— Tudo nos esquemas? – Izzy sussurrou.
— Sim. – Mike sussurrou de volta.
— Ok. Boa sorte. – Sorriu, recebendo um sorriso do amigo em resposta.Kaya's P.O.V Mode = ON
Eu juro. Eu juro que não entendo Izzy Foxen. Ela chegou no meu quarto dizendo que jantaríamos em um restaurante chique naquela noite e eu não estava entendendo mais nada, eu juro. Por que caralhos ela cismaria naquela noite? Sem ter muita opção, apenas aceitei. E não seria má ideia ir para um restaurante chique... E você, leitor, como já me conhece, sabe que eu gosto de me arrumar cedo. E assim o fiz. Por volta das três da tarde, já estava com meus cabelos lavados e já tinha tomado um bom banho.
Kaya's P.O.V Mode = OFF— "Porque no aguantaría vivir sin tus labios... Ni un sólo día más. Me perdería sin tu abrazo en esta soledad..." – Mike conseguia escutar Kaya cantando enquanto passava pelo corredor.
O menino encostou na porta para escutá-la cantando. Fechou os olhos ao ouvir sua doce voz e sorriu.
Enquanto isso, Kaya fuçava seu guarda-roupa, desaprovando tudo que encontrava pela frente:
— Não, não e não! – Ela dizia, em pânico. – Será que eu não tenho nenhuma merda de roupa que... Oh... – Seus olhinhos verdes pararam em um vestido vermelho, que, aparentemente, caíra do cabide.
Kaya se agachou para pegar o vestido e sorriu:
— Sim, eu tenho. – Referiu-se ao vestido.A noite caía e as estrelas já apareciam, assim como a lua. Kaya já estava pronta. Sairiam de casa às oito. Quinze minutos antes do horário combinado, ela já estava pronta. Apanhou sua bolsinha de mão dourada e desceu as escadas, toda elegante.
Mike esperava pela menina ansiosamente, a última jogada era dele, mas os dois ganhariam. E logo, a loura apareceu e ele não conseguiu conter um suspiro. Kaya olhava para os lados, num esperança de encontrar seus amigos:
— Cadê todo mundo? – Ela perguntou, confusa.
— Acho que saíram sem você. – Mike se aproximou dela, com um sorriso torto em seu rosto.
O menino estava encantado com a garota. Seu vestido vermelho era decotado, justinho, destacando as curvas perfeitas de Kaya. Ela calçava um scarpin nude e as joias douradas davam um charme. Os cabelos longos estavam todos enrolados em cachos naturais. Seu olhos não estavam com uma maquiagem pesada, deixando o foco para seus lábios, com o batom vermelho. Mas logo, o rosto incrédulo de Kaya tirou Mike de seus devaneios:
— E por que você não foi?
— Porque eu não quis. – Mike disse, a voz branda.
Então Kaya percebeu: eles tinham arranjado um encontro para os dois. Sorriu, felina:
— Você já estava pronto. Algo te prendeu aqui.
Mike arqueou uma sobrancelha:
— Estou sempre pronto para tudo, baixinha. – Ele acarinhou o queixo da menina, que estremeceu.
Há quanto tempo ele não a chamava daquele jeito? Então a menina analisou as vestimentas do menino, que consistiam em um jeans desbotado, seu Vans preto nos pés, a blusa social verde-escura mal abotoada com as mangas arregaçadas. Os cabelos louros caíam delicadamente pelo seu rosto e seus olhos azuis estavam fixos nos dela:
— Alteza... – O menino curvou-se diante da menina, que riu. – Permita-me acompanhar-lhe. – Ele a levou até o local cujo seria feita sua jogada.
Os dois passaram por baixo da escada, cuja passagem dava na parte da sala-de-estar que continha a mesa de jantar, que estava toda decorada. O cômodo possuía algumas velas e a mesa estava arrumada com uma toalha vermelha, velas e louça fina. A iluminação estava fraca, mas aconchegante.
Kaya engoliu em seco e apenas ficou observando tudo, encantada. Até que sentiu alguém lhe acarinhar o braço com as pontas dos dedos, chegando à sua mão e entrelaçando os dedos na mesma. Mike olhou para o pulso, lotado de pulseiras douradas, de Kaya e murchou. Ela não tinha correspondido ao seu toque. Mas aquela noite só estava começando. Ele roçou a ponta de seu nariz no pescoço de Kaya, fazendo-a estremecer, e sussurrou:
— Parece que só sobrou nós dois... – Mike sussurrou, mordendo o lóbulo da orelha da menina em seguida, tomando cuidado com o brinco que ela usava. – E eu, te convido pra jantar comigo essa noite. Só nós dois. – Ele cheirou os cabelos de Kaya.
Ela ponderou por um instante:
— Se é assim, eu aceito. – Ela sorriu.
Mike puxou a cadeira para Kaya, que sorriu, timidamente. O menino apareceu com vários pratos e, por coincidência, eram os preferidos da menina:
— Madame? – Mike dizia, galante.
Kaya gargalhou com a cara do menino, que a acompanhou nas risadas:
— Vou começar com o temaki. – Ela disse, apontando.
A menina se levantou para se servir e, enquanto ambos comiam, ela perguntou:
— Isso tem uma loura de olhos azuis envolvida?
Mike soltou uma risada nasal:
— Apenas nos bastidores.
— E na hora de te ajudar a cozinhar e a pegar minha "ficha", não? – Ela sorriu, vitoriosa.
— Talvez.
— Sei que a ideia também foi dela. E que ela que te ajudou a cozinhar também.
— Bastidores. – Mike disse, a voz branda. – Agora pare de criticar e aproveita, não é todo dia que eu faço esse tipo de coisa pra uma garota.
Kaya revirou os olhos:
— Que escroto o que você disse agora. – Ela disse, enojada.
— Vou me corrigir: Você foi a única garota que eu fiz isso tudo porque eu me importo com você.
— Bem melhor. – Kaya sorriu.
E depois de comerem boa parte da parte salgada do jantar, passaram as sobremesas. Kaya tinha suas duas opções preferidas: brigadeiro ou morango com leite condensado. A menina sorriu e optou pelos morangos. Assim que terminaram de comer, Kaya sorriu e levantou-se:
— Eu... Acho que já vou. Obrigada pela noite de hoje.
Num reflexo, Mike também se levantou, encurralando a menina na parede com seus braços:
— Não tão rápido. – Ele sussurrou.
Kaya conseguia sentir a respiração quente do garoto bater em seu rosto:
— Me perdoa? – Ele colocou uma mecha de cabelo da menina para trás da orelha da mesma.
— Mas...
— Eu sei que errei com você, mais de uma vez. Mas eu realmente preciso de uma segunda chance...
Kaya colocou seus braços ao redor do pescoço de Mike, roçando o nariz no dele em seguida:
— Eu vou te dar uma segunda chance.
E, sem pensar, Mike recorreu rapidamente aos lábios de Kaya. Ambos se beijavam ferozmente, como se necessitassem daquilo. As mãos do menino se enchiam com cada apertão que ele dava na garota, enquanto as mãos dela, estavam cheias de fios loiros de Mike. Então, o menino começou a subir pela coxa da menina, com seus dedos, até chegar à sua intimidade. Kaya arregalou os olhos ao sentir o toque do menino ali.
Não.
Estava muito fácil.
— Não. – Ela parou o beijo. – Está muito fácil. – Ela riu. – Boa noite, Mike. – Kaya selou os lábios de Mike.
— Boa noite, Kaya. – Ele sorriu, bobo.
E ali, o jogo acabava. O peão de ambos estava parado, e os dois saíram vitoriosos.
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Oceans
Roman pour Adolescents"Era loucura, mas eu tinha passado naquela prova. Ia ingressar naquela escola. O problema era: deixar tudo que construí aqui, em Monterrey, pra trás. Mas eu juro que não esperava conhecer alguém que fosse mexer comigo de forma absurda... E eu conhec...