Tudo bem?!

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-Katherine Jackson

  Acabei tendo o melhor sonho da minha vida, um caso raro, já que geralmente minha vida é cercada por pesadelos. Até acordei cinco minutos antes do despertador e para a minha surpresa o dia estava lindo. Sim! Em plena manha o dia já estava me agradando.
  Levantei tomei um banho morno e me troquei. Peguei minha bolsa e caminhei até a cozinha, surpreendentemente minha mãe estava em casa e ainda melhor preparado o café da manhã.

---- Bom dia. - caminhei até uma cadeira próxima a mesa e sentei.
----- Bom dia! - me olhou - Café? - sorriu.
---- Acordou de bom humor?
---- Apenas quis preparar o café da manhã para os meus filhos... - Nick entrou na cozinha - Bom dia, bebe. - olhou para ele.
---- Mãe, pela milésima vez para de me chamar assim! - sentou também.
---- Alguém aqui acordou de mau humor! - retruquei com um riso.
---- Vou levar vocês para o colégio hoje... - Sarah se virou em nossa direção.
---- Como!? - falei ao mesmo tempo que Nick.
---- Posso ter um momento com vocês? É apenas uma carona mas... - Nicolas interrompeu.
---- Desculpa mãe... Eu já tenho carona! - disse agarrando um sanduiche, dando um beijo nela e saindo. O clima ficou tenso olhei para ela e a mesma voltou a falar.

---- E você..? Vai me abandonar tambem?
---- Débora disse que estaria lá em baixo as... - olhei para o relógio - Ela já está lá em baixo. - levantei. - Desculpa! - peguei minha mochila.
---- Então eu te busco, pode ser? - voltei a olhar para ela.
---- Por quê!?
---- Katherine... É meu dia de folga. O mínimo que posso fazer é passar esse tempo com os meus filhos... - tomei a voz.
---- E agora você resolveu ser a mãe que se preocupa? - acabei sendo grossa - Mãe... - revisei minhas palavras e o arrependimento bateu - Me desculpa. Eu não... - me interrompeu.
---- Tudo bem Kat. - levantou e caminhou até a pia. Vê-la naquele estado foi de partir o coração.
---- Eu te espero no portão depois da aula... - acabei cedendo.
---- Obrigada! - me olhou e sorriu.
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   Sai do apartamento e caminhei até o elevador. Adam já estava lá, tentei conter o sorriso que estava estampado em meu rosto só por o ter visto, mas ele estava quieto como todas as outras vezes em que nos encontramos no mesmo lugar, era como se silêncio sempre dominasse ali.
  Tentei puxar assunto, mas fui cortada logo de inicio. É! Era bom demais para ser verdade.
Adam me deixou falando sozinha, sinceramente não entendi aquela atitude. Acho que á gentileza de ontem a noite foi apenas uma gentileza de "ontem a noite". Sabe, algo no passado ¬¬
   Eu já devia ter desconfiado.
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  Após aquele "desprezo" cumpri com minha rotina (sair do elevador, comprimentar o senhor Lincon e ir até o carro de Débora)

---- Oi! - sorriu assim que entrei.
---- Oi. - tentei retribuir o gesto.
---- O que houve?
---- Ah... Nada. - disfarcei.
---- Eu te conheço Katherine.
---- É só a minha mãe. - (não, não era só ela) - Disse que quer passar um "tempo com os filhos"
---- Isso é bom! - sorriu - Não era isso que você queria que ela fizesse!? Tivesse um tempo com os filhos?
---- É, mas... Sei lá Débora por que agora!? Depois de todo esse tempo. - (minha mãe nunca foi presente. Desde quando meu pai ainda era vivo. Ela sempre preferiu o "trabalho" do que a própria família).
---- Ela deve estar com a consciência pesada e quer se desculpar. - Mendes tentou amenizar a historia.
---- Não tenho tanta certeza disso... Tem algo por trás.
---- Para de pensar assim! - ligou o carro - De uma chance à ela Kat...
---- Dizer é fácil. - ri.

  Mal terminei de falar e novamente um carro prata nos ultrapassou em alta velocidade, pelo modelo e pela placa imaginei ser Adam. Sem duvidas  era ele, novamente o velho Adam Nobel com suas "gracinhas" perigosas.

---- Adam!? - falei baixo.
---- Você viu que louco?! Deviam suspender a carteira desse ser...
---- Oi? - não prestei atenção em Débora. Algo me dizia que havia  coisa errada, algo com Adam. Que ele não estava bem.

---- Você viu!?
---- Ah sim... Foi mal, eu estou um pouco longe. - disfarcei.
---- Um pouco!? - sorriu - Qual o motivo dessa sua viagem pela maionese? Tem nome? - perguntou entre um novo riso.
---- Não! - respondi.
---- Tem sim... Rick?!
---- O que? Não!
---- Não me diga que é o Adam... - interrompi.
---- Ta bom, eu não digo. - olhei as horas na tela do celular.
---- Ah para... Sério mesmo? O Nobel?!
---- Não Débora! Não é nada. É melhor a gente ir! - mudei de assunto.
---- Kat e Adam... - começou a cantarolar.
---- Minha melhor amiga tem 10 anos!? - cruzei os braços.
---- Tudo bem. Parei! - sorriu e em seguida acelerou.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora