Capítulo 18

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Heriberto : Não sei Maria, por favor, chame a ambulância. - nervoso. - Acorda meu amor, não me deixe.

... continuando

Heriberto estava a ponto de abrir um buraco no chão, seu nervosismo era tanto que só sabia andar de um lado para o outro.

Antonieta : O que houve Heriberto? Como está a Victoria?

Heriberto : Estão fazendo alguns exames... - seguia andando de um lado para outro.

Antonieta vai até ele e põe a mão em seu ombro.

Antonieta: Não se preocupe, tudo ficará bem. - o abraça.

Neste exato momento surge nada mais, nada menos que o furacão Sandoval, ou melhor, Gutiérrez de Rios.

- O que  está acontecendo aqui? Será que posso saber? - faz cara de poucos amigos.

Heriberto : Meu amor! - corre até ela e a abraça forte. - Você está bem?

Victoria : Sim, estou bem. Já fiz os exames. Não se preocupe, acho que não foi nada. - lhe dá um selinho.

Heriberto : Como assim Victoria? Você desmaiou! Acha que isso é "nada"? Quando saem os resultados dos exames? - pergunta com uma das mãos no rosto de Victoria.

Victoria : Dentro de alguns horas. Agora, poderia por ventura me explicar o que faziam abraçados?

Antonieta : Victoria... - Heriberto a interrompe.

Heriberto : Ambos estávamos preocupados contigo meu amor, por isso nos abraçamos. Tive tanto medo de que acontecesse algo grave contigo, minha vida. - a beija. - Te amo, meu amor.

Victoria : Hum, vamos para casa. - estava chateada e olhou para Antonieta com sangue nos olhos.

.... Horas mais tarde... Hospital.

Victoria: E então doutor? O que tenho? - pergunta sem muito medo já que estava segura de que não era nada grave.

X: Senhora... É... - ela o interrompe.

Victoria: Fale doutor, está me deixando nervosa.

X: A senhora tem câncer e... E... Está muito avançado. Infelizmente... - ela mais uma vez o interrompe.

Victoria : Quanto tempo eu tenho, doutor? - fala engolindo o choro e fingindo estar bem.

Na verdade, nunca passara pela sua cabeça que estava no fundo do poço, agora já não lhe adiantava brigar pela vida.
Seus olhos queriam tanto chorar, mas ela se conteve. Olhou para o chão e em seguida levantou-se da cadeira em que estava...
Respirava fundo e tentava se acalmar. Será que estava no fim da vida.
E Heriberto? Como reagiria a notícia?
Entre todas as coisas que lhe passava na mente, a que mais lhe doía era saber que poderia não estar mais com ele, pois a morte estava batendo a sua porta.

Victoria : Ande doutor, quanto tempo eu tenho? - ele permaneceu calado tentando compreender a suposta calma da mulher que acabara de receber uma sentença de morte. - Não fique calado. - grita e não consegue evitar que as lágrimas invadam seu rosto. - Ande, não fique calado! Quanto tempo eu tenho? - perguntou batendo as mãos na mesa.

X : Seis meses senhora. Mas, veja por outro lado... Se fizer o tratamento e ter muita fé, pode haver uma última possibilidade. Lembre-se, a esperança é a última que morre.

Victoria : Ah, claro! - dá uma risada sarcástica. - A esperança é a última que morre porque eu morrerei primeiro! E não farei tratamento algum! - pega sua bolsa. - Não se atreva a revelar o resultado deste exame ao meu marido. - sai.

Por Ti Volví A Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora