¡DE NOVO NÃO!

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-Adam Nobel

  Parte de mim quer ser como o louco do sonho e a outra quer ser apenas um garoto normal, sem qualquer tipo de crise na qual sou obrigado a ficar longe de "certas pessoas"
   Ainda não entendo essa minha fissurasão por Katherine... O fato dela ser diferente mexe comigo, de todos os jeitos. Não posso machucá-lá... Seria covardia demais, eu não teria coragem para tamanha "crueldade"
  Sei que isso não é comum para alguem como eu, que não liga para nada além de mim mesmo! Do meu próprio prazer... Algo está muito errado. Essa sede por algo "novo" "monstruoso" e essa "super proteção" por Kat... Esse não sou eu!
   Sinceramente, eu pouco quero me importar com esse projeto de garota. Essa droga de estar com "pena", bem não é exatamente a palavra, mas... Existe algo que me impede de me aproximar com más intençoes, é como se uma condenação se apoderasse de mim todas as vezes que me aproximo dela.
  O que está acontecendo!? O que é isso dentro de mim? Tantas perguntas sem o menor pingo de resposta.
  Minha mente não para de pensar, eu devia estar usando e manipulando alguém, e não tendo essa droga de paranoia.
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---- Outra bebida senhor? - uma garçonete apareceu me fazendo voltar ao real.
---- Não. Apenas a conta! - por não conseguir me controlar acabei cabulando aula. Passei o dia rodando pela cidade até esfriar a cabeça. Essa é a terceira lanchonete que paro. Já estou praticamente entupido de refrigerante e batata frita.
  Olhei para o balcão e uma garota de costas me chamou atenção. Cabelos negros um pouco maior que o ombro, blusa listrada e all star.
Katherine?! Levantei e caminhei até ela na esperança de não estar enganado.

---- Katherine!? - toquei em seu ombro.
---- Kat quem ? - a garota se virou.

   Não era ela, nem se quer parecia com ela. Olhei bem e até a cor do cabelo havia mudado. O negro que pensei que havia visto era castanho claro. Como pude confundir!? Pior, por que agi de tal forma?

---- Pensei que fosse uma amiga. - disfarcei. Voltei para a minha mesa me auto questionando. Minha mente não parava de pensar em Katherine. Foi capaz até de imaginá-la...
Tinha que vê-la! Era o unico jeito de ficar bem. Apesar de tudo, era como se algo maior me obrigasse a ir até ela.
  Assim que a garçonete voltou com a conta sai da lanchonete, peguei meu carro e corri até o colégio. Faltavam apenas alguns minutos para o sinal tocar.
Eu precisava chegar a tempo! Mesmo que isso custasse minha vida ou o pouco de controle que ainda me restava.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora