Suspiro enquanto me olho no espelho já estou pronta para ir para o colégio. Vou para o banheiro escovar os dentes e passo perfume com cheiro de rosas branca, logo saio do banheiro e vou para cozinha minha mãe me olha e pergunta:
— Nadia não vai comer?
— Não dá tempo. – digo.
Na verdade eu que fiz não dar tempo, atrasei no banheiro e também para me arrumar assim não daria tempo de comer. Como ultimamente a fome desaparece toda vez que começo a comer, parei um pouco de comer. Entrei no carro e minha mãe também. Ela me olha pelo retrovisor e diz:
— Nadia acha que eu não percebi que está mal. Você do nada parou de comer como antes.
— Mãe eu estou ótima, só não sinto mais tanta fome.
— Certeza que está bem? Não quer conversar sobre isso...
— Sim e não quero conversar. – interrompo.
Compreendo que não me sinto tão bem, mas não quero que eles fiquem preocupado comigo, sei que eles me amam, mas ficar 24 horas preocupado comigo não é o certo. Ela liga o carro me olha por alguns segundos, e sem demora sai da garagem leva-me a caminho da escola. Pego minha mochila e olho-a, mochila novinha que meu pai me deu de presente hoje, ela é marrom-claro com estampa parecendo que o universo está logo ali. A mochila está muito linda com essa estampa. Repito para mim mesma enquanto fitava a mochila:
— 15 anos. 15 anos. 15 outonos. Eu estou com 15 anos. 15 anos. Caramba 15 anos.
Começo a rir e minha mãe me olha pelo retrovisor perguntando:
— Nadia você está bem?
— 15 anos, 15 anos mamãe. O sim estou bem. – sorrio.
– É meu bem, você está ficando velha já. – sorri.
— Então né.
Logo fico em silêncio, olho pela janela enquanto as casas passam rapidamente. Eu pedi meu aniversario de 14 anos, mas olha eu estou aqui fazendo meus 15 anos com a minha mãe do meu lado. Eu achava que nunca mais eu ia ganhar parabéns, que nunca mais ia os vê-los de novo. E olha eu estou aqui perto deles, mas Camilla não, ela nunca mais vai comer bolo, nunca mais vai ganhar parabéns, em tempo algum ira sorrir, nunca mais nada. Suspiro longamente fechando os olhos e voltando os olhos para a mochila, minha mãe para o carro de frente ao colégio saio do carro colocando a mochila nas costas e entro para dentro, as pessoas me olham por alguns segundos e algumas me desejam parabéns, eu sorrio a cada pessoa que lembrou dessa data. Paula vem correndo em minha direção e me oferece um abraco tão forte que me fez perder o ar por alguns segundos e diz:
— Feliz aniversário Nadia!
— Obrigada Paula.
— Feliz aniversário, meu amor. – disse Caleb depositando um beijo em minha testa.
— Obrigada lindo. – respondo o beijando.
— Okay, okay pombinhos, vamos para corredor por que o sinal tá perto de bater, o relógio não para de correr. – dizia Paula puxando nós para o corredor.
Entramos no corredor e ficamos encostado nos armários. Lana abre seu armário e eu observo-a pega o livro de inglês me fita e diz sorrindo:
— Feliz aniversário.
— Obrigada, Lana.
E saiu andando em direção a sua turma. E eu deito minha cabeça no ombro de Caleb sentindo sua respiração enquanto o grupinho se completava.
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Uma Vida - Inacabada (versão antiga)
RomanceMeu sobrenome é Oliveira, igual a arvore oliveira que nasceu a 3.000 anos antes de Cristo que demora quase 20 anos para poder cultivá-la eu aprendi essa historia da ''oliveira'' desde dos 5 anos de idade. Minha mãe sempre contou que o Oliveira na no...