Capítulo 8

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Victoria : Eu ouvi um barulho naquele quarto... Estou com medo. Me deixe dormir aqui. - o abraça.

Ela parecia uma criança de cinco anos com medo do escuro.

Heriberto : Claro. Entre.

... (continuando)

Ele a envolve em seus braços e a leva até a cama, lá ele a deita e lhe cobre com seu cobertor. Em seguida pega um travesseiro e o põe no chão, vai até o enorme guarda-roupas e pega outro cobertor.

Victoria : Vai dormir no chão?

Heriberto : Sim, não quero que pense que quero me aproveitar. Não se preocupe, ficarei bem aqui. - deita.

Victoria : Heriberto, pare com isso. Fui eu que invadi seu espaço. Venha cá, deite comigo, tenho plena confiança em você. Tenho certeza de que não se aproveitará da situação.

Ele levanta e vai até a cama,deita e se cobre. Não demorou muito a dormir, era tão aconchegante tê-la tão perto e sentir seu doce aroma de rosas.

No meio da noite, Victória se abraçou a ele. Sentia-se tão segura do lado dele e além do mais estava fria, precisava se aquecer e nada melhor que o corpo de um ser humano, já que estamos sempre em temperatura constante.

Dia seguinte...

Heriberto levantou cedo, como de costume. Sempre tinha a mania de levantar-se as cinco e meia da manhã e caminhar.

Victoria : Heriberto? - olha aos lados e não o vê.

Victoria sai em direção ao banheiro e lá faz sua higiene e toma um belo banho quente.
Após já estar arrumada sai em busca de Heriberto.

Victoria : Heriberto? - chama sem sucesso.

Candelaria : Estas a procura do senhor Heriberto? - victoria confirma com a cabeça. - Ele foi caminhar, tem esse costume a muito tempo. Todas as manhãs, ele desperta cedo e sai para caminhar.

Victoria : Ele costuma vir muito aqui?

Candelaria : Não muito, vem uma ou duas vezes por mês. Sempre que vêm está acompanhado da senhorita Marina, a secretária.

Victoria : É mesmo? - cara de poucos amigos. - Eles são namorados?

Candelaria : Não creio, são quase como irmãos, e além do mais a senhorita Marina é casada. - Victoria sorri. - Acho que ficou com ciúmes não é?

Victoria : Não, claro que não. Eu e o Heriberto somos só amigos, não tenho razões para sentir ciúmes.

Candelaria : Olha senhora Victória, trabalho com o doutor Heriberto a mais de vinte anos e se o conheço bem, tenho plena certeza de que está apaixonado pela senhora.

*****

Eram 14 :30 da tarde, quando decidiram voltar para o hotel. Ambos haviam aproveitado muito esse tempo juntos, principalmente Heriberto. Era como se o tempo e o espaço estivessem a favor de ambos, ou só de Heriberto porque na verdade ele sabia que a mesma seguia receosa com relação a tudo que ocorrera em tão pouco tempo. É certo que o amor quando chega não pede licença, entra sem permissão... Mas... Victoria ainda se recusa a aceitar tal sentimento. Está tentando de todas as maneiras não entrar em contato direto com olhos de Heriberto, pois sabe que eles são a causa de sua perdição. Ela o via, ou fingia vê-lo como amigo, e não é pra menos, afinal de contas ele é muito bom companheiro, mas neste caso não podem e não devem ser amigos. Até por que amigos não se beijam na boca. Embora a mesma tentasse fugir, ele quase sempre lhe roubava um beijo, e ela correspondia.

Por Ti Volví A Amar Onde histórias criam vida. Descubra agora