um garoto normal

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-Adam Nobel

   Ana está me provocando, acha que irei cair em seu maldito jogo. Pensa que é melhor e mais esperta, tadinha... Tão iludida. Mal sabe que ando mais ativo do que um dia ela possa imaginar.
   Sim, a relação e os meses que passei com Katherine me fizeram desacelerar meu lado "sombrio", porem ele nunca se foi.
Como Ana mesmo disse, é algo que nunca esquecemos, intenso e... Bem, intenso e totalmente incrível, uma sensação de poder, soberania e algo mais, algo indescritível.
   Ainda busco o motivo pelo qual me fez parar. Todos os pensamentos psicopatas e loucos, simplesmente desapareceram, ou melhor, se esconderam muito bem. Ana tinha razão quando disse que eu agora não passava de um simples garoto comum. Isso me deixava completamente irritado. Uma coisa que não admito é parecer um garoto normal. Pessoas comuns, são totalmente descartáveis. Seres sem graça, inúteis. Raça na qual eu abominava.
   Nasci para ser diferente, para fazer a diferença seja ela boa ou ruim. Adam Nobel não aceita ser um mísero ser comum! Sou muito além. Sou um dominador.
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------- O que acha daquela ali!? - apontei para uma garota a nossa frente, essa pertencia ao grupo de líder de torcida do colégio.
------- Não! Fácil de mais... - sorriu - O que acha daquela ai? A de blusa branca do lado daquela sua "amiguinha."
------- Débora Mendes? Vai por mim, aquela garota é maluca. - ri - Ela não!
------- Por quê?
------- Ela não, Ana! - fazer qualquer coisa com a maldita da Débora era como se eu crucificase Katherine, iludir e machucar os sentimentos da melhor amiga dela era a mesma coisa que me auto condenar. E por mais que eu ansiasse em me livrar daquela cobra, mantinha o pouco de juízo que ainda me restava.

------- Tudo bem! - olhou para os lados - Então aquele ali - apontou para Nicolas Jackson.
------- É impressão minha ou quer atingir a Katherine? - Ana me olhou.
------- Como?
------- É o irmão dela. - tentou disfarçar - Mas você já sabia disso, não é?
------- Claro que não! A vida da sua "Katherine" não me interessa, Adam. - voltou a olhar para o pátio, esse agora menos movimentado.
------- Tudo bem... Aquela ali. - segui seu olhar - A de preto, encostada na parede com um livro na mão - me olhou
------- O que quer?
------- Chama ela pro baile!
------- Eu não vou nesse maldito baile!
------- Você não quer ir porque sabe que virou um garotinho comum. Alias garotos comuns frequentam esse tipo de lugar, sabia? - riu.
------- Para de tentar me provocar!
------- Aposto que não consegue leva-la... - olhou para a garota.
------- Quer mesmo me desafiar? - Ana sorriu.
------- Aposto que não consegue leva-la e ainda sim usar as táticas que te ensinei quando éramos crianças.
-------- Tudo bem... Mas se eu conseguir, o que irei ganhar como premio?
------- A melhor boate de New York... - interrompi.
-------- Serio mesmo? Isso só pode ser brincadeira! Uma boate?
-------- Não terminei  - me olhou - Por minha conta... Todas as bebidas que conseguir - pensou bem - Ok! A noite toda por minha conta! - sorri.
------- Agora sim esta começando a me agradar.
------- O baile vai ser na sexta. Você tem até lá para tê-la em suas mãos... Caso contrário, você perde a aposta e eu te considerarei um simples e sem graça, garoto comum. - levantou olhou para o jardim e então sorriu - Boa sorte!

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora