— Você não me contou como foi o festival com o seu namorado, hum? – Kaya e a prima saíram do carro.
— Ah... A gente bebeu um pouco, e ele me pegou de jeito, viu? – Izzy gesticulou.
Kaya desatou a rir com a cara da amiga:
— Você não presta. – Disse.
— Ué, não fui eu quem falou que o boy te buzinou!
As duas desataram a rir:
— Mely falou com você no fim-de-semana? – Kaya abriu a porta do quarto, pegou seu material e jogou a malinha das duas em uma das camas.
— Não. – Izzy negou.
— Que estranho.
— É, mas depois da aula conversamos com ela e os garotos. Anda logo, a gente tem aula. – Izzy puxou a prima.Mary olhava as garotas passarem e fuzilou Kaya com seus olhos azuis. Estava determinada a acabar com tudo.
— Mely! – Izzy e Kaya disseram num uníssono.
— Oi! – A menina abraçou as amigas.
— Você não contou pra gente como foi a consulta. – Izzy sorriu.
Mely olhou para os lados, não queria que ninguém escutasse:
— Olha, eu engordei um pouco e o médico me passou uma série de coisas pra comer. E algumas vitaminas. E... – Ela começou a sussurrar. – Eu e o Jack ficamos de novo.
— No consultório? – Kaya indagou.
— Não. – Mely riu. – No carro dele.
— Hmm. – As meninas sorriram.
Mely perguntou como foi o fim-de-semana das garotas e ambas contaram sobre o tempo que passaram:
— Fom-fom, Kaya? – Mely riu.
— É sério, à medida que ele apertava, só conseguia imaginar uma buzina naquela hora.
— Meu Deus. – Mely riu.
Quando o professor chegou, as meninas correram para os seus lugares. Mike estava sentado na diagonal de Kaya, que não hesitou em olhá-lo. O menino olhou para trás e sorriu para a menina, que fez o mesmo:
— Kaylee Foxen. – O professor a advertiu. – Está prestando atenção?
Kaya gelou:
— Claro, professor.
— Pode me dizer do que se trata o assunto desta aula?
Kaya bateu a longa cortina de cílios:
— Claro professor, se trata de ionização de partículas.
O professor revirou os olhos, impaciente:
— Não é nem aula de química... Estamos na aula de Física.
— Ops. – Kaya fez uma careta e a sala riu.
— Silêncio! Ajeite-se em seu lugar. Mais uma viajada e você sai. – O professor ameaçou.
Kaya cerrou os dentes, de ódio, mas obedeceu.— Que cara chato. – Kaya saiu com as amigas para o intervalo, que riram.
— Não sei como o Mike tem coragem de ficar com uma menina sonsa como ela. – Mary revirava os olhos.
— Você se dói mais do que age. – Vicky lixava as unhas.
— Tem razão. Vou agir agora mesmo. – Mary observou Kaya chegando. – Já tenho uma ideia.
— Kaylee! – Mary mudou o tom de voz para um tom amigável e incrivelmente falso.
Kaya ficou receosa:
— Hm?
— Você e o Mike namoram? – Perguntou, dócil.
— Er... Sim. Não. Acho que depende do ponto de vista. – Kaya rolou os olhos.
— É, eu estranho ele ter começado a gostar de uma menina esquisita como você. – Kaya já estava ficando nos nervos a cada palavra que saía da boca da garota.
— Pois é, Mary. A vida é esquisita. – Kaya ironizou.
Mary semicerrou seus olhos:
— Deveria pensar bem com quem está se metendo. Ou você não sabe que Mike é o tipo de menino que foge de relacionamento sério igual o demônio foge da Cruz?
— As pessoas mudam. – Kaya virou-se para continuar seu caminho.
— Então continue nesse mundo colorido, Kaya.
A mesma preocupação que a garota teve na praia começou a atordoá-la novamente. Mary não prestava. Kaya sabia disso.Mary, por sua vez, não perdia tempo de colocar seus planos em dia. Puxou Mike, que estava caminhando pelo corredor, e disse:
— Ainda não acredito que você continuou com uma garota só! – Ironizou.
— As coisas mudam. – O menino disse, neutro.
— Você nem sabe o lance que tem. É namoro? É o quê?
— Não se meta nisso, Mary. – Mike guardava suas coisas em seu armário.
— Ui, vai fazer o quê? Me bater?
Mike apenas ignorou a menina e saiu andando, mas não podia negar que o que a menina disse o incomodava. Kaya era muito oito ou oitenta, Mike sabia que ela não gostaria de ficar só no vai-e-vem por muito tempo.— Tem alguma coisa te incomodando? Você anda muito quietinha. Foi a ameaça do professor? – Izzy sentou-se na cama de Kaya.
— Não, nada de mais. Só saudade da minha mãe. – Kaya mentiu.
— Poderia ligar para ela.
— É, boa ideia. Mais tarde eu ligo. – Kaya se deitou.
Izzy não tinha engolido aquilo, mas preferiu deixar a amiga sozinha. Quando quisesse conversar, ela que chamasse. Nada de pressão.Mike estava compondo algumas músicas:
— O que essa Mary quer contigo? Ela sempre fala contigo no corredor e, pela sua cara, você não gosta. – Jack organizava seus livros na estante.
— Eu não sei. Ela acha que depois que eu fiquei com ela, achou que eu estivesse interessado. Fica enchendo o saco da Kaya, falando mal...
— Menina besta, não dê ouvidos.
Mike apenas suspirou e voltou aos seus afazeres.Obs.: Elite Way School (c) Rebelde MX

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Oceans
Teen Fiction"Era loucura, mas eu tinha passado naquela prova. Ia ingressar naquela escola. O problema era: deixar tudo que construí aqui, em Monterrey, pra trás. Mas eu juro que não esperava conhecer alguém que fosse mexer comigo de forma absurda... E eu conhec...