^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^
-Katherine Jackson-------- Uma semana se passou, o buraco em meu peito ainda está aqui. Nada mudou... Contínuo na mesma, sem falar com a mamãe... Até tio Robert resolveu se afastar. Não vejo Adam a alguns dias, nem mesmo no prédio e o pior é que só penso nele... E isso acaba comigo. Quero esquecer que um dia beijei aqueles labios... Mas não consigo. Débora se foi, e Rick está cuidando do luto da própria mãe... Estou sozinha. De novo! Porem saber que você está se recuperando me dá esperanças... - peguei em sua mão - Eu preciso de você Nick... - olhei para seu corpo em cima da cama - Preciso do meu irmão!
Nicolas não demonstrou reação, ainda estava inconsciente porem mesmo assim eu passava meus dias de solidão contando a ele aquilo que eu não queria dizer a mais ninguém. Meus dias eram resumidos em ficar ali observando meu pequeno grande irmão.
--------- Katherine? - olhei para a porta e Alice a enfermeira que cuidava de Nick me observava - Como ele está?
-------- No mesmo estado... - voltei a olhar para Nick, ainda com minha mão presa a dele - Mas ele vai melhorar... - sorri, e no mesmo instante senti Nicolas apertar minha mão, um toque sutil, porem significativo.
-------- Ó Deus! - a enfermeira se pronunciou - Vou chamar o doutor! - saiu do quarto.
Voltei a olhar para Nick e sorri novamente.
--------- Você vai melhorar... Eu sei que vai! - Nick moveu os lábios, fazendo meu coração saltar. Ele tentava dizer algo, porem ainda estava fraco.
O medico entrou no quarto junto a enfermeira Alice, os dois se aproximaram de Nick e começaram a examiná-lo. Achei melhor deixá-los a sós, não entendia muito sobre medicina e minha presença ali poderia atrapalhá-los.
Caminhei pelo corredor indo em direção a recepção, no meio de tanta noticia ruim, finalmente uma boa. Meu sorriso ia de orelha a orelha, senti minha alma se aliviar e finalmente respirar. Entrei em um novo corredor e então meu sorriso desapareceu. Thomas o amigo de Adam conversava com uma enfermeira. Fiquei surpresa porem continuei seguindo, passei por ele e então o mesmo sorriu, me aproximei dos dois com certa desconfiança porem me manti em silencio.-------- Thomas? - o mesmo não demonstrou surpresa ao me ver.
-------- Gatinha... - sorriu.
-------- O que faz aqui!? - olhei para a enfermeira e a mesma tinha a ficha de Nicolas em mãos, estranho porem ela era uma das enfermeiras do hospital, então não dei credito a ela, voltando a olhar para Thomas.-------- Resolvendo alguns assuntos... - sorriu novamente logo após olhou para a moça e com apenas um movimento de cabeça a mandou embora. A mesma nos olhou e então seguiu em direção a recepção.
-------- Em um hospital!? - questionei.
-------- Algum problema? - me olhou sério.
-------- Não... - (estranho... Muito estranho)
-------- E o seu irmão? Ouvi boatos de que ele anda dando sinais de que a qualquer momento ira acordar.
-------- Como soube do Nick!? - Thomas me olhou surpreso.
-------- As noticias rolam... Adam comentou e não fiz mal em perguntar, fiz?
-------- Claro que não... - sorri - Ele está dando alguns sinais sim... São poucos mas são significativos. - Thomas sorriu.
-------- Isso é otimo... E quanto a você e Adam? - gelei.
-------- Não soube?
-------- Do termino de vocês? É sei algo do tipo, mas pensei que fosse mentira.
-------- Ele... - me interrompeu.
-------- Não, na verdade quem me contou foi uma amiga que o conhece.
--------- Deixa eu adivinhar... Essa "amiga" é loira, olhos azuis, ego que bate no teto e completamente insuportável?
-------- Já conheceu a Ana? - riu.
-------- Infelizmente sim! - sorri novamente - Thomas... E quanto ao Adam? - não contive minha curiosidade.
-------- Não tive noticias dele desde ontem... Ele me ligou pedindo um favor - Thomas se calou como se tivesse falado demais.
-------- Um favor?
-------- Coisa de amigo... - disfarçou - Esse papo de não terem mais nada é verdade!? - tentou reverter o assunto.
-------- Sim, é verdade.
-------- Você realmente gostava dele!? - fiquei em silencio e isso acabou por responder por sí próprio - É Katherine... - me olhou no fundo dos olhos - Grande erro! - me surpreendi com suas palavras.
-------- Pensei que eram amigos...
-------- Sou amigo do Adam, por isso digo para ficar longe. Sabe... Ele não é a melhor pessoa para ter um relacionamento, conheço ele a muito tempo e sei que Adam nunca teve uma namorada fixa... Ele...
-------- Não é quem eu penso que é? Sei disso.
-------- Não era isso o que eu ia dizer... - sorriu - Você parece ser uma garota legal, Katherine... E o Adam é um garoto do mundo, não é de se prender a alguém...
-------- Tudo bem Thomas... Não precisa me dizer o que ele já me disse.
-------- Se conheço bem o meu amigo, sei que se o milagre de ele gostar de alguem ter acontecido, ele se afastou por medo.
-------- Medo!?
-------- Medo de se apaixonar de verdade. - senti novamente meu coração bater forte - Enfim! Tenho que ir... Foi bom te ver gatinha! - beijou o meu rosto e seguiu em direção a saída.
Observei Thomas dobrar o corredor e sumir, logo após me virei e continuei a seguir o meu caminho. Uma pulga atrás da orelha por vê-lo ali porem ainda formulando nossa pequena conversa. Adam Nobel com medo de se apaixonar? Por que isso não me parecia real!?
Acabei esbarrando com a mesma enfermeira na recepção, sua prancheta caiu no chão quando nossos corpos se chocaram. Abaixei para ajudá-la e enquanto recolhia as folhas sobre o piso, notei que os cinco pacientes eram ninguém menos que os cinco jovens do acidente em que Nicolas sofreu. Olhei para a enfermeira e a mesma puxou as fichas de minha mão, levantou e saiu andando.
Levantei ainda olhando para ela, e senti algo dentro de mim denunciar que havia coisa errada no meio daquilo tudo, Thomas e a moça, as fichas dos cinco jovens, algo não cheirava bem. Porem ignorei minha própria intuição, devia ser apenas uma nova paranoia da minha mente perturbada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
> uma suicida e seu psicopata <
RomanceSeria possível encontrar o amor em meio a dor? E se esse amor não fosse normal? E se ela quisesse morrer? E se ele adorasse a morte? Um amor com futuro? Qual futuro? Seria possível entre tantos problemas um amor surgir? As pessoas mudam realmente...