Doesn't it feel like Our time is running out?

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O telefone de Izzy toca: era a prima. A menina cruzou os dedos, desejando que fosse a resposta e que fosse a esperada, claro:
— Alô? – Atendeu.
— Izzy, eu vou pro Kansas mesmo. Vou entrar no Elite Way. – Disse Kaylee, alegre.
— Ai, que bom! – Izzy sorriu. – Já se despediu dos seus amigos?
— Vou me despedir hoje. Vou dar uma festinha aqui em casa.
— Entendi... Não vai ter problema com ficante, nada?
— Ah, pst! Que ficante o quê! – Kaya deu de ombros e Izzy riu. – Bom, depois de amanhã, já estou aí.
Ambas se despediram e desligaram os telefones. Izzy estava na casa do namorado, Max, vendo alguns filmes. Afinal, por que não comemorar o início das férias de fim de ano com o namorado? O menino notou que os olhos azuis da menina brilhavam mais do que o normal e arriscou:
— A resposta foi positiva, certo?
— Certo! – A menina o abraçou. – Ai, sorte que já deixei o quarto dela limpo. – Riu e Max a acompanhou. – Eu preciso falar isso pro Mike! – Discou o número do melhor amigo.
Assim que Mike atendeu, Izzy disse, esbaforida:
— Mike! Kaya vem pra cá! Ela vai entrar na mesma escola que a gente!
Mike nunca fora de ligar para garotas. Tinha aqueles pegas ali, aqui, nas festas, mas Mike não era do tipo "de relacionamento sério". Ele só não estava cagando para a chegada da garota por causa da amiga, que estava superfeliz. Senão, soltaria um belo foda-se:
— Puxa Izzy, que legal. – Mike fingiu estar empolgado. – Afinal, nós três vamos sair ou não? – Indagou.
— Sim, vamos! – Izzy desligou o telefone. – Vamos, amor? – Puxou a mão do namorado, que assentiu.

Já que já tinha terminado todos os seus afazeres, Kaya pegou seu tempo livre para cuidar de sua beleza antes da festa. Passou um tempão no banheiro hidratando o cabelo, a pele, tomando banho, secando cabelo... Depois de um longo tempo no banheiro, a menina saiu de roupão e cheia de bobes na cabeça. Sentou na penteadeira e começou a aplicar seus cremes. Soltou os cabelos e começou a passar a chapinha.
"Pronto. Só falta a maquiagem." – Pensou.
Olhou para a roupa que usaria na festa e suspirou. Sabia que a escola era uma das melhores, mas doía partir do lugar que ela nasceu e viveu. O sacrifício valeria a pena. Era isso que Kaya tinha em mente. Pegou as peças que havia separado e as vestiu. A roupa era um conjunto cropped bege, acompanhado de pulseiras, brincos e sandálias altas douradas. A menina fez uma maquiagem dourada e marrom e acrescentou um gloss nos lábios. Os sapatos a deixavam quinze centímetros mais alta. Terminou de se arrumar e sorriu para sua imagem no espelho.
A mãe entrou no quarto e viu a filha toda arrumada:
— Que linda. – A mãe passou a mão pelos cabelos da filha.
— Obrigada. – Kaya sorriu.
— Tem certeza de que quer fazer isso, filha?
— Tenho. Vai valer a pena, vai ver! – Kaya sorria, entusiasmada.
— Ok, filha. – Crystal sorriu. – Seus amigos já chegaram.
— Ah! Tchau, mamãe. – Ela saiu correndo.
Kaya e as amigas dançavam ao som de "Tell me something I don't know" e a garota rolava seus olhos verdes pelo local, na esperança de quem ela desejava. Até que o garoto que ela esperava ansiosamente tinha chegado. Com uma jaqueta preta, jeans e tênis preto, Marcus entrou na casa e Kaya foi para o meio da sala com as amigas justamente para chamar a atenção do menino. Rebolava, descia, quando finalmente o garoto foi falar com ela:
— Festa legal! Não sabia que sua casa era tão grande, muito menos que ia fazer aqui perto da piscina. Bem legal. – Ele voltou seus olhos castanhos para a garota. – E a propósito, você 'tá linda. – Colocou uma madeixa de cabelo para trás da orelha de Kaya.
— Obrigada. – Kaya disse, acanhada.
As amigas olhavam para Kaya, felizes:
— Algo me diz que é hoje. – Uma delas dizia.
— Close na Kayinha. – A outra torcia para que a amiga conseguisse o que queria.

Kaya's P.O.V Mode = ON
— Se me dá licença, eu vou ali falar com uns caras. Nos trombamos por aí. – Marcus beijou minha bochecha.
Sem acreditar, coloquei minha mão em cima do lugar e sorri que nem boba. Marcus mexia comigo. Desde que decidi ir embora, eu não sabia como iria superar. Ele sempre esteve ali comigo, me apoiando em tudo. Ok leitor, você venceu. Eu gosto dele. Mas ninguém sabia e não iria saber. O pior é que eu não sabia se ele queria me dar uns pegas ou se realmente tinha sentimento ali. Aquilo me torturava.
Quando Izzy perguntou sobre algum ficante pelo telefone, meu coração apertou, sim. Marcus me veio à cabeça, minhas amigas vieram à minha cabeça, minha mãe... tudo. Meus olhos arderam. Coloquei meus cabelos para trás e me levantei.
Estava andando até à mesa onde eu e mamãe reservamos para a comida e Leah, minha amiga, me deu um puxão:
— EU VI VOCÊ COM O MARCUS!
— E daí? – Eu disse, indiferente.
— Sei que gosta dele, posso ver em seus olhos.
— Não brinca! Deixei muito na cara? – Ah, eu e minha doce ironia verídica...
— Só aceita, Kaylee.
Revirei os olhos. Leah e Celina não estavam ajudando!
Kaya's P.O.V Mode = OFF

O fim da festa já se aproximava. O tempo de Kaya estava acabando. A piscina já estava vazia por causa da leve ventania do lado de fora, os convidados haviam voltado para a sala e Kaya estava lá... Se torturando com seus pensamentos. Fechou os olhos e sentiu alguém lhe abraçar. Aquele perfume masculino ela conhecia bem... Marcus voltou seus olhos castanhos para a garota e esta olhou de volta. Sorriu:
— O que você tem? – Marcus mexia em seus cabelos.
— Ah... Apesar de eu estar feliz por ter ganhado uma bolsa naquele colégio, vou sentir tanta falta daqui! Da minha casa, dos meus amigos, da minha mãe, – Hesitou. – você.
O coração de Marcus bombeou forte. Sem pensar, puxou o rosto de Kaya e seus lábios se encostaram. O beijo era suave, sem pressa, era só ele e ela e mais ninguém:
— Eu... Venho visitar vocês quando eu puder. – Kaya disse com o nariz encostado no do menino.
— Não pensa no amanhã, poxa. Pensa só em agora...
Kaya sorriu e voltou a beijar o menino.

— Celina, eu vi! Sabia que eles ficariam! – Leah cochichava. As duas estavam sentadas no sofá e viram Kaya voltar sorrindo. – Não falei? Olha o sorriso daquela piranha! – Apontou para a amiga.
— Oi meninas, perdi alguma coisa? – Kaya sentou ao lado delas.
— Nós vimos, mocinha.
Kaya corou e sorriu. Não podia estar mais feliz.

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