Do outro lado [...]

5.7K 471 112
                                    

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
-Joe Keller

  Garota burra! Pensa que pode elevar a voz para mim!? Vadia!
  Agora sei o motivo pelo qual o desgraçado do Nobel gosta dela, os dois se merecem!
  Haha, ela pensa que não está em meu jogo, está enganada, só o fato dela agora odiar o Adam já me serve, ele está a se descontrolar, em breve ira desabar! Como fez com Luísa, assim farei com ele. Quando Katherine o mandar embora, ele perderá o rumo! Como tenho certeza disso? É bem óbvio! Ele faz tudo por ela, quando digo tudo é exatamente TUDO, o mesmo armou um sistema de vigilância para protegê-la de mim, é, isso não deu certo kk.
  Ele deixa de cuidar da mãe do próprio filho para se submeter aos caprichos de Katherine, se ela mandasse ele lambia o chão para ela passar, idiota! Oh idiota!  
Já está tudo armado, meu plano ainda fluí...
   Por quê faço isso? Ele destruiu a vida da mulher que mais amei, fez dela um lixo... É meu dever vingá-la, fazer a dele nada além de cacos.
______________________________

  Katherine partiu e meu sorriso foi de orelha a orelha, estava funcionando.
  Olhei ao redor, e senti meu coração subir a boca.
  Thomas estava encostado no carro a frente, me olhava e sorria.
  Me virei e outro rapaz, esse alto e moreno me sondava.

  Aliados de Adam! Droga!

   Desviei dos dois, e a passos largos começei a caminhar na direção oposta a eles.
  Olhei para trás e os dois me seguiam, olhei para a rua e duas motos, conduzidas por duas mulheres, tambem me acompanhavam.
   Impulsivamente começei a correr, não podia ser pego! Eu havia armado o circo, iria assistir o mesmo pegar fogo!
  Consegui despistar meus seguidores, o ar voltou a circular em meus pulmões. Parei por um segundo para retomar o fôlego, foi então que senti uma mão apertar o meu ombro, gelei interiormente, porem não me rendi. Virei para trás com o punho fechado, acertando em cheio meu perseguidor. O mesmo cambaleou para trás, no mesmo instante as duas motos entraram na rua.
  Olhei para os lados e em um pensamento rápido, optei por entrar em um beco a minha esquerda, era minha única saída.
  Novamente fui seguido, tanto pelo homem, quanto pelas motos. Estava quase chegando ao fim daquela pequena rua estreita quando um carro atravessou a mesma, me impedindo de sair do lugar. Estava cercado.
   A porta do veículo se abriu, Thomas junto a dois outros rapazes, (gémeos) começaram a caminhar em minha direção. Senti minhas pernas ficarem bambas, porem me manti firme. Se preciso lutaria! Não me renderia facilmente. Não para os "capangas" de Adam.

------- Está cercado Joe! - Thomas riu - Não seja tolo, se renda!
------- Me render a vocês!? - aumentei o tom de voz - Um bando de lixos! Adam os mandou aqui!? Ele não é homem suficientemente para vir atrás de mim!? - ri - Mandou os cachorrinhos!? Patético.
------- Ele tem uma surpresa para você... - a voz de uma das mulheres atrás de mim me fez estremecer interiormente.
------- Do que estão falando!? - mal pude sentir o peso de minhas últimas palavras e logo, um golpe na cabeça me levou ao chão. Zonzo, olhei para trás e o mesmo rapaz que eu havia atingido, agora, me apagava com uma coronhada na nuca.
  O mundo se tornou escuro, as pessoas ao meu redor simplesmente se apagaram.
______________________________

   Senti meu corpo se encharcar, minha respiração parar, estava me afogando.
  Abri os olhos e estava em uma sala em decadência, as janelas com vidros quebrados, a ventilação precária.
   Porem estava vivo! E era o que importava. Olhei para as minhas mãos e as mesmas estavam presas por amarras, tentei mover meus pés e os mesmos tambem estavam imóveis. Olhei para o cenário e havia uma mesa em minha frente, em cima dela objetos de tortura, não consegui decifra-los, apenas o cabo de algumas facas, e alicates, estavam em meu campo de visão.

-------- Finalmente acordou, princesa... - olhei para trás, e novamente senti meu coração querer escapar pela boca, minha respiração quis parar por sí só... Meu corpo tremeu.
   Adam estava ao meu lado, sentado em cima de uma outra mesa, tinha um canivete vermelho em mãos, descascava uma maçã como se a mesma não fosse nada, a lâmina cortava as fatias como uma tesoura deslizando sobre o mais frágil pedaço de papel.
  O mesmo me olhou, um olhar sombrio, frio. Seu sorriso se alargou, me fazendo gelar.

------- Pronto para brincar!? - levantou.
 
 

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora