Finally Mine.

49 11 0
                                    

Mike estava deitado no aparelho de levantamento de peso. 32kg de cada lado. Já suava. Passou a mão no rosto, limpando parcialmente o suor e, assim que abriu seus olhos, se deparou com um lindo par de olhos esmeralda e um meio sorriso. Sorriu:
— Oi baixinha. – Ele disse, carinhosamente.
Kaya inclinou sua cabeça levemente para o lado, passando a mão no aparelho:
— Que pesado. – Ela tentou levantar o peso, mas foi em vão.
Mike soltou uma risada nasal:
— O quê te traz aqui? – Ele perguntou, colocando uma mecha de cabelo da menina para trás de sua orelha.
Kaya olhava timidamente para o corpo de Mike e sua cabeça já se enchia de pensamentos sexuais:
— Sua mensagem. Você nunca pode ir me ver, eu que sempre tenho que vir ao seu encontro. – Ela fez biquinho, manhosa, e o menino beijou sua testa.
— Hoje não deu, eu tinha que vir treinar. Mas enfim, queria saber se você 'tá livre hoje. Quero te levar pra um lugar especial.
Kaya não conseguiu conter um sorriso:
— Estou, sim.
— Ótimo. Te pego às nove.
— Tudo bem, senhor Bond. – Ela disse, rindo, e saiu da academia.

— PUTA MERDA, ELE ME AVISA EM CIMA DA HORA, MANO! – Kaya gritava, indignada. – E ele fez suspense de novo! – Ela se jogou na cama.
— Ao invés de ficar se lamentando, vá escolher uma roupa! – Izzy ria e lixava suas unhas.
Kaya sorriu, vitoriosa:
— Já escolhi.
Izzy subiu seus olhos azuis e arqueou uma sobrancelha. Entendendo o recado, Kaya entrou no banheiro e pegou o cabide com o vestido que escolhera. Este era azul-piscina, com babados brancos no busto e no colo. Simples e lindo:
— Ótima escolha. E o sapato?
Kaya pegou os scarpins nude e os mostrou para a prima, que aprovou:
— Bem, sinta-se à vontade para se arrumar. – Izzy saiu do quarto, deixando a prima sozinha.

— Você se importa bastante com ela, né? – Sophie posicionava as velas na água.
— Acho que eu finalmente achei a garota. – Mike enrolava as lâmpadas de natal nos troncos das árvores do quintal.
— Eu vejo. E realmente torço para que vocês fiquem juntos... – A menina abraçou o irmão.
— Bom, eu vou continuar arrumando as coisas. Você e mamãe podem ficar na casa da tia Jenny essa noite? – Mike suplicou.
— É claro que podemos. – Sophie beijou a bochecha do irmão. – Boa sorte com a guria, Mike Martini.

— Acha que o olho preto ficou muito exagerado? – Kaya perguntou, colocando os brincos dourados.
— Não, eu gostei. Contrastou com o vestido. – Izzy observava a prima vaidosa.
Kaya estava vestindo a combinação que escolhera. Os olhos estavam pretos de maquiagem e os cabelos estavam dispostos em longos cachos. Escutou uma buzina e saiu em disparada. Despediu-se de Izzy e atravessou o quintal da casa da mesma praticamente quicando em seus sapatos de salto. Estreitou os olhos verdes ao ver o Audi-A8 e um sorriso se moldou em seu rosto. Mike foi ao encontro da menina e abraçou, rodopiando-a no ar:
— Oi. – Ela disse, quase se derretendo.
Mike apenas sorriu e abriu a porta do carona para ela. Ele entrou com um buquê de rosas vermelhas que havia pego no porta-malas e o entregou para Kaya, que sorriu ainda mais:
— Mike, que coisa linda! – Ela disse, emocionada.
— A noite só está começando. – Ele tocou o nariz dela carinhosamente.
Quando pararam em um sinal vermelho, Mike tirou uma bandana vermelha do bolso e vendou os olhos de Kaya, que perguntou:
— Mais uma de suas surpresas?
— Exato.

— Tire a venda. – Ele sussurrou no ouvido dela, quando estavam na frente do portão de sua casa. – E siga o caminho.
Kaya não entendeu de primeira, mas antes que pudesse se virar para tentar entender o que estava acontecendo, Mike já tinha dado a volta na casa para chegar no local antes de Kaya. Então a menina olhou à sua volta: o portão estava iluminado com lanternas amarradas, de diversas cores. Sorriu e fechou o mesmo, olhando para o chão em seguida, que estava com uma trilha de pétalas de rosas:

"Ele se superou desta vez." – Ela pensou, sorrindo.

Então ela começou a caminhar pelo quintal, seguindo as pétalas, e a luminosidade começou a aumentar, conforme a quantidade de luzes flutuantes que ela conseguia enxergar. A parte dos fundos da casa estava toda decorada com luzes flutuantes, os troncos das árvores estavam enfeitados com luzes de Natal e a piscina estava cheia de velas na água. Flores estavam em cima de uma mesinha com duas velas e dois pratos. Mas aquela ainda não era a melhor parte.
Mike estava vestindo uma blusa social cinza e uma calça jeans. Nos pés, seu All-Star. Foi ao encontro da menina, que estava emocionada, e pegou em suas mãozinhas:
— Eu quero que essa noite seja a melhor da sua vida. – Ele sussurrou, roçando seu nariz de leve no dela.
— Já está sendo. – Ela disse, acobertando os lábios do menino com selinhos contínuos.
De mãos dadas, Mike conduziu Kaya até à mesinha:
— Um jantar? Que chique. – Ela disse, sentando-se.
Mike saiu em disparada para buscar os pratos que havia preparado – com a ajuda de Sophie. Colocou o primeiro prato na mesa, que era uma "barquinha" de comida japonesa. Kaya arregalou os olhos, gulosa, fazendo Mike rir. Logo, nem conversavam. Kaya só comia:
— Puta merda, que negócio bom! – Ela elogiou, de boca cheia, e Mike gargalhou dos pedacinhos de comida que Kaya cuspia acidentalmente.
Depois da parte salgada, Kaya passou a mão na barriga discretamente, para ver o resultado da quantidade de comida que ela tinha comido. Mike voltou com dois pratos com um pedaço de bolo de brigadeiro e morango, com calda de leite condensado:
— Você conseguiu misturar minhas duas sobremesas preferidas num mesmo prato. Amei! – Ela elogiou, já se empanturrando de bolo.
Assim que acabaram de comer, Kaya aproveitou o reflexo da janela da casa para retocar seu batom. Então, ouviu o começo de uma música que ela bem conhecia.

OceansOnde histórias criam vida. Descubra agora