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Jamie!

Era segunda-feira e quando eu percebi isso, soquei o travesseiro e resmunguei. Não estava com a mínima vontade de trabalhar, muito pelo contrário, o frio que fazia em Nova York, só me dava ainda mais vontade de passar o dia enroscado na minha mulher, que por sinal, não estava mais na cama.

Dakota tinha passado o domingo comigo e a ideia era irmos para o trabalho juntos hoje. O domingo passou na velocidade da luz, mas o bom disso tudo, é que não nos desgrudamos um segundo. Assistimos filme, ela cozinhou para mim, transamos, tomamos banho juntos e eu dormi enrolado nela, feito uma jiboia.

E eu poderia me acostumar facilmente com essa visão todos os dias na minha cozinha. Eu tinha tomado banho, vestido parte do meu terno e encontrei-a na minha cozinha, vestida com uma camisa minha, descalça e se sentindo completamente a vontade.

Deus, como eu amava aquela mulher! E cada dia que se passava eu tinha mais certeza disso, uma certeza ainda maior que eu a queria comigo, na minha casa, não só aos finais de semana, mas dormindo e acordando comigo todos os dias.

Sem fazer barulho, cheguei por trás dela e a abracei, fazendo-a pular de susto.

- Bom dia, meu amor! - Ela pulou em meus braços.

- Quer me matar de susto? - Ela disse afobada e eu dei um beijo em seu pescoço, fazendo-a amolecer. - Bom dia amor! Quase me faz derrubar essa panquecas. - Dei uma risadinha e ela se virou para mim. - Ah não, você está todo cheiroso e lindo e eu estou um desastre e cheirando a gordura.

- Amor...

- Vou tomar um banho e volto em dois minutos. Já está tudo pronto - Ela colocou o prato de panquecas na ilha da cozinha e correu para o quarto.

Quando ela voltou, vestia uma calça social branca, uma blusa azul marinho e um belo scarpin. Os cabelos ainda úmidos do banho, davam a ela um ar sexy rebelde, misturado com a elegância de uma vice-diretora financeira. E isso me deixava de queixo caído.

- Você está linda! - Dakota sorriu e eu dei um beijo em seu rosto.

Nós tomamos café juntos e voltamos para o quarto para terminarmos de nos aprontar para mais uma semana na empresa. O ritmo havia diminuído, devido à proximidade das festas de final de ano, o que me lembrou de uma coisa.

- Amor, o que você costuma fazer no Natal? - Eu estava de frente para o espelho dando um nó na minha gravata e ela no banheiro escovando os dentes. Esperei um tempinho até ela terminar e sair do banheiro, ela segurou minha gravata e terminou de dar o nó seguido de um selinho.

- Sempre fico em casa com Nina e minha tia. Nós fazemos umas comidas diferentes, uma ceia só nossa, meu irmão geralmente aparece por lá e nós vamos ao Rockefeller Center ver a árvore e as luzes de Natal. Nina adora. - Ela sorriu de frente para o espelho, começando a se maquiar.

- E o que acha de fazermos alguma coisa diferente esse ano? - Ela me olhou pelo espelho esperando que eu terminasse. Eu a abracei por trás e fitei nossos reflexos no espelho. - Eu queria muito que vocês passassem o Natal comigo em Long Island. Meu pai tem uma casa enorme lá e todos os anos nós reunimos a família e passamos o Natal juntos. - Dakota hesitou um pouquinho e depois sorriu.

- Eu adoraria meu amor, mas não queria deixar minha tia sozinha.

- Mas isso não é problema, nós levamos ela. Aposto que ela vai adorar a companhia de Samina e de dona Grace, minha avó. Ela é uma graça. - Ela deu uma risadinha.

- Nós vamos amor. - Ela se virou de frente para mim e envolveu os braços em meu pescoço. - Eu vou amar passar o Natal com você. - Devolvi o sorriso e nós nos beijamos.

Learning to love again.Onde histórias criam vida. Descubra agora