Capítulo Bônus - Aquele que Apaga

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 Oi, de novo, pessoal! Lembram quando eu disse que os capítulos bônus também serviriam para mostrar algo que acontecia fora do campo de visão de nossos aventureiros (lê-se Baker)? Pois então, este capítulo mostra exatamente isso, algo que está acontecendo enquanto os nossos amigos se aventuram!
Espero que gostem desse capítulo curtíssimo, mas intrigante e misterioso.
Boa leitura! :)  


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DIAS ATUAIS — EM ALGUM LUGAR DE TORAN



— SENHOR, CHEGARAM NOVAS INFORMAÇÕES.

O homem sentado em sua majestosa poltrona levantou os olhos e fez um gesto com má vontade com as mãos, chamando o agente para dentro. Um Mightyena seguiu o agente porta adentro.

— Me diga quais são — pediu o homem, de forma inexpressiva. — E guarde esse cão fedorento. — Estava falando do Pokémon.

— Na verdade, é uma hiena, senhor... – titubeou o subordinado.

O chefe lhe deu um olhar duro. Rapidamente, o agente retornou o Myghtyena para a Pokébola, pigarreou, meio sem jeito e enunciou:

— Conseguimos uma pequena revolta em Rocgris, na frente da casa de um dos governadores. Também em Luvander, na pequena fazenda do governador Bartolomeu, onde o celeiro e parte da casa foram destruídas pelo fogo posto pelos manifestantes.

O homem na poltrona acenou lentamente com a cabeça. Estava levemente satisfeito. O agente continuou:

— O plano de fazer os moradores de Acrogrey olharem com maus olhos para os Revolucionários tem surgido efeito. As notícias se espalharam de tal forma que chegaram até Bamboose e logo menos chegam aqui. A imagem dos Revolucionários está sendo manchada. — O agente deu uma pausa para respirar. — Alguns Revolucionários foram pegos, inclusive Roger, o líder do grupo levado para protestar na frente do Prédio dos Governantes. Nenhum Rocket foi pego e preso, mas antes disso, Roger teve uma discussão com o nosso Alberoni, líder do pequeno grupo de Rockets que mandamos para arranjarem confusões.

O homem na poltrona fez um movimento para ele continuar.

— Chefe, o fato é que todos os Revolucionários conseguiram se livrar da prisão e Roger não foi visto com eles, mas sim na companhia de outro grupo.

— Que grupo? — perguntou o chefe, perdendo a paciência e a satisfação momentânea de segundos atrás.

Houve um silêncio no aposento. O agente parecia estar decidindo se falava ou não.

— Fala logo, merda! — rugiu o chefe, ríspida e impacientemente.

O agente engoliu em seco.

— Ele está junto com as crianças. — Outra pausa. — Foram elas as responsáveis pela liberação dos detentos.

O homem deu um soco em sua escrivaninha e o objeto tremeu com a força do baque. Algumas folhas caíram no chão enquanto as restantes que ficaram no tampo da mesa se molharam de uísque que escorria de um copo virado.

O homem respirou fundo e se endireitou na poltrona. Bateu de leve os dedos nos lábios, pensando.

Quando falou, sua voz saiu profunda e seca.

— Quero que apaguem qualquer tipo de rastro que elas possam ter deixado. Não quero a polícia nem ninguém os perseguindo, só eu.

A ordem era explícita e pelo tom de voz, era claro que o plano não estava aberto para falhas. Tudo tinha que sair perfeitamente como ele ordenara.

O agente afirmou com a cabeça e ia se virando para sair quando o chefe voltou a falar:

— E apague esse Roger também. Ele é o que mais pode nos dar trabalho; pode fazer a cabeça do chefe dos Revolucionários para que ele quebre nossa aliança — disse essa última palavra com puro desdém. — Logo agora que tudo está correndo tão bem... Apaguem ele mas não deixem que as crianças vejam. — Pensou por um momento e concluiu: — E tire aqueles dois carrapatos cantantes do caminho deles. Eles estão criando confusão demais pro meu gosto.

— Certo, Senhor! Vou providenciar para que tenham um fim silencioso.

O chefe fechou o cenho. O agente tinha entendido errado.

— Não, não! Não é pra matar os carrapatos cantantes. Só os tirem do caminho dos meninos sem os machucarem. — Fez uma pausa. — Agora Roger sim. Nele você dá um fim.

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