— Agora sim, as nossas férias estão começando! – Izzy abraçou as amigas. – Ainda não acredito que consegui alugar uma van e um motorista pelo preço que aluguei, de verdade. – A loira riu.
— Sim, nossas férias estão apenas começando. – "E os jogos também." – Kaya completou em mente.
Enquanto os meninos estavam nos bancos de trás, causando, as meninas comentavam sobre o que poderiam fazer durante a viagem:
— A casa é grande o suficiente para darmos uma festa! Tem umas boates a algumas quadras dali, a praia é em frente, é tudo incrivelmente perfeito. – Izzy disse, empolgada.
— Imagino. – Kaya sorria.
Mely estava aérea. Pensava em como as suas doenças haviam lhe aproximado ainda mais de Jack. Estava curada e a aproximação perseverou... E ela achava aquilo incrível. Olhava a paisagem passar rapidamente, através do vidro da van, completamente distante da realidade. Até que a velocidade foi diminuindo e o veículo parou, deixando os jovens ainda mais esbaforidos. Izzy agradeceu ao motorista e combinou o dia que o mesmo iria buscar os jovens. Logo, o veículo se distanciava e a loura abriu a casa.
Os jovens entraram e cada um foi escolher um dentre os dez quartos daquela casa. Kaya logo escolheu seu quarto e jogou as malas de qualquer jeito. Voltou os olhos verdes para as bagagens, lembrando que iria ficar um tempo considerável naquela casa, o que a obrigaria a tirar suas roupas da mala. Revirou os olhos e começou a arrumar seu quarto.
Enquanto isso, Mely estava tratando de ligar o quadro de força e arrumar a casa com Jack, Max e Izzy. E Mike, preferiu procurar por Kaya para dar o primeiro golpe. Subiu as escadas e semicerrou os olhos azuis, abrindo um sorriso sombrio em seguida, ao ver a porta de um dos quartos entreaberta. O menino entrou com passos silenciosos e agarrou os pulsos da menina, prendendo-os nas costas de Kaya e agarrando sua cintura, como se estivesse prestes a imobilizá-la:
— Qual é o seu problema?! – A menina protestou.
— Você. – Ele disse, encaixando seu rosto na curva do pescoço de Kaya e roçando seu nariz carinhosamente pela região. A menina estremeceu.
— Está louco. – Ela disse, mas a voz saiu falha.
E ele sorriu, sombrio:
— Pensei que estivéssemos em uma guerra.
Kaya soltou uma risada abafada:
— Muito valente da sua parte atacar o inimigo pelas costas, Martini. – Alfinetou.
— Não diria que estou atacando. Se estivesse, você estaria implorando para que eu parasse. E, claramente, não é o caso.
— Não imploro. Não admito que sintam pena de mim. – Ela rosnou. As esmeraldas em seus olhos tingidas de ódio.
— Tão corajosa... – Ele debochou. – Você está unhando a minha cintura. Como quer que eu pare, Kaylee?
E aquilo foi o suficiente para que Kaya acertasse o abdome de Mike com uma cotovelada certeira. O menino tossiu e colocou suas mãos sob a região atingida, grunhindo de dor:
— Isso é pra você aprender a me respeitar. E sim, isso foi o meu golpe. – A menina jogou as madeixas de cabelo e saiu.
E assim seguiu pelo resto do dia: eram xingamentos para lá, empurrões para cá, coisas pequenas. Como não passar um copo e o controle remoto. Então aquilo era o melhor de Mike Martini? Kaylee nem tinha começado a atacar direito. Debochada, a menina viu Mike sentado em umas das espreguiçadeiras em frente à piscina e foi até lá. O menino escutou a grama estalar com os passos da garota, mas ignorou. Kaya, por sua vez, agachou-se e colocou suas mãos sob seus joelhos. Mike fitou o farto decote da garota, aproveitando para alfinetar:
— Veio me pedir desculpas e implorar para que eu te pegue de novo? – Ele disse, presunçoso.
— Tão presunçoso... – A menina debochou. – Nada realista.
— O quê é que você quer?
— Não, eu não vou te pedir nada. Porque você, como uma criança birrenta, não vai atender ao meu pedido. – Ela debochou. – Francamente Martini, quantos anos você tem? Nove? Não me passar um copo ou o controle remoto? É o melhor que pode fazer...? Amadureça, vire um homem. Não seja um moleque como você é. – Ela disse, saindo desfilando em seguida.
— Ela vai se arrepender de dizer o que disse. – Ele disse para si mesmo.
Kaylee Foxen não perdia por esperar.
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Oceans
Teen Fiction"Era loucura, mas eu tinha passado naquela prova. Ia ingressar naquela escola. O problema era: deixar tudo que construí aqui, em Monterrey, pra trás. Mas eu juro que não esperava conhecer alguém que fosse mexer comigo de forma absurda... E eu conhec...