Me surpreenda 8/13

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-Katherine Jackson

  Há algo errado, estou sentido que algo esta prestes a acontecer e que Adam sabe exatamente o que é. Ele tenta camuflar, porem sabe que não me engana.
  Jonas nos levou até um magnifico restaurante no centro de Londres. Ainda bem que havia roupas de uma das primas de Adam no apartamento e por sorte coube perfeitamente em mim. Finalmente estava vestida adequadamente para o assunto.
  Como um cavalheiro Jonas abriu a porta para que Adam e eu saíssemos do carro, os dois se olharam o que deixou transparecer a preocupação no olhar do motorista, ao contrário de Adam que carregava um sorriso malicioso estampado nos lábios.
  Adam envolveu a mão esquerda em minha cintura, dando o primeiro passo em direção ao restaurante. Impulsivamente olhei para tras e Jonas estava cabisbaixo, me deixando com a pulga atrás da orelha.

----- Olá... - disse a recepcionista com um largo sorriso - Nome na lista?
----- Adam Nobel. - se olharam.
----- Ah senhor Nobel! Creio que ira querer se juntar ao Sr. Jordan Nobel, sim?
----- Não. Mas quero algo próximo a mesa dele. - sorriu novamente, desta vez de uma forma sombria.
----- Tenho algo perfeito para vocês... - me olhou - Me acompanhem.

  Seguimos a moça até uma das mesas próximas a janela, um outro grupo estava a exatas uma mesa de distancia de nós. Mesmo que apenas conhecesse Jordan por fotos pesquisadas na internet não pude deixar de reconhecê-lo. Cabelos negros, olhos azuis, terno impecável e risos maliciosos em sua boca.

----- Irei pedir para trazerem os cardápios... - sorriu a moça.
----- Obrigada. - respondi já que Adam não se pronunciou, a mulher se virou e voltou pelo caminho pelo qual havia vindo.

  Como um cavaleiro ele se moveu em minha direção, puxou a cadeira e com uma gentileza surpreendivel segurou em minha mão e esperou que eu sentasse. Sorriu, e então sentou-se a minha frente.

----- Seu pai está aqui? - não pude deixar de perguntar.
----- Acho que sim.
----- E por que... - me interrompeu
----- Gosta de vinho?
----- Eu...
----- Nunca bebeu? - riu
----- Nada além de uma cerveja... - fingi um sorriso.
----- Serio!? Então vamos preservar iss... - interrompi
----- Não! Tudo bem, eu quero experimentar.
----- Tem certeza? - me olhou com receio.
----- Você acha que eu não consigo? - firmei os olhos nos dele.
----- Longe disso - sorriu maliciosamente.
  Alguns passos até nossa mesa e então um garçon se aproximou com dois cardápios.
----- Seu melhor vinho. - disse Adam.
----- Hum - o garçon olhou para o pedido - Boa escolha... - sorriu.
----- E mande um para aquela mesa... - o garçon olhou para a mesa poucos metros a frente - Diga que é um presente! - sorriu.
----- Como quiser... Irei mandar servirem a entrada, enquanto escolhem o prato principal. - nos entregou os cardápios e se retirou.

----- O que tem em mente? - não contive as palavras na boca e acabei por solta-las.
----- Como? - perguntou
----- Esse olhar... Eu já vi ele e o resultado não foi muito bom. - me referi ao dia em que descobri um "pequeno" lado psicótico em Adam, o dia que vi ele espancar um cara no estacionamento e por pouco, muito pouco, não mata-lo.

----- Não é nada... - sorriu - Não precisa se preocupar, esta tudo bem.
----- Ei... - coloquei minha mão sobre a dele - Você não precisa ser a pessoa que diz ser. - Adam me olhava com atenção - Você é alguem bom Adam... Lembre-se disso. Eu acredito em você.
----- É por isso que você é diferente de todas - segurou e apertou a minha mão.
  Outro garçon se aproximou com o vinho e as taças. Colocou-as sobre a mesa e se movimentou para servir, Adam o interrompeu.

----- Pode deixar... - sorriu.
----- Decidiram o que irão pedir? - perguntou o funcionário.
----- O que acha do numero 32 Kat? - me olhou.
----- Por mim tudo bem. - concordei.
----- Outra bela escolha - pegou os cardápios e em seguida se retirou.
----- Gosta de fritas? - Nobel encarou-me com aqueles belos olhos azuis.
---- Quem não gosta? - sorri o fazendo sorrir também.

-minutos depois-

----- Apenas um pouco... - disse enquanto derramava vinho em minha taça - Experimenta.

  Lentamente levei a taça até a boca. O gosto não era nada comum para mim, visto que eu não estava acostumada com aquele tipo de bebida, porem não era a pior coisa do mundo.

----- Nada mal... - olhei para ele - Posso aguentar isso. - sorri, arrancando um olhar satisfeito de Adam.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora