Me surpreenda 11/13

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-Katherine Jackson

---- Tudo bem!? - Nobel caminhava na frente, indo em direção ao carro - Adam? - peguei em seu braço.
---- Tudo ótimo! - sorriu.
---- Tem certeza? O seu pai... Ele... E você... Vocês... - as frases não se completavam em minha boca.
----- Não fala... - me olhou sério - Esquece ele, ok?
----- Tudo bem... - novamente fui beijada.
----- A noite ainda não acabou... - sorriu mantendo os olhos nos meus - Vamos sair daqui! - agarrou a minha mão e caminhou até o carro.
----- Onde vamos?
----- Qualquer lugar. Jonas deixou o carro, agora eu serei seu motorista.
----- Estamos sozinhos? - Adam parou e me olhou.
----- Algum problema?
----- Nenhum! - me aproximei dele - Gosto de ficar sozinha com você. - sorri.
----- Ainda temos a noite toda! - abriu a porta para que eu entrasse - Senhorita... - um sorriso no rosto e uma vontade gigantesca de beijar aqueles labios novamente.
Adam deu a volta no carro e entrou, como sempre girou a chave mudou a marcha e acelerou.

----- Gosta de dançar?
----- Em publico não. - ri.
----- Então prepare-se - sorriu
----- O que quer disser com isso?
----- Se eu contar perde a graça... - gargalhou.

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(15 minutos dps)

Outra vez Adam estacionou porem desta vez estávamos em um ambiente menos formal. Uma boate no centro de Londres. A faxada exibia o nome de uma das melhores baladas da região. A entrada era cercada por seguranças e pelo visto era apenas para pessoas que tivessem "nome na lista" ou melhor, apenas para pessoas "com um financeiro maior"

----- Agora você vai ver o que é diversão! - sussurrou em meu ouvido enquanto caminhamos até a entrada.
----- Acho que não poderemos entrar.
----- Por que não!? - sorriu - Eu sou Adam Nobel, lembra?
----- Ah... Claro senhor Nobel. - ri como provocação.
----- Nome na lista? - perguntou a recepcionista com algumas puseiras nas mãos.
----- Não... Nós não temos. - Adam respondeu rindo.
----- Desculpe, mas... - Adam a interrompeu
----- Meu amor, eu sou o Adam Nobel! Não preciso de nome na lista. - (metido)
----- Adam Nobel? - a mulher nos olhou surpresa.
----- Olha só o que a maré trouxe! - um garoto vindo do lado de dentro da boate se aproximou de Adam - Entre meu amigo, a casa é sua. - sorriu.
Assim que a luz clareou o rosto do jovem tive a impressão de conhecê-lo, sim, era Thomas! O da loja de jogos.

----- Vamos... - Adam voltou a me conduzir com a mão em minha cintura - Como eu disse, sem nome na lista - sorriu para a mulher.
----- Olha o casal que não é casal... - disse Thomas sorrindo - Fiquem a vontade... - nos entregou dois passes VIP's - E tenham juízo! - sorriu.

Passamos por entre as portas de entrada do local e nos deparamos com um salão lotado. A pista de dança no mesmo estado, assim como o camarote, esse um pouco menos movimentado. O som estava alto, e a sincronia das músicas me faziam querer dançar... Mas a timidez ainda me acompanhava.

----- Muito novo pra você? - Adam falava em meu ouvido.
----- Um pouco. - respondi entre um sorriso.
----- Bem vinda ao meu mundo. - me olhou, me fazendo ver o quanto os olhos dele brilhavam, como o mar recebendo a luz do Sol.
----- Sabe aquele papo de não dançar em publico? - disse enquanto me levava para o meio da pista de dança - Esquece! - riu me virando de costas para ele. Adam apoiou as mãos em minha cintura e voltou a cochichar em meu ouvido - Dança comigo?
----- Eu não sei... - me auto interrompi. Ok, estava na hora de mudar minhas próprias regras - Tudo bem! Tente me acompanhar - me soltei dele e entrei ainda mais no meio da muvulca.

A música parecia ter aumentado ainda mais. No mesmo instante que a timidez me soltou Adam me agarrou por traz.

----- Me mostre o que você sabe. - sussurrou em meu ouvido logo após me soltou.
Ainda de costas para ele me entreti com a música, dancei freneticamente sem ligar para quem estava ao meu lado, alias nem isso eu conseguia decifrar. Minha mente estava leve. Finalmente se divertindo como uma garota comum. Os problemas haviam sumido, o fato de uma mãe ausente, de um irmão praticamente se entregando a bebida e drogas, um pai falecido. Meus problemas. Meus cortes. Minha vida chata e triste. Agora perdida em um mar de drinks e danças.
Adam me envolvia em seus braços entre beijos e sorrisos. Tudo o que eu havia imaginado em minha vida inteira... Adam barrou. Escreveu uma nova historia, me fez livre... Era apenas ele e eu. Ali, sem limites a noite toda.

----- Acho que posso viver com isso. - sorri.
----- Serio? Katherine Jackson dizendo algo assim... Devo me preocupar? - me abraçou ainda mais forte.
----- Acho que sim... - virei de frente para ele - Você quem está fazendo isso comigo. - dei outro gole em um copo com vodka - A culpa é sua.
----- Acho que você está bebendo de mais... - pegou o copo da minha mão.
----- Para de ser... Chato. - peguei o copo novamente - E eu não estou bebendo demais - sorri enquanto levava o copo até a boca.
----- É que você nunca... - se calou.
----- Adam... - olhei para ele - Tudo bem, eu não vou extrapolar. Eu estou bem. Viu! Não estou bêbada - sorri.
----- É que... - parou - Você tem razão. Alias você já é grandinha - riu - Tem o dever de extrapolar. - sorriu novamente.
----- Quer saber? Você tem razão. - levantei até sua boca e entrelacei minhas mãos em seu pescoço - Então vamos... Extrapolar. - sorri, logo após dei um beijo em seus labios.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora