Kaya's P.O.V Mode = ON
Assim que pisamos em casa, subi para o meu quarto, descendo dos sapatos altos rapidamente. Meus pés imploravam para serem libertados. Suspirei, aliviada, e fui tomar outro banho, já que eu estava suada. Eram por volta das cinco da manhã e todo mundo se trancou em seus devidos quartos. Pelo menos, eu acho. Vesti meu pijama cor-de-rosa, que estava relativamente pequeno em mim, e prendi meus cabelos em um rabo-de-cavalo. Eu já sentia o álcool querendo voltar àquela hora do campeonato. Talvez se eu fosse comer algo e tomar um chá, ajudasse. Enquanto eu descia as escadas, pensava no fato de Mike ainda não ter contra-atacado. Ele frisou que o faria. Sem me importar com aquilo, continuei andando até a cozinha.
Kaya's P.O.V Mode = OFFMike estava fitando o teto de seu quarto, até que escutou um barulho semelhante ao de panelas caindo. Alguém estava na cozinha. Então o menino ajeitou seus cabelos louros e a calça do pijama, descendo as escadas, em seguida. Mike colocou sua cabeça para dentro da cozinha, discretamente, se deparando com uma Kaya de costas, cantando docemente. Ela mexia algo no fogão. Aquela era a sua deixa.
Kaya, por sua vez, não esperava por aquilo. A menina sentiu dois braços fortes a envolverem pela cintura e um nariz roçar em seu pescoço, fazendo-a estremecer:
— Sabia que esse seu pijama de coraçõezinhos é muito provocante? – Mike disse, mordendo o lóbulo da orelha da menina, que permanecia paralisada.
— Tire. As. Suas. Mãos. De. Mim. – Kaya hesitava propositalmente a cada palavra, rosnando.
Mike riu, irônico. Suas mãos percorriam lentamente a curvatura do corpo da menina, subindo pelas costelas. Kaylee apenas sentia arrepios e estremeções a cada toque do garoto. Ele estava deixando-a louca. Mesmo com ódio um pelo outro, a atração persistia. Mas Kaya resistiria, não deixaria tão fácil:
— Ou você me solta, ou eu jogo esse miojo e esse chá em você e grito.
Sem mais escolhas, o menino a soltou. Kaya colocou o macarrão instantâneo em um prato e o chá em uma xícara. Olhou para o lado e, ao perceber que o menino ainda a olhava, perguntou, irritada:
— O quê é que você tanto olha?! Perdeu o cu na minha cara?! – Ela indagou.
Mike apenas riu com a irritação da menina, jogando-a na parede e fechando-a com seus braços. Kaya deu uma olhada discreta no corpo de Mike, mas não se deixou abater:
— Você se lembra de quando eu disse que eu ia contra-atacar? – Ele disse, tranquilo.
Kaya apenas soltou um forte suspiro recheado de ódio:
— É. Eu aposto que se eu colocar minhas mãos na sua caverna do dragão, – Ele riu no meio da frase. – ela vai estar implorando pela minha presença. Coisa que eu aposto que o Marcus só conseguia fazer depois de muita tentativa.
Kaya semicerrou seus olhos e trincou os dentes, mas permaneceu quieta:
— Você tem muito mau-gosto. Marcus é um cara tão... Sei lá.
— É, tanto é que eu ficava com uma pessoa como você. – Kaya cuspiu.
Mike arregalou os olhos:
— E não, a "caverna do dragão" – Ela fez aspas com os dedos. – não implora pela sua presença.
— Você deveria ter ficado em Monterrey. – Ele alfinetou.
— E eu nunca deveria ter te conhecido. – Ela rosnou e se desvencilhou dos braços do menino.
Então ela se sentou e começou a comer seu pequeno lanche. Antes de desaparecer dentre o corredor, Kaya deixou a louça que havia usado na pia. Então continuou seu caminho até o corredor, mas virou-se para Mike e disse:
— Deixa estar, Mike. Só não esquece que tudo que vai, volta. Quero ver você segurar o retorno.
O menino engoliu em seco ao ouvir as palavras da menina.
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Oceans
Teen Fiction"Era loucura, mas eu tinha passado naquela prova. Ia ingressar naquela escola. O problema era: deixar tudo que construí aqui, em Monterrey, pra trás. Mas eu juro que não esperava conhecer alguém que fosse mexer comigo de forma absurda... E eu conhec...