora Greene. - Respirei fundo. - Gail tá dormindo lá em casa, liga pra ela também e peça pra ela cuidar de Nina e depois liga pra minha mãe, para o seu pai, pra Eloise e para os seus irmãos pra falar que nós estamos indo para o hospital. - Respirei fundo mais uma vez.

Jamie parou com a chave do carro no meio do caminho para ligá-lo, e olhou para mim como se eu fosse uma aberração.

- Eu não tô conseguindo nem ligar o carro de nervoso e você lembra que tem que ligar pra esse tanto de gente? - Dei uma risada que me causou mais uma contração e eu já estava suando frio.

- Tá, tá. Se concentra. Liga o carro e e depois ligue para a doutora Greene por enquanto e pelo amor de Deus, dirija o mais rápido que você conseguir, sem cometer nenhuma infração. - Ele assentiu e ligou o carro, acelerando.

Assim que saímos de casa, ele ligou para a doutora Greene que por sorte, estava de plantão. Ela e o doutor Welch. Os dois fariam meu parto. Obrigada Deus, estava tudo no caminho certo. No momento, eu só me concentrava em respirar fundo e tentar esquecer um pouco da dor.

Jamie atendeu o meu pedido e dirigiu o mais rápido que pôde, não demorando a chegar no hospital.

Uma enfermeira já me aguardava com uma cadeira de rodas na porta da emergência e me levou direto para a sala de exames, dizendo que conferiria todos os meus sinais vitais e os dos bebês para saber se estava tudo bem.

Jamie demorou um pouco para aparecer na sala. E quando chegou, estava com as bolsas e disse que já tinha ligado para a família, avisando que os bebês iam nascer.

Doutora Greene entrou na sala, animada e eu desesperada.

Ela também conferiu os exames pré-parto, além de dilatação e essas coisas todas que médicos tem que fazer e eu só queria os meus bebês no meu colo logo.

- Dakota, depois de conferir a posição dos bebês, a dilatação e o líquido amniótico, eu recomendo uma cesárea. São gêmeos, você já teve um parto normal e eu prefiro não arriscar a ter que fazer uma cesárea de emergência, caso dê algum problema. Tudo bem para você? - Assenti e ela sorriu. - Ótimo. - Ela olhou para Jamie. - Vai acompanhar o parto, pai?

- Eu? - Meu marido ainda parecia estar em outro planeta. Ele me olhou pedindo ajuda. - Cla-claro.

- Então, vamos trazer esses bebês ao mundo!!! - Doutora Greene exclamou e eu sorri.

- Chegamos a tempo? - Eloise apareceu na sala de exames. - Ufa! Nunca dirigi tão rápido. - Eu ri.

- Elô... - Pedi quando a maca chegou perto dela, que estava na porta. - Busca a Nina, minha mãe e minha tia, por favor. Quero elas aqui quando eles nascerem. - Ela beijou minha testa. 

- Claro amiga, vai tranquila que eu quero conhecer meus sobrinhos logo.

- Seu afilhado, amiga. - Eloise arregalou os olhos e eles continuaram empurrando a maca.

- E você não vai desmaiar na sala de parto viu. - Eu ouvi ela dizendo a Jamie que foi levado para uma sala diferente da minha.

Houve toda uma preparação na sala de cirurgia. Trocaram a minha roupa por uma camisola de hospital, colocaram uma touca na minha cabeça e um soro no meu braço e a anestesia logo em seguida.

Jamie apareceu minutos depois vestido em um macacão azul, também de touca e de máscara. Eu quando o vi, comecei a chorar.

- Ei amor, tá tudo bem. Vai dar tudo certo. - Ele beijou minha testa, segurou minha mão e fazia carinho no meu rosto.

Learning to love again.Onde histórias criam vida. Descubra agora