12 - O grupo.

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Vesti um vestido que bate até a canela listrado de turquesa com branco e prendi um cinto marrom na cintura passei um perfume que cheira a rosas vermelhas na região do pescoço e pego um hidratante labial e passo nos lábios e saio do quarto. Minha mãe esta sentada no sofá assistindo a tevê, mas no momento que me avista se levanta e se dirige até a porta sorrindo passo por ela e ela fecha a porta e vem atrás de mim. Entro no carro ajeito-me no banco e fico pensando na noite passada eu realmente estava muito mal, mas me sinto um pouco bem agora. Realmente estou melhor, porém não sei como depois de tudo que passei. Olho pela janela e agora só faltam alguns quilômetros para chegamos ao grupo de apoio, acho que Pedro ficará bem feliz em me ver sinto isso aqui dentro de mim, o coração me diz isso uma sensação de bem-estar muito boa. Respiro fundo e abro a porta do carro observo por alguns segundos pelo retrovisor e vejo os olhos de minha mãe me fitando ignoro seu olhar e saio de dentro do carro admiro o local não é tão grande por fora já à cor bege clara por dentro não é o mesmo por fora, já por fora é uma cor cinza escuro com branco em volta das portas e janelas de vidros. Noto que a balconista não é a mesma daquele dia que eu vi aqui, a balconista parece estar na casa dos 30 anos e tem um rosto triangular pele rosada, cabelos castanho-claros e muito bem cuidado. Sua roupa é formal, roupa mais para trabalho uma camisa de manga curta de cor nude claro com botões em branco e uma calça vintage azul-escuro, ela é muito bonita acho que Pedro se daria bem com ela. Entro para dentro e vou até ela é digo passando a mão pelo balção:

— Oi, sou a Nadia.

— Hum... Deixa só eu confirma aqui no formulário – ela fala numa voz serena pegando um monte de papelada. — Aqui achei Nadia Oliveira, a sim pode entrar. – ela confirma, por fim, sorrindo e me olhando nos olhos.

— Qual é seu nome? Se não for incômodo perguntar.

— Lilian de Arindel, eu sei sobrenome meio desconhecido. – ela me responde.

— Não, eu não achei, é bonito.

— A, obrigada! – ela exclama sorrindo de ponta a ponta, sorriso muito bonito.

Eu bato meus dedos repetidamente no balcão pensando no que mais perguntar, mas nada vem a mente então dou um tchau e entro porta adentro do local do grupo. Ouço vozes baixinhas quase sussurradas, vozes que de certa forma não consigo saber o que estão falando, mas quanto mais chego perto de outra porta às vozes já fazia sentidos elas parecem mais gargalhadas é como se alguém tivesse contando uma piada eu abro a porta e entro. Logo todos pararam de rir e todos olham diretamente para mim sorrindo de canto e eu fico corada enquanto encaro todos os rostos. Pedro se levanta e vem até mim dizendo:

— Nadia! Chegou na hora certa, estamos contados piadas, quer ouvi uma?

— Claro!

— Pode sentar ali. – ele diz apontando para uma cadeira que ficava perto de uma menina um pouco fora do peso e um garoto que estava com a perna dobrada olhando atentamente para mim.

Sento-me do lado do garoto e ele logo veio falando numa voz um pouco feminina:

— Ai! Adorei seu jeito de andar! – ele exclama cantarolando o ''andar'' e dobrando a mão para baixo.

— Ah... Bom. Obrigada. – respondo meio envergonhada.

— Ai querida está sem palavras? Fica assim não eu sou assim mesmo gosto de todo mundo, principalmente dos homens. – ele falo batendo levemente no meu ombro e olhando para um garoto sentado do lado do psiquiatra.

— Ele é gay. – diz a garota do lado esquerdo com uma voz meio desanimada examinando as unhas.

— Preconceito com os gays, querida? – retrucou ele.

Uma Vida - Inacabada (versão antiga)Onde histórias criam vida. Descubra agora