Acordo e me espreguiço com Lester ainda abraçado comigo. Olho em volta e percebo que ainda não aterrissamos, faço beicinho e olho para Lester emburrada.
- Estamos quase lá - diz Lester rindo baixo. - O avião não caiu e não é agora que cairá.
- Ai que você se engana - digo. - A quantas horas estamos voando?
- A três horas - diz.
- E quanto tempo falta para chegarmos? - pergunto desconfiada.
- Hum... - diz nervoso.
- Lester... - pergunto inclinando minha cabeça de lado.
- Dezessete horas e vinte e cinco minutos - diz baixo.
- Tudo isso ainda? - digo exasperada.
Lester afaga minha mão numa tentativa de me acalmar. Como odeio aviões.
A viajem segue um saco, não consigo mais nem tirar um cochilo, Lester puxa assunto para me distrair o que acaba funcionando.
Depois de horas intermináveis Lester me diz que estamos chegando agora. Solto um suspiro de alívio.
Chegamos em Bucareste, aeroporto Otopeni, descemos do avião e pegamos nossas bagagens, há um carro nos esperando e seguimos para Bran, que demora quase três horas.
- Por que estamos indo para Bran? - pergunto a Lester quebrando o silêncio.
- É lá que fica o castelo do meu avô - diz me olhando.
- Do Conde Drácula? - pergunto curiosa.
- Isso - diz sorrindo.
Seguimos o resto do caminho em silêncio, fico admirando a paisagem. Aqui as folhas das árvores são lindas, em tons de amarelo, marrom claro e escuro, laranja, e verdes, todas as cores dão um lindo contraste nas árvores. Sinto Lester segurar a minha mão, o olho e ele sorri, sorrio de volta.
Pelo caminho vejo morros com gramas bem verdes, pastores com suas ovelhas, turistas caminhando, vejo cidadelas com várias casas com aquele jeito de antigamente e é a coisa mais linda que já vi. Aqui é tudo muito encantador e misterioso.
Chegamos a uma vila completamente assombrosa e intimidante, aqui nada parece ter cor. Vejo algumas pessoas andando pelas ruelas com roupas sujas, sem cor nenhuma, pessoas com cabelos compridos que parece não ser lavados a meses, pessoas com o olhar desconfiado, até mesmo alguns amedrontados.
Todas as pessoas não sorriem, permanecem sérias, parecem sempre estar com raiva. Estremeço levemente, aqui é tudo muito esquisito. Vejo bancadas espalhadas pelas ruas, com pessoas vendendo suas mercadorias, peles de animais, animais vivos, animais mortos, carnes com moscas zunindo em cima.
Meu estomago revira e consigo sentir o gosto da bile. Mais adiante vejo uma montanha com um imenso castelo construído em cima, fico imaginando como é que conseguiram construir um castelo desse tamanho em cima dessa montanha.
Todo o topo do castelo é pintado de um vermelho que agora, depois de muitos séculos está desbotado. Seguimos por uma estreita estrada e logo estamos em frente a um portão, com homens o guardando que creio ser vampiros.
Um dos homens grita lá de dentro.
- Quem vem ai?
Lester coloca sua cabeça para fora da janela e responde.
- Lester Hill, filho de Vlad Hill.
Alguns segundos depois o guarda diz.
- Podem abrir os portões.
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Criaturas Da Noite (EM REVISÃO)
VampireO que você faria se alguém te dissesse que vampiros e lobisomens realmente existem? Aléxis Campbell irá por a prova a sua fé, a sua coragem e a sua força nessa história cheia de ação, maldição, suspense, terror e amor. Capa feita por: @gguukmong