Capítulo 7

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Olá minhas flores, aqui estou eu mais uma vez, com mais um capítulo.
Este, porém, dedico a seis das minhas mais belas rosas.
- ChrysllainneEmilleGo
- KemillyRuffo315
- MaluRuffo28
- marianamvanim
- SarahSiq
- Dri_TekileiraZ

Obg pelos comentários!!!

*****

Estavam ali, no meio da chuva refugiando-se um nos lábios do outro. A chuva agora era cúmplice e testemunha do medo que os dois sentiam, ele com medo de perdê-la, ela com medo de amar novamente.
Victoria estava temerosa em dizer que também sentia o mesmo, na verdade, ela não sabe o que sente, tem medo de mágoa-lo e de ser magoada. Não queria perdê-lo, queria estar ali, lábios com lábios, olhos com olhos e coração com coração. O carinho de Heriberto era o refúgio para todos os seus temores, porém, também era o pico do precipício.

... (continuando)


Victoria : Heriberto... Não podemos. - se afasta em meio a chuva e acaba escorregando na grama molhada.

Heriberto : Você está bem? - se aproxima.

Victoria : Sim, estou. Mas não se aproxime, você me põe confusa. Tenho medo Heriberto, tenho medo!

Heriberto : A que tens medo? Tens medo de amar-me assim como eu te amo?

Victoria : Não, tenho medo de que você me machuque. De que me m ensine a amar e depois destrua tudo como os outros fizeram. - se atira na grama e chora. - Eu tive que catar os cacos do meu coração para ser a mulher que sou hoje, tenho medo de que alguém novamente o rompa em mil pedaços.

Ele vai até ela, se ajoelha no chão e a trás para si.

Heriberto : Eu sou um homem, não um projeto como os que passaram por você e te fizeram sofrer. Posso parecer antiquado, mas eu sei dar o devido valor a uma mulher. Eu te amo Victória, nunca lhe faria sofrer porque também me doeria.

Victoria : Osvaldo me dizia o mesmo, e o que ele fez? Me traiu com a primeira vagabunda que apareceu em sua frente.

Heriberto : Eu não sou como ele, creio que pôde perceber. E, eu jamais trocaria um presente de Deus por uma tentação do diabo. Você, você foi o anjo que Deus me mandou para reconstruir meus sonhos, antes de você chegar meu coração batia, mas sem vida, e hoje, hoje ele bate forte, ele grita e clama por você Victória.
Tentei te ver como uma amiga, porém foi em vão. Você veio para transformar meus dias sombrios e solitários em alegria e luz. Olhe em meus olhos... Olhe nos meus olhos e encontrará somente amor por você. - a abraça. - Não quero que tome uma decisão apressada, por você sou capaz de esperar uma vida inteira. Te darei tempo para pensar. Agora vamos entrar, não quero que pegue um resfriado. - a levanta e põe no colo.

Ao entrar, ele a põe no sofá.

Heriberto : Irei preparar chocolate quente e em seguida trarei uma roupa seca para que possa vestir. - vai em direção a cozinha.

Victoria fica pensativa, tentava assimilar as palavras dele. Ela estava tão confusa, tão atordoada com aquilo tudo. Tinha medo de se ferir, mas sobre tudo de ferir a Heriberto. Seu coração estava fechado para o amor, tinha medo de dizer sim e acabar sendo uma tirana sem coração.
- "Heriberto merece uma mulher menos complicada. Não quero contaminá-lo com minha frieza. " pensou Victoria.

Sentia-se triste e até um pouco derrotada, por ser uma fraca e não querer tentar novamente abrir seu coração.

Mal sabia ela que, Heriberto não busca uma mulher perfeita... Ele busca a mulher de sua vida, e essa mulher, ele já havia encontrado. Essa mulher se chama Victória, essa mulher o encantou desde a primeira troca de olhares, essa mulher lhe despertava os mais diversos sentimentos sem ao menos estar perto... Essa mulher, ah essa mulher, é a causa, motivo razão e circunstância pela qual ele voltou a ter a esperança de dias melhores. Dias de infinita alegria, após a passagem da tristeza é claro. Heriberto sabe muito bem que antes de amá-la, tem que ensiná-la a voltar a amar e assim triunfar, triunfar o amor.

Heriberto : Aqui está! - lhe entrega o uma caneca com chocolate quente. - Irei buscar algo para que possa vestir enquanto suas roupas secam.

Victoria : Ok.

Minutos depois ele surge com um roupão em mãos. Heriberto já havia se trocado.

Victoria : Obrigada! - pega e vai ao banheiro para se trocar.

******

Heriberto : Temos que conversar.

Victoria : Acho melhor não. Não quero lhe magoar.

Heriberto : Victoria, não quero que tome uma decisão apressada. Só te passo uma coisa.

Victoria : O quê? - abaixa a cabeça e o mesmo põe a mão em seu queixo e o levanta fazendo-a olhá-lo.

Heriberto : Só te peço uma chance. Uma chance de demonstrar que sou diferente.

Victoria : Heriberto... - ele a interrompe.

Heriberto : Diga que sim, é só isso que te peço.

Victoria : Sim, mas não espere nada de mim. Sinceramente, não acho que valha a pena. Não quero mágoa-lo e...

Heriberto : Prefiro ser magoada do que estar sem você. Não sei como em tão pouco tempo conseguiste se transformar em meu tudo, só sei de uma coisa, não cansarei de lutar para conquistá-la. Irei até o fim e irei ensiná-la a voltar a amar. No momento só te peço uma coisa, me deixe estar perto. - a abraça.

Victoria : Amanhã conversaremos. - se afasta. - Estou um pouco cansada, quero dormir.

Heriberto : Me acompanhe, a levarei ao quarto de hóspedes.

.... Minutos depois

Victoria : Tenha uma boa noite. - lhe dá um beijo na bochecha.

Heriberto : Você também! - sorri e se vai.

Ela deitou, porém, não conseguiu fechar os olhos. Recriminavá-se por ser tão fraca... Tão covarde. Estava disposta a dar uma chance a Heriberto, mas tinha medo de mágoa-lo, a mesma mudou bastante, porém não o suficiente para abrir-se novamente para este sentimento.

A chuva estava aumentando, chovia dentro e fora... Fora da casa e dentro de seu coração. Victória sempre teve medo de raios e trovões, creio que é por essa razão que tem tanto medo de se arriscar. A mesma não conseguia dormir, estava assustada com a força da chuva, resolveu ir até a cozinha e tomar água, mas ouve um barulho... Ficou pálida pelo susto. Correu até o quarto de Heriberto e bateu na porta.

Heriberto : O quê houve Victória? Porque estas tão assustada? - pergunta depois de abrir a porta.

Victoria : Eu ouvi um barulho naquele quarto... Estou com medo. Me deixe dormir aqui. - o abraça.

Ela parecia uma criança de cinco anos com medo do escuro.

Heriberto : Claro. Entre.

... (continua)

By : Thaís Silva.



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