Capítulo 8

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Lester me guia para o salão onde já se encontra várias pessoas dançando, ficamos em um canto mais afastado. Ele se vira de frente para mim e se aproxima mais, coloca seu braço em volta da minha cintura e com o outro pega a minha mão. Começamos a balançar de um lado para o outro seguindo o ritmo da música, ficamos nos olhando por algum tempo até que sinto vergonha por estarmos nos encarando tanto e descanso meu queixo em seu ombro.

Sinto seu cheiro invadir as minhas narinas e automaticamente fecho meus olhos, ele tem um cheiro tão bom, suave mas másculo, e me acalma. Ele me puxa delicadamente mais para si colando os nossos corpos, sinto um arrepio mas não fico desconfortável, é bom ficar assim tão perto dele. Posso sentir os músculos fortes e duros do seu braço em volta do meu corpo, seus compridos e macios dedos entrelaçados aos meus.

- Está quieta - sussurra em meu ouvido, o que me faz arrepiar por completo. "Droga! Esta ficando difícil aqui".

- Você não respondeu as perguntas que te fiz por telefone - digo agora o olhando nos olhos.

E sei que ele não é nenhum maníaco perseguidor. Seus olhos revelam que ele é um homem gentil, mas dominador. Não posso dizer que não gosto disso.

- Eu respondi - diz. - Disse que logo você saberia.

- E por que não pode ser agora? - pergunto curiosa.

- Porque... - diz Lester, e é interrompido pelo meu pai.

- Sr. Hill - diz meu pai olhando de mim para Lester.

- Sr. Campbell - diz estendendo a mão para o meu pai que aperta logo em seguida. - Como vai?

- Bem, e você? - pergunta meu pai.

- Ótimo, obrigado por perguntar - responde Lester e da um sorriso.

- Já conheceu a minha filha? - diz e faz um gesto com a mão na minha direção.

- Sim senhor, ela é adorável - diz Lester me dando um sorriso.

- É sim - diz meu pai me avaliando. - Será que me permitiria dançar com ela? - pergunta meu pai já me abraçando.

- Claro - responde Lester se afastando de mim. - Aléxis, quer uma bebida? - pergunta.

- Sim - digo o olhando. Ele faz uma reverência discreta e sai.

Meu pai passa seu braço pela minha cintura e começamos a dançar.

- Conhece ele papai? - pergunto a ele curiosa.

- Sim, a algum tempo - diz meu pai.

- Mesmo? - digo o olhando curiosa.

- Sim, o pai dele é um grande amigo meu - responde papai me olhando.

- Hum... - digo. "Interessante".

- E você, conheceu ele hoje? - diz com o som da sua voz um pouco desconfiada.

- Não, vi ele na biblioteca sexta passada - digo sorrindo. - E ele me salvou.

- Te salvou? - pergunta meu pai parando a dança. - Como assim te salvou?

Droga, por que fui falar isso? O que direi agora? Ele não vai acreditar quando eu contar sobre os lobisomens.

- Salvou modo de dizer... - digo tentando parecer o mais natural possível. - Quando eu estava voltando da biblioteca o carro da tia Mary quebrou, eu fiquei na estrada mas logo ele apareceu e me levou pra casa - digo. Bom, acho que fui bem.

- Hum... Entendo - diz meu pai desconfiado, e voltamos a dançar.

- Tudo bem papai? - pergunto.

- Sim, tudo bem meu amor - responde.

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