2 semanas depois
Todos já haviam saindo da sala só ficou eu e a professora, ela ficou me observando enquanto eu fito meus dedos as duas últimas aulas será sobre o vídeo que toda a escola verá, rodei o pendrive nos dedos indicador e médio, o pendrive do vídeo que fiz. Penso em não entregar por medo de virar chacota novamente:
— Nadia e então? Vai entregar?
Eu olho para ela pensativa, mas não respondo uma palavra apenas continuo com pendrive nos dedos, ela agacha a minha frente tocando em meus ombros e fala:
— Nadia pode entregar vai dar tudo certo é só acreditar em mim.
— Mas eu... Eu estou nervosa... – murmuro.
— Não precisa temer, você não tem o que ter medo. Ninguém irá te machucar, não mais.
— Certeza?
— Sim... – responde depois de longos segundos em silêncio.
Suspiro fundo seguro sua mão e coloco o pendrive na palma de sua mão e fecho devagar e falo em um sussurro:
— Pronto.
E curvo um sorriso e me despeço saindo da sala, Caleb veio em minha direção me abraçando e sussurrando em meu ouvido esquerdo:
— Entregou?
Eu concordo e ele sussurra novamente:
— Você está bem?
— Sim eu estou bem. – minto.
Na verdade eu não me sinto muito bem, desde que fiz aquele vídeo eu ando muito enjoada não sinto muita fome como antes, quase não consigo comer sem passar mal, mas ninguém precisa saber que eu não estou bem.
Ele passa sua mão pelas minhas costas e me puxa para mais perto dele fazendo-me ficar sobre metade do seu corpo. Andávamos lentamente pelo corredor enquanto ouvíamos o barulho dos alunos que conversam sem parar, chegamos no pátio e sento na arquibancada onde se encontra todos os meus amigos. Sento do lado de Paula e Caleb do meu lado, Paula me oferece seu lanche, mas eu recuso que chego ao ponto de gritar com ela:
— Eu já disse que não quero, mano! – franzo a sobrancelha.
Ela se assusta um pouco com a minha atitude nervosa e diz:
— Okay... Desculpe pela insistência.
— Não, eu que peço desculpas é que... Estou meio nervosa hoje.
— Percebi. – sussurra Eva.
— Desculpe... – murmuro.
— Não precisa pedir desculpas, todas nós já nos estressamos com coisas pequenas. – admite Hermínia.
— Entendo. – digo.
Conversamos por alguns minutos e o sinal logo bateu e todos nós voltamos para nossas salas, tempo depois todos os alunos foram liberados para ficar na quadra, demoro um pouco para sair da sala, pois quero sair por último. Meu coração chega a palpitar de tanto nervosismo que estou sentindo agora, um medo de algo ruim acontecer a qualquer momento, percorre toda minha mente causando-me um pouco de dor de cabeça. Aperto a mão de Caleb enquanto saímos da sala e passamos pelo corredor, fomos até o pátio e la no final encontra-se a quadra onde tem a grade que impede os alunos na hora do recreio de ficar fazendo bagunça lá dentro.
Caminhamos para a quadra coberta que é toda fechada por fora e só tem uma porta para entrada e saída das pessoas. Caleb senta na arquibancada onde milhares de alunos se espremem, eu prefiro ficar em pé perto da porta já que estou me sentindo sufocada nesse lugar. Caleb não parou de ficar me olhando, ele parece ver o medo em meu olhar, mas também a vontade de ficar um pouco sozinha, um pouco só na minha sem ninguém para me atormentar.
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Uma Vida - Inacabada (versão antiga)
RomanceMeu sobrenome é Oliveira, igual a arvore oliveira que nasceu a 3.000 anos antes de Cristo que demora quase 20 anos para poder cultivá-la eu aprendi essa historia da ''oliveira'' desde dos 5 anos de idade. Minha mãe sempre contou que o Oliveira na no...