— Não Marcus, seu insuportável, não me chacoalha assim! – Kaya sonhava, mas era só a mãe chacoalhando-a para que acordasse.
— Kaylee! Vai perder o voo!
— É o quê... MAMÃE?!
— Bom dia. – Riu.
— Ah, o voo! – Levantou às pressas e a mãe riu, voltando aos seus afazeres.
Depois de um bom banho, a menina saiu do banheiro de cabelos úmidos. Kaya pegou um jeans qualquer e um sweater. Apanhou a bolsa e desceu as escadas. Ao ver a mãe, correu para seus braços para abraçá-la. Assim que saiu para a rua, pegou o telefone e ligou para as amigas, dizendo que já estava indo para o aeroporto.
Foi até o ponto de taxi e até o aeroporto. Quando olhou para o portão, não podia acreditar no que estava vendo: Marcus. Saiu do taxi e correu para abraçá-lo:
— Hey! – Ele a abraçou.
— Hey! – Ela beijou sua bochecha.
— Vim esperar o voo com você.
Kaya sentiu o corpo inteiro esquentar. Não podia acreditar. A menina nem viu o tempo passar. Os dois se divertiram, comeram, e ele a ajudou com as bagagens. Quando o voo foi anunciado, ambos foram para o gate que Kaya iria embarcar:
— Bom, eu fico por aqui. – Marcus a abraçou.
Kaya sentiu o mundo girar... Embarcou e acenou para Marcus da janelinha do avião. Suspirou depois de o garoto ir embora.As luzes do avião se acendem depois da longa viagem.
"Merda! Tínhamos que chegar justo à noite?!" – Kaya praguejou mentalmente.
Todos os passageiros desceram e Kaya deu uma olhada no horário: 8:46PM. Pegou sua bagagem e foi ao primeiro Pizza Hut que encontrou. Enquanto comia, pegou o celular e discou o número da prima.
Izzy estava escovando os cabelos quando ouviu o telefone tocar:
— Alô? – Atendeu.
— Oi Izzy, eu 'to no aeroporto. Só te liguei pra avisar que já cheguei.
— Ah! Quer que te busque? Posso ligar pro Max e... Peraí... Você não ia chegar amanhã?
— Eu também achava que a viagem seria mais longa. Acho que dei sorte. Mentira, nem o tempo de viagem eu vi. – Riu, fraca.
— Entendi. Quer que te busquem?
— Não precisa. Já 'tá tarde. Só preciso do seu endereço. – Kaya pegou uma caneta e sua caderneta em sua bolsa e começou a anotar.
Depois de conversarem, Kaya saiu do aeroporto e entrou num táxi. Informou o endereço e, enquanto o carro se movimentava, ela olhava para os pingos d' água que escorriam pelo vidro. Pagou o taxista e olhou para a casa da prima. Ficou pasma, a casa era gigante! Tocou a campainha no portão e ouviu uma voz, vinda do aparelho:
— Quem é? – Era a mãe de Izzy.
— Oi tia, é a Kaya.
O portão abriu e a menina cruzou o jardinzinho até chegar à porta de entrada. Izzy abriu a porta e abraçou a prima fortemente:
— Que saudade!
Kaya riu e retribuiu o abraço. As meninas entraram em casa e Kaya estava impressionada com o tamanho da mesma. Subiram as escadas e Izzy mostrou o quarto de Kaya:
— Bom, eu vou te dar um tempo pra se adaptar e depois nós podemos comer alguma coisa, se quiser.
— Ok. – Kaya sorriu.
Izzy fechou a porta e Kaya olhou para seu quarto: era gigante. Uma suíte com varanda e duas divisórias. O quarto era bem decorado. Na outra divisória, estava a porta para a varanda e o closet. Kaya desfez as malas e correu para o chuveiro para tomar um banho. Quando saiu, se jogou na cama e capotou. Dormiu rapidinho.
Kaya acordou muito mais disposta no dia seguinte. Quando olhou o relógio, seu coração subiu à boca: já era meio-dia e ela estava na casa da sua prima. Morrendo de vergonha, Kaya vestiu um shorts jeans e uma regata branca. Desceu as escadas e assim que encontrou com a mãe da prima, já começou a se desculpar:
— Tia, desculpa... Não era minha intenção acordar essa hora e...
— Kaya! – A mulher a interrompeu e riu. – Não precisa se preocupar.
A menina apenas sorriu:
— Fico feliz que tenha acordado. Precisávamos conversar com você a respeito da escola.
Kaya assentiu.
Depois de uma longa conversa, Kaya percebeu que seria um ano difícil. As festas de fim de ano estavam chegando e seria a primeira vez que Kaya passaria longe de sua família. Pegou seu diário e começou a escrever sobre sua chegada ao Kansas e os preparativos para as festas de fim de ano. Assim que terminou suas anotações, escondeu o diário no armário junto com algumas roupas e foi até a varanda. A casa de Izzy era gigante: tinha uma piscina, um imenso quintal, sem mencionar o jardim maravilhoso. Kaya lembrava da sua casa, Marcus... Como será que estaria?
Ouviu duas batidinhas na porta e foi ver quem era:
— Kaya, por que não saímos eu, você, Max e Mike? – Izzy convidou.
— Eu, você e quem?
— O Max, que é meu namorado, e o Mike, que é meu melhor amigo.
— Ok... Vou escolher um sapato. – Kaya fechou a porta.
Sentou na penteadeira e fez uma maquiagem leve: nada além de rímel e uma pele bem feita. Nem batom. Nada chamativo. Pegou uma rasteirinha e seus óculos escuros e desceu as escadas, encontrando os três jovens na sala de Izzy:
— Kaya, se eu fosse você, prendia esse cabelo. – Izzy sugeriu e a menina prendeu o cabelo num coque mal-feito. — NÃO. – Izzy soltou o coque e fez um rabo-de-cavalo alto. – Melhor.
— Obrigada. – Kaya riu.
— Bom, esse é o Mike. – Izzy apontou para o loiro de olhos azuis, que sorriu e acenou. – E esse é o Max. – A loira apontou para o moreno de olhos amarelados, que a cumprimentou.
— É um prazer conhecer vocês. Sou Kaylee Foxen, mas me chamem de Kaya. – Kaya sorriu e abraçou os dois.
Mike olhou para a menina de cima a baixo. Estranhou o sotaque da menina... Tinha quase certeza de que Izzy havia lhe dito que a prima era linda e de outro lugar, que ele não lembrava qual era:
— Você é de onde mesmo? – Mike perguntou.
— Monterrey. – Kaya respondeu.
— Legal. – Mike sorriu.
Ok, Mike tinha que concordar que a menina era realmente linda e com um corpo lindo também, mas era bem baixinha, até mais que a prima. Mike soltou uma risada nasal e Izzy arqueou uma sobrancelha, soltando uma risadinha:
— O que foi? – Perguntou.
— A genética de vocês... É boa, mas não vejo ninguém alto na sua família, Izzy. – Mike soltou uma risada, sendo acompanhado por Max e Izzy. Kaya permaneceu quieta.
A menina fitou os olhos azuis de Mike e assoprou os cabelos da sua franja, abrindo um sorrisinho irônico em seguida:
— É pra isso que existem os sapatos altos, honey. – Kaya colocou a mão no ombro de Mike.
Os jovens foram apresentando a cidade para a novata e, instantaneamente, se conhecendo melhor. Mike continuava olhando para a prima da amiga. Merda, ela era linda pra cacete.
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Oceans
Teen Fiction"Era loucura, mas eu tinha passado naquela prova. Ia ingressar naquela escola. O problema era: deixar tudo que construí aqui, em Monterrey, pra trás. Mas eu juro que não esperava conhecer alguém que fosse mexer comigo de forma absurda... E eu conhec...