Introdução

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Antonieta: Aonde vai, Victoria? - grita, correndo atrás.

Victoria : Não sei! Só quero que me deixem em paz. - dá a partida em seu carro e se retira.

Pepito: O que deu nela?

Antonieta: O mesmo de sempre... As lembranças de sua filha perdida! Venha, vamos continuar ajudando as modelos.

******

Victoria estava sentada em um dos muitos bancos daquela terna pracinha... Aquele era o lugar que ela utilizava para tentar afastar-se das inúmeras lembranças ruins que lhe corroiram o peito. Ali ela podia esquecer seus problemas atuais, podia sarar por alguns minutos sua dor, suas feridas, suas mágoas.

Naquela pracinha tudo era paz e beleza, era como estar no paraíso por alguns instantes. Era uma praça quase nunca frequentada... Exceto hoje, lá havia alguns pais com seus filhos e, um homem em especial que lhe chamara a atenção.

*****

Ele estava ali, no seu lugar de sempre. Na pracinha que de alguma maneira lhe confortava o coração e aliviava um pouco a saudade que sentia de sua esposa e de sua filha... Em um dado momento, Heriberto levanta do banquinho em que estava e vai até o pequeno lago que lá havia.

Põe a mão nos cabelos e olha para o céu nublado... deixa cair algumas lágrimas ao lembrar de sua família e se vira para ir embora, mas algo lhe chama atenção.
Naquela praça, uma mulher chorava, e ele não suportava ver mulheres chorando. Isso o fazia recordar das últimas lágrimas que sua esposa derramara antes de morrer em um trágico acidente de carro.

Heriberto: Aqui está, senhora. - lhe entrega um lenço de papel. - Não chores.

Victoria: Obrigada. - seca suas lágrimas.

Heriberto: Por que chora? - senta ao lado dela.

Victoria: Não te interessa! - fala com seu tom soberbo de sempre.

Heriberto: Perdoe-me, senhora, não quis ser incoveniente. - levanta e sai.

Victoria: Espera, é... é... me perdoe. - o segura pelo braço.

Heriberto: Não precisa se desculpar, eu fui intrometido. Não tenho porque meter-me em seus assuntos. Sinto muito!

Victoria: Não, eu que sou uma grossa. - ela faz sinal para que ele sentasse no banco, junto a ela.

Ambos passam um tempo em silêncio olhando para o lago. Na verdade, de alguma maneira, a proximidade os acalmava e aliviava um pouco do sofrimento que os dois traziam na alma.

Heriberto: Esse é o meu lugar preferido.

Victoria: O meu também. - ela olha nos olhos de Heriberto, aqueles olhos... aqueles olhos eram tão familiares. Mas como? Se eles nunca se viram antes?

Ele fica boqui-aberto com a beleza daquela mulher, aqueles olhos refletiam luz... e ao mesmo tempo escuridão. Era uma espécie de paradoxo vivo.

Heriberto: Bem, devo me retirar, mas... É,... Nem sequer nos apresentamos. -  disse ele, saindo do transe em que se encontrara por estar perdido em meio verdes olhos da mulher misteriosa.

Victoria: Verdade. - ela ri. - Creio que será melhor que nos apresentemos em outra ocasião.

Heriberto: Estou de acordo. Bom, agora tenho que ir,senhora. Foi um prazer dividir minha tristeza com vossa senhoria. - beija a mão de Victoria.

A mesma sentiu um arrepiu dos pés a cabeça, aquilo era como uma choque em sua em sua pele. Era algo que ela não entendia, já que fora uma mera formalidade por parte dele. Aquele simples toque lhe provocara um misto de sensações que ela jamais havia sentido em toda sua vida... foi como uma dose de endorfina em suas veias.
Com ele não foi diferente, aquele simples contato os desnorteu. Mas como? Como isso é possível?




Bom niñas, resolvi castiga-las um pouquinho... aí vai uma introdução curtinha pra vcs... espero que gostem.

Perdão pela demora em atualizar, mas é que voltei às aulas e fica um pouco corrido escrever.
Bjss

by: Thaís Silva




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