Capítulo 3

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Ali estava ela, sentada com sua camisola preta olhando para o mar. Dá varanda daquele apartamento se via os primeiros raios de luz da manhã...
Durante toda a noite Victoria não havia pregado os olhos, passou a noite em claro pensando nas palavras daquele homem. Ela sabia que ele tinha razão, a mesma estava sendo egoísta ao pensar que sua dor era a pior de todas, e que ninguém sofria mais que ela. Aquilo fazia mal, não só a ela, mas a todos que a cercavam.
Ele estava certo, aquela atitude a levaria a crueldade e a incompreensão.
Não sabia como o faria, sua única certeza é que já não será a mesma de antes... Deixará para trás suas lágrimas.
Naquela cidade, frente ao mar, ela jurou que morria ali a mulher controladora e fria que aprendera a ser desde seus muitos enganos e sofrimentos, e que, nascia ali, a esperança de um futuro melhor. Um futuro sem frustrações.

Tomou um banho quente, se arrumou e saiu ao encontro de seu destino.

*****

Heriberto estava na clínica... Mas seus pensamentos estavam em outro lugar. Um lugar que nem mesmo ele sabia onde era. Desde a noite passada ele não consegue pensar direito!
Será que fui grosseiro com ela? Será que fui inconveniente? Será que aquelas palavras a magoaram? Se perguntava.

Ah se ele soubesse o quanto aquelas palavras ajudaram a Victória!

******

Victoria: Com licença, pode me dar uma informação?

Marina: Claro senhora.

Victoria : É aqui que o doutor Heriberto Rios trabalha?

Marina : Sim senhora. Tem hora marcada?

Victoria : Não, mas gostaria de falar com ele.

Marina : Não creio que será possível senhora, no momento ele está atendendo seus pacientes.

Victoria : Volto outra hora.

Antes que ela se retire ele surge...

Heriberto : Marina avise ao... - ele avista Victoria. - Senhora Victoria? O que faz aqui?

Victoria : Precisava falar com você, mas é melhor conversarmos outra hora. Com licença.

Heriberto: Marina, avise ao doutor Alberto que terá que ficar no meu lugar hoje. Tenho um assunto pendente a resolver.

Marina : Sim senhor.

*******

Heriberto : Senhora Victoria! -  grita.

Victoria olha para trás e vai até ele.

Victoria : Gostaria de falar com o senhor. Porém, não era necessário que deixasse seu trabalho para vir atrás de mim. Podemos conversar outra hora.

Heriberto : Não se preocupe senhora Victoria. Me acompanhe. - ele a conduz até o carro.

Victoria & Heriberto : Eu... - falam juntos.

Victoria : Pode falar.

Heriberto : Primeiro as damas. - ele ri.

Victoria : Não, você primeiro.

Heriberto : Ok. Bom, eu... Eu... Quero lhe pedir desculpas pelo modo que lhe falei ontem.

Victoria : Não precisa me pedir desculpas. Suas palavras me fizeram um bem imensurável... Me fizeram pensar, refletir sobre minhas atitudes. Eu que lhe peço desculpas senhor Heriberto.

Heriberto : Eu... - Ela o interrompe.

Victoria: O senhor foi o único em vinte anos que, ousou me falar daquela maneira. Foi o único que abriu meus olhos e me ajudou a ver a vida de outra forma. Essa nova Victoria, nasceu graças ao senhor. Não sei como lhe agradecer, pela primeira vez na vida me sinto leve. Já não sinto compaixão por mim mesma, agora sei que não sou a dona de todo o sofrimento do mundo.

Heriberto : Não sabe o quanto me alegro ao ouvir suas palavras. Passei a noite em claro pensando que a havia magoado.

Victoria : E eu passei toda a noite desperta pensando em suas palavras. Estou sendo sincera quando digo que o senhor me mudou. Já não sou a mesma de antes.

Ele a leva a uma das ilhas de Cancún, um lugar espetacular.

Victoria : Que lugar... Maravilhoso. - Ela sai correndo pela praia.

Heriberto : Espere por mim, senhora Victoria. - corre atrás dela.

Victoria : Eu me sinto livre. Livre de tudo que me fazia sofrer, livre de mim mesma Heriberto. Me sinto livre, livre, livre!!!!! - não conseguia parar de repetir essas palavras enquanto corria feito uma criança travessa.

Heriberto : Não o contente que fico por saber que estas feliz, senhora Victoria.

Victoria para de correr e o olha séria.

Victoria : Não precisa me chamar de Senhora. Me chame de Victoria. Senhora soa muito formal.

Heriberto : Como você queira, Victoria.

Victoria : Melhor assim, Heriberto! - Ela sorri. - Creio que seremos bons amigos.

Heriberto : Não tenha dúvidas. - ele beija a mão dela.

... (continua)

Capítulo pequeno, eu sei! No próximo irei exagerar no tamanho ok?
Espero que desta vez, não haja tantos erros como no cap anterior.

Ass : Thaís Silva












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