Capítulo Bônus - Liberdade de Parricida

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 Oi, pessoal! Quanto tempo, né? Hehe
Bom, como recompensa, tenho DOIS capítulos bônus pra vocês! Era pra ser somente um, mas o segundo acabou vindo naturalmente e decidi postar logo, já que está bem curtinho.
Boa leitura! :)


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— Ô MENINA! VAI ATRÁS DE SEU IRMÃO antes que o pai chegue e dê um puxão de orelha em vocês dois! — gritou a mãe para a menina que fazia um barulho irritante batendo colheres em tampos e fundos de panelas.

Vendo que a filha não dera a mínima atenção, a mãe berrou de novo:

— Mas menina! Quem tá falando com você? Vai logo, Josefina!

A garota estremeceu ao ouvir seu nome. Como odiava ele!

Levantou — mesmo não querendo — e saiu da casa feita de bambus, que se localizava no alto de um grosso tronco de árvore. Desceu as escadas — também feitas de bambu amarrado em cordas — e firmou os pés no chão.

Andou até a floresta e adentrou nela. Após alguns pouquíssimos minutos, entrou na pequena clareira que se abriu. Lá estava seu irmão, tocando o violão emprestado de seu novo amigo que arranjara na vila e que também estava ali treinando.

— Jô — chamou a pequena. — A mãe tá te chamando, porque se não, o pai vai puxar nossas orelhas de novo!

Ele revirou os olhos. Sabia que os "puxões de orelha" não eram necessariamente puxões de orelha que o pai dava. Era coisa mais dolorida.

— Ah, de novo aquele velho chato da p... poxa? — ele resmungou, entregando o violão ao amigo. — Por que não me deixa em paz?!


A FAMÍLIA CATCHER ESTAVA SENTADA À MESA da pequena cozinha, almoçando. O silêncio era incômodo, até que o pai atraiu a atenção do filho, o chamando pelo nome:

— Josivaldo, tô com dificuldade pra conseguir completar a demanda de capturas por mês. A partir de amanhã você vai trabalhar comigo, já que não faz nada aqui mesmo.

O garoto olhou para o pai, depois para a mãe. Não estava acreditando.

— Eu tenho aula de manhã — respondeu o menino com a voz embargada de incredulidade.

— Estudo pode ficar pra depois. O importante agora é ganhar dinheiro.

— Mas o estudo é uma das bases que cria um bom homem!

O pai bateu as duas mãos na mesa. A força foi tanta que até o chão estremeceu levemente.

— O trabalho também faz isso! — Apontou para a cara do menino. — E a família também, em cima de tudo. Coisa que você não dá bola.

O silêncio voltou a reinar, até que depois de mastigar a comida e a engolir, o pai decretou, secamente:

— Não tem probema, amanhã mesmo a mãe troca o horário de estudo pra noite.

E foi assim, sem ter escolha que Josivaldo começou a trabalhar com seu pai.


A FAMÍLIA CATCHER SAIU DA ILHA DE PRAIASSOL por conta da falta de trabalho e foram morar em Bamboose.

Os dois filhos não gostaram da mudança. Não gostaram da vila. Não gostaram das pessoas que viviam ali. Não gostavam da ideia de ter que viver ali.

E os amigos e pessoas que ficaram em Praiassol? Como iriam arranjar gente tão boa quanto aquelas que moram na ilha?

Os Catcher são conhecidos pela captura de Pokémon insetos. Desde que se tem notícia da família, as gerações e gerações sempre se empenharam nesse trabalho. Pessoas e empresas contratavam os serviços de seus integrantes e eles assim viveram tranquilamente, até um tempo atrás, quando em Praiassol não mais os contratavam para isso. Parecia que ninguém mais queria o trabalho deles.

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