Capítulo 26

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6 meses depois...
Sara on:
-Já decidiram um nome? -perguntou o médico enquanto via se estava tudo bem.
Eu já estava de sete meses e parecia que a espera não tinha fim... Estou tão gorda!
A Alice acabou por voltar e mudou de escola, pelo que sei depois disso as ameaças tiveram fim!
-Estamos com vários nomes na cabeça... -disse fazendo o Santiago sorrir.
-Eu gostei de Teresa...-disse ele com um sorriso de orelha a orelha.
-Eu de Mariana... -completei o racioncínio.
-Ambos são nomes lindos! -disse o médico. -Temos aqui uma menina muito grande! Se continuar assim não aguenta muito mais!
-A sério?! -dissemos eu o Santiago em conjunto.
-Mas não se preocupem... Daqui para a frente já não há perigo. Só devem é decidir o nome rapidamente. -sorriu.
-Pode ser Teresa ... -rendi-me.
Adoro Mariana, mas acabei por me render a Teresa. Afinal, sempre adorei os dois nomes.
-Pode ser Mariana, amor. -disse o Santiago.
-Fica Teresa! -insisti.
-Então posso dizer que está tudo bem com a pequena Teresa! -disse o médico.
Preparei-me para sair e recolhemos a gravação. Quisemos gravar um DVD com este momento para depois o mostrar aos avós da Teresa.
A decoração da nossa casa já está quase pronta e o quarto do bebé já estava perfeito.
Decidimos dar prioridade ao quarto da Teresa e agora o nosso já está quase pronto!
Fomos guardar o DVD em casa e fomos buscar mais coosas a casa da minha tia. Hoje era o dia! Era hoje que ía dormir lá pela primeira vez! Já tinha a água instalada, já tinha luz. Falta apenas a televisão, a internet e alguns elementos decorativos.
Quando estava a chegar a casa senti-me mal...
-Santiago!! -chamei.
-O que se passa? -chegou perto de mim e deu-me a mão.
-Tive uma dor... Não deve ser nada de especial...
-Estás bem?- perguntou muito preocupado.
-Agora acho que sim... -disse eu já mais calma.
-Não te esqueças dos avisos do médico... Devíamos ficar num hotel na cidade para o caso de ser necessário.
-

Não! Temos que estrear a nossa casa. - disse eu com um sorriso.
-Eu sei, mas temos tempo para isso... Eu quero ter a certeza que estão seguras. São as minhas meninas e eu tenho que cuidar bem delas... -disse beijando-me.
Sentei-me no novo sofá novo... Que sensação fantástica! Um sofá totalmente meu... Branco de pele! Que conforto...
-Acho que vou comer qualquer coisa... -avisei.
O Santiago estava a ler um livro no nosso quarto e eu levantei-me.
-Santiagooooo!!!!!! -berrei em pânico.
-O que foi agora?? -chegou a correr.
-S-s-angue... -disss eu assustada.
O meu lindo sofâ branco novo sujo de sangue...
-... -ele ficou em pânico e levou-me até ao carro a correr.
-Teresa... -eu só conseguia chorar.
O Santiago manteu a calma, embora estivesse demasiado nervoso e levou-me até ao hospital.
Levaram-me de imediato para uma sala onde fui vista pelo meu médico que fez uma expressão de preocupação.
-O que se passa com as meninas? -disse tentando ser simpático.
-S-s-s... -tentei falar, mas as lágrimas venciam impedindo-me de proferir qualquer palavra.
-Perda de sangue... -informou o Santiago horrorizado.
Ambos sabíamos o que poderia ser aquilo...
A Teresa ainda não tinha nascido e já era a pessoa que mais amo...
-Hum... Vou fazer rapidamente uma eco, mas antes disso quero garantir. Vocês têm consciência do que pode ter acontecido, certo? -perguntou o médico com um ar preocupado e compreensivo.
-Sim... -dissemos os dois e eu continuei o meu choro.
Ele fez a ecografia e o Santiago olhava com um ar bastante confuso para as imagens que passavam naquele pequeno ecrã.
-Bem... -começou o médico.
O meu choro aumentou.
-Não!! -gritei.
-Acalme-se... -o Santiago parecia demasiado calmo dada a situação. -A menina está bem!
-Como?! -perguntei ainda em choque.
-Sim... Ela está a nascer... Provavelmente essa perda de sangue foi o seu corpo a ressentir-se dada a força da criança... Agora, temos que agurdar um pouco... Não tarda nada as águas rebentam e já está!
E assim foi... Duas horas e meia depois as águas rebentaram e levaram-me para uma sala de partos.
Eu não estava preparada e o Santiago muito menos. Estavamos em pânico e lembro-me de ele estar sempre de mãos dadas comigo e, de repente, ouvi um grito.
Assim, no dia 17 de Agosto nasceu a Teresa...
Claro que a levaram logo para os exames e esses tratamentos todos que se fazem logo após o nascimento e o Santiago apenas me beijou a testa.
A dor era inesplicável! Foi um momento terrivelmente perfeito... Conjugou-se tudo!
Pouco depois vieram informar que estava tudo bem com a minha filha, mas que pelo sim pelo não decidiram colocá-la numa encobadora.
Avisaram que seria por pouco tempo, visto que era bastante grandinha, mas seria mais seguro pois ainda só estava de sete meses de gestação.
Este foi, de facto, o melhor dia da minha vida!

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