> uma suicida e seu psicopata <

Herói

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-Katherine Jackson

  Desejei por ele e então ele apareceu, me salvou... Quem diria, Adam o herói.
  Ele fez meu medo ir embora, fez minha raiva se esconder, era estranho definir. Eu sabia de tudo o que ele tinha feito mas, naquele momento não senti nada, nada além daquele olhar mágico.
   Adam me levava no colo, tinha uma força impressionante, uma levessa sem igual, seu sorriso penetrava  minha alma.
  Mal chegamos a casa e logo um rapaz correu até nós, Adam simplesmente passou por ele e entrou. Me levou até o quarto e deitou-me sobre a cama.

------- Você está fraca, precisa comer... - sorriu - Agora está segura.
------- Não quero comer, quero ir para casa! - retruquei.
------- Vou te levar para casa Kat... Não precisa ter medo, não vou te machucar... - alisou o meu rosto.
------- Como me encontrou?
------- Eu não sei... - seu olhar se encontrou com o meu - Simplesmente encontrei.
------- Se não fosse você eu nem sei se... - me interrompeu.
------- Eu sempre vou te proteger Kat, sempre vou estar lá quando precisar.
------ Adam... - sentei na cama - Obrigado! Obrigado por estar lá! Aqueles velhos iriam... - as palavras não se completavam em meus lábios.
------- Ei.. - levou a mão em direção a minha, á apertando com levessa - Já passou. Eles não irão  voltar... - se aproximou ainda mais - Está tarde para pegar a estrada, amanhã cedo te levo para casa, ok?
------- E depois?
------ Depois a decisão é sua. - alisou o meu rosto, olhei para o seus lábios e os mesmos estavam cortados, graças ao soco daquele homem idiota.
------- Seus lábios... - me aproximei dos mesmos sem perceber - Ele te machucou... - minha mão se moveu em direção ao rosto de Adam, o tocando. Voltei minha atenção para ele e o mesmo estava com os olhos fixos em mim, fiquei paralisada, estavamos próximos demais.
  Adam levou a mão em direção a minha a deixando mais próxima de sí, lentamente começou a se aproximar, meu consciente quis se afastar, mas meu corpo não se moveu. Olhares presos um no outro, o desejo nascendo das cinzas e então...
  Batidas na porta me fizeram olhar para a mesma, em seguida me afastar por completo de Nobel, um garoto entrou, em suas mãos havia uma bandeja e nela,  um lanche junto a um suco.
Adam levantou e caminhou em direção a ele, pegou-a da mão do mesmo e se virou para mim.

------- Precisa comer Katherine... - deixou a bandeja em cima da mesa e saiu junto ao rapaz.

   Droga! Como pude me rebaixar ao ponto de novamente deseja-lo? Depois de tudo!
Ah Katherine, como você é idiota!
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  As horas passaram, minhas forças já estavam restauradas, o cansaço falou mais alto e eu adormeci.
  Novamente as mãos daqueles homens passeando em meu corpo desta vez o violando, meu desespero me fazia gritar porem minha voz estava presa, tentava me soltar porem minhas forças pareciam ter sumido.
  Abri os olhos e estava no quarto, sozinha. Meu coração acelerado e minha respiração muito mais. A porta se abriu me fazendo gritar novamente, e impulsivamente tampar os olhos. Senti novamente alguem me tocar, senti meu coração ir a boca.

------ Katherine? - a voz de Adam - Ei, o que houve? - destampei os olhos e olhei para ele. Que parecia preocupado, seus olhos azuis estavam a brilhar junto a luz da lua que entrava pela janela, senti meu coração desacelerar, e minha respiração voltar ao normal.

------- Tinha alguém aqui... - sentei na cama ainda olhando para ele - Eles... - olhei para o meu corpo e estava vestida, apenas um sonho..?
------- Foi apenas um pesadelo... - voltei a olhar para ele - Ninguém entrou aqui... Estou na sala ao lado, para chegar em você precisaram passar por mim... - tentou sorrir - Melhor voltar a dormir... Se quer ir para casa tem que pelo menos estar bem. - levantou indo em direção a porta.
------ Adam!? - voluntariamente chamei por ele, o fazendo parar - Precisa mesmo ir? - meu corpo agia por si só.
------- Como? - se virou para mim, um tanto surpreso.
------- Você... - me calei por alguns instantes, aquilo era errado! Era muito errado!
------- Eu..? - continuou.
------- Nada... - exitei por um instante.
------- Tudo bem, boa noite. - se virou novamente para sair.

  Porem ao olhar para a janela e ao lembrar do maldito sonho meu coração acelerou, sem ele eu me sentia só, minhas companhias eram nada menos que meus próprios medos.

------- Adam fica! - o fiz parar novamente - Não tenho pesadelos quando estou com você... - outra vez Nobel se virou para mim, lentamente se aproximou e sentou ao meu lado.
------- Tem certeza? - perguntou mesmo já sabendo a resposta.
------- Não.. - respondi, fazendo seu sorriso aparecer, aliviando meus sentimentos.
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   Mesmo juntos ainda estavamos separados, ele de um lado eu do outro, sem toques. Ele me salvou, eu agradeci, agora estamos de volta como antes, ainda tenho raiva, ainda não confio nele.
   As horas voltaram a passar, o Sol nasceu e sua luz invadiu o quarto me fazendo abrir os olhos. Senti um aperto aconchegante, um calor bom, olhei para a minha cintura e o braço de Adam estava envolvido na mesma, incrivelmente estavamos de mãos entrelaçadas. Que diabos eu faço quando pego no sono!?

------- Bom dia - levei um susto assim que olhei para trás, Nobel estava a me olhar, seu sorriso e sua aproximação novamente me fizeram paralisar.
------- A quanto tempo está me olhando!? - perguntei.
------- A um bom tempo... - sorriu - Você é linda... - tentou me beijar porem me soltei de seus braços e levantei da cama ajeitando minha roupa.
------- Já amanheceu, quero ir para casa! - (se Adam continuasse a me tentar eu não resistiria, cada toque me fazia estremecer, eu precisava odiá-lo! Devia deixar meus desejos, e seguir em frente!)
------- Café da manhã!? - sentou na cama.
-------- Não estou com fome, e você pode muito bem comer no caminho! - tentei ser rude.
-------- Tem razão! - me puxou pela cintura me mantendo entre suas pernas - O que acha de um banho? - sorriu.
------- Você pode até ter salvo a minha vida, mas ainda te quero longe! Muito longe! Uma galáxia de distancia!
------- Katherine...
------- Vamos embora! - me soltei dele e caminhei até a porta á abrindo - Quer que eu tente ir sozinha!? Ou vai levantar!? - sai para fora o deixando de boca aberta.

Nobel nunca era rejeitado, estava ai sua "fascinação" por mim, eu dizia "não" mesmo desejando dizer "sim".