30 - A Rosa.

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Pegue minha mente

E tome a minha dor

Como uma garrafa vazia leve à chuva

E cure, cure, cure, cure

(Heal - Tom Odell)



7 meses depois

Caleb segura minha mão enquanto andamos vagarosamente pela calcada eu e ele estamos muito felizes, hoje será um dia muito especial para nós. Eu paro na porta do grupo de apoio e ele acaricia minhas mãos e eu digo:

— Chegamos...

— É, chegamos.

Eu vejo as cores em seus olhos, seu sorriso perfeito que acaba de se abrir em seus lábios. Ele diz:

— Vai ao baile?

— Sim.

— Comigo?

— Sim seu bobinho.

Ele sorri mais ainda e retribui um selinho em minha testa, e noto ele tirar alguma coisa de dentro de seu casaco e eu fico encantada com o que ele pega, Caleb coloca na minha mão a linda rosa branca que não tem nenhum espinho que machucasse meus lindos e delicados dedos.

— Obrigada Caleb!

O abraço enquanto admiro a rosa, sempre gostei de rosas independente das cores, lembro-me que quando eu era pequena minha mãe tinha um vaso cheio de rosas misturadas com vermelhas e brancas e sempre que eu podia ficava minutos admirando aquele vaso e com o tempo aquelas rosas se tornaram da família, como se ninguém em casa vivesse sem pelo menos uma rosa dentro daquele vaso.

Mas com o passar do tempo e com a mudança que tivemos minha mãe decidiu largar velhos hábitos e seguir novos e uns desses foi abandonar o vaso de rosas. E nunca mais ela usou um vaso com rosas, ele deposita um beijo em minha testa e me dar tchau dizendo que ia até a sorveteria e depois me buscava, eu concordei com a cabeça e ele virou-se e começou a andar em direção a sorveteria. Tiro uma bala da minha jaqueta enquanto caminho em direção a lixeira encostada do lado de um poste de luz, e quando estou preste a colocar na boca olho para frente e vejo um homem encapuzado com uma jaqueta escura ele me encara e tira de seu bolso um revólver, engulo em seco e fecho os olhos rapidamente. Foi tudo tão rápido um barulho assustador sai daquele revólver e eu sinto uma dor que parece arrancar todo meu peito fora, tento andar para trás, mas acabo caindo e batendo a cabeça com tudo no chão, não sinto mais meus dedos da mãos coloco-a no lugar onde mais doí e depois olhos para os dedos sangue chegava a escorrer pelos dedos. Caleb coloca minha cabeça sobre sua perna e já em lágrimas grita desesperado:

— Nadia? Ai meu Deus caramba! Você está sangrando muito. Socorro! Socorro alguém chama uma ambulância!

— Caleb ei! Caleb está tudo bem. – murmuro com dificuldade para respirar.

— Fica comigo. Fica comigo, por favor. – começa a chorar enquanto tenta me abraçar.

— Está tudo bem. Está tudo bem.

— Não me deixe, entendeu? Não me deixe eu preciso de você.

— Eu te amo muito. – toco em seu rosto. — Fala. Fala para meus pais que eu amo eles. Amo muito, muitos vocês. – sorrio.

— Não morre não, não morre!

— Eu não, não vou morrer. Eu estou aqui com você. – sussurro.

Uma Vida - Inacabada (versão antiga)Onde histórias criam vida. Descubra agora