Here Again.

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[leia este capítulo escutando: "Oceans" – Nightcore <3]

Kaylee e Mike saíram do festival felizes por tudo estar dando certo. O menino pegou as mãozinhas pálidas da menina e as beijou, colando suas testas em seguida. Kaya apenas mantinha seu olhar fixo nos olhinhos ternos de Mike:
— Nossa noite ainda não acabou, Kah.
— Kah? Mais um apelido? – Kaya riu.
— É. – Mike sorriu.
— Mas você tem razão. Nossa noite só está começando. – Ambos entraram no carro de Mike.

— Ah Mike, me conta pra onde vai me levar, por favor! – Kaya suplicou.
— Mas não é você que gosta de surpresas?
Kaya resmungou baixo. Encostou a cabeça na janela e começou a enxergar o mar, que estava sendo iluminado pela lua. Já sabia onde estavam. O garoto a olhou e sorriu. Como era sortudo de tê-la... Estacionou o carro e acarinhou o rosto da menina, de leve, que estremeceu:
— Chegamos. – Os olhos de Mike pareciam reluzir à luz da lua.
Kaya sorriu e saiu do carro, reconhecendo o lugar:
— Exatamente o lugar que passamos o réveillon. – Ela sorriu para o menino, terna.
— Eu acho esse lugar especial. – Ele entrelaçou seus dedos nos da menina, que corou. – Afinal, nossa história começa aqui.
Os jovens sentaram-se numa pedra e Kaya deitou sua cabeça no ombro de Mike, observando o quebrar de ondas:
— Sabe... Eu não esperava que iríamos chegar aonde chegamos. – Kaya disse, abraçando o braço de Mike.
— E quem diria que dois indivíduos que não se suportavam fossem começar o que começamos... – Mike sorriu para a menina.
Aquilo atordoou Kaya. Afinal, o que ambos eram? Decidiu não se preocupar com aquilo naquele momento, era besteira:
  "For I am Yours and You are mine..." – Kaya cantarolou baixinho.
Mike olhou para a menina e colou suas testas:
— Sabe de uma coisa? – Ele começou.
— Depende. – Kaya sorriu.
— Eu acho que... Nós chegamos aonde chegamos porque os opostos se atraem.
Kaya sentiu as borboletas fazerem festa em seu estômago. Passou sua mão delicadamente no rosto de Mike e encostou seus lábios delicadamente nos dele. O garoto envolveu a cintura da menina e ambos começaram a se beijar calmamente:
— Hey! – A menina rompeu o beijo e Mike ficou levemente decepcionado. – Quero fazer um negócio. – A menina tirou as botas e correu até o mar.
O menino foi atrás dela:
— Você não me pega! – Ela gargalhava.
— Ah, se eu pego. – Mike disse num tom baixo.
A menina corria em direção ao mar, mas sentiu dois braços fortes a envolverem e a rodopiar no ar:
— Seu tonto! – A menina colocou seus braços nos ombros do menino e tornou a beijá-lo. – Que horas são?
— Quatro e pouco da manhã. É melhor a gente ir.
Kaya assentiu, levemente triste pela noite ter passado tão rápido.
Ambos entraram no carro e Mike notou que Kaya cochilava. Sorriu. Assim que chegaram, ele acarinhou o rosto da garota, que abriu seus olhinhos verdes:
— Chegamos. – Mike sorriu.
— Mike... – Ela corou. – Obrigada pela noite de hoje, de verdade. – Ela sorriu, sincera.
— Por nada. Tem muito pela frente. – Ele sorriu.
— Bom... Boa noite. – Ela sorriu.
— Boa noite, minha Kaya. – Ele selou os lábios da menina e ela estremeceu.

"Minha Kaya."

A menina abriu o portão da casa e atravessou o jardim. Adentrou à casa, torcendo para que não fizesse barulho. Seus tios e sua prima já estavam dormindo e ela não queria acordar ninguém. Foi até a cozinha cautelosamente e abriu um chocolate. A cozinha estava escura, queria ser o mais discreta possível:
— Isso é hora de chegar, mocinha? – Kaya estremeceu. A tia tinha descoberto-a.
— Me desculpe tia, eu já estou indo dormir e... – Kaya foi interrompida.
— Sua boba. Sou eu. – Izzy riu da cara da amiga.
Kaya olhou para a menina, que estava já de camisola, e começou a rir também:
— Assim que tiver terminado de se arrumar pra dormir, quero você no meu quarto. Temos muito pra conversar.
Kaya assentiu e assim o fez. Correu para o quarto da prima, que estava vendo série:
— Cheguei. – Kaya se sentou.
— Agora me conte. – A loira desligou o iPad.
— Bom... No festival, ele fez "fom-fom" – Kaya imitou uma buzina. – nos meus peitos e na minha bunda.
Izzy riu da maneira que a amiga falou:
— E deixou um presentinho no seu pescoço, não é mesmo? – A prima tirou as madeixas de cabelo de Kaya de cima da marca.
— Ai, meu Deus... – Kaya olhou-se no espelho. – Me diz que dá pra cobrir isso, por favor. – Disse, desesperada.
— Dá. Com cachecol, echarpe ou maquiagem.
— Ótimo.
— Só precisa de uma boa base e um bom corretivo. Ah, não se esqueça de selar tudo com pó.
Kaya sorriu:
— Mas isso não importa. Quero saber aonde foram depois, pra demorarem tanto. – Izzy deitou-se de bruços.
— Mike me levou naquela praia que passamos o réveillon. Foi tudo... maravilhoso. – Kaya dizia, como uma apaixonada. – A praia não tinha ninguém onde estávamos e a gente ficou observando o quebrar de ondas... Foi tudo lindo.
— Você gosta dele. – Izzy sorriu, maliciosa. – E é claro que não ia ter ninguém na praia, minha filha, eram quatro da manhã.
— Eu? Não... I mean, eu não sei o que ele sente. Mas eu acho que gosto dele, sim. Não, muito cedo! Não sei. – Kaya corou violentamente.
— Pra ele te levar num lugar romântico como esse, ter lembrado que você gosta daquela praia e o mar, eu acho que isso vai além de tesão, Kaya. Agora vai dormir, já 'tá muito tarde. – A loira riu.
Kaya foi para seu quarto e escreveu tudo em seu diário. Sorriu e capotou. Estava feliz, apesar de exausta. Não conseguia parar de pensar naquela noite.

FLASHBACK = ON
— Nossa noite ainda não acabou, Kah.
— Kah? Mais um apelido? – Kaya riu.
— É. – Mike sorriu.
— Mas você tem razão. Nossa noite só está começando. – Ambos entraram no carro de Mike.
FLASHBACK = OFF

FLASHBACK = ON
— Exatamente o lugar que passamos o réveillon. – Ela sorriu para o menino, terna.
— Eu acho esse lugar especial. – Ele entrelaçou seus dedos nos da menina, que corou. – Afinal, nossa história começa aqui.
FLASHBACK = OFF

"Nossa história..." – As palavras mexiam com Kaylee.

"Minha Kaya"... – Kaya disse, baixinho, e voltou a dormir.

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