Doce lar

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-Katherine Jackson 

------- Como senti saudades desse lugar! - Nick já estava em casa, passeava por entre o próprio quarto, admirando tudo como se aquela fosse a primeira vez.
------- Não mexemos em nada... - sorri - Depois do acidente não tive coragem de vir aqui... - (olhar para aquele lugar, e lembrar das coisas que fiz, e daquelas que deixei de fazer continuava a me machucar interiormente)
------- Vamos esquecer isso ok? - sorriu - Vida nova.
------- Sabe que terá de largar as drogas e bebidas se quiser vida nova, não sabe!? - Nicolas me olhou.
------- Sei, por conta disso estou pensando em fazer algum cursinho de medicina... Depois do que aquelas pessoas fizeram por mim e por tudo que a mamãe fez tambem... Decidi dar um rumo a minha vida, nosso pai não ia gostar que eu me afogasse naquela vida, além disso sei o quanto sofreram. Quero mudar isso.
------- Não está se precipitando demais?
------- Talvez... Mas as vezes temos que arriscar. - sorriu novamente.
------- Tem razão... - sorri como resposta - Mas agora tente descansar... - caminhei até a porta - Boa noite Nick.
------- Ei Kat! - voltei a olhar para ele - Obrigado por tudo! - sorri novamente - Boa noite.
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  Voltei para o meu quarto, e assim que me vi sozinha comecei a sentir o peso de minha vida.
   Mal toquei no celular e logo o mesmo tocava, Adam, ignorei.
  Outra vez o celular tocando e insistindo constantemente, agarrei o mesmo na tentativa de desliga-lo, porem desta vez era Thomas. Ignorar ou atender?

------ O que quer? - acabei sendo grossa.
------ Ameaçou uma pessoa hoje amorzinho?
------ Já te contaram!? - Thomas riu.
------- Quer mesmo me desafiar garota!?
------- E você só sabe me ameaçar por telefone?
------- Então vamos nos encontrar... Apenas você e eu, sem truques.
------- Tudo bem! Quando e onde!?
-------- Amanhã, na festa da cidade... Eu te encontro.
-------- Como você... - Thomas me interrompeu com um riso, logo após desligou.

  Me ameaçar? Ameaçar minha familia? Estou farta de sempre tentarem me por para baixo, ser a inocente do grupo. Chega! Thomas pode até ter armas, mas, eu tenho coragem... Veremos quem ganha essa droga de guerra.
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  A noite passou, meu único pensamento a todos os instantes era o desgraçado do Thomas. Por que me encontrar em público!? Que tipo de abordagem ele estava a preparar?
  Batidas na porta e então Nick aparecendo, seu sorriso e seu olhar brilhando me fizeram sorrir.

------- Vamos? - o entusiasmo do mesmo era indescritível, depois do coma, Nick agora, estava com força total.
  Levantei da cama ajeitando minha roupa, nem se quer estava animada, ao contrario de todos os anos passados, tudo o que estava acontecendo, nada me alegrava, nem me entristecia, eu simplesmente não sabia ao certo o que estava a me consumir.
   Nick sorria e eu fingia, era a única coisa que eu sabia fazer, fingir.
  A festa anual de New York era na maioria das vezes bela, o dia em que as ruas se enchiam de gente, e as luzes se intensificavam, a musica contagiante, além de turistas de todas as partes.
  Nick, Sarah e eu andávamos entre a multidão, desfrutando das delícias das barraquinhas e das reações diversificadas de cada turista. Foi então que uma mão me virou para trás, me causando um leve susto, meu corpo estremeceu, Thomas.

------- Boa noite... - sorriu.
------- Aqui não! - me soltei de sua mão - Com eles não! - cochichei.
------- Kat..? - olhei para a minha mãe se aproximando e para Thomas sorrindo em direção a mesma.
------- Nem uma palavra! - olhei para ele furiosa.
------- Senhora Jackson! - (desgraçado!) 
------- Olá! - olhou para ele logo após para mim - Katherine!? - outra vez a desconfiança em seu olhar.
------- Prazer, Thomas. - o mesmo se moveu em direção a ela - Sou amigo do namorado da Katherine...
------- Quem? - Sarah me olhou por um instante - Ah, Adam! - riu enquanto se voltava para Frankin - Prazer!
-------- Mãe, vou dar uma voltinha... Te encontro no palco!? - chamei a atenção da mesma para mim.
------- Voltinha é? - nos olhou - Tudo bem, juízo!

   A deixámos e seguimos por entre a multidão nos afastando.
   Thomas tentou agarrar o meu braço porem o empurrei e continuei a caminhar, passamos por um beco vazio, entrei no mesmo o fazendo me seguir.

------- Ousada... - riu no mesmo instante que me apontou uma arma - Quer mesmo entrar nisso, Katherine!?
------- Uma arma Thomas!? - revirei os olhos - Não se garante?
------- Engraçadinha... Acha que sou idiota!? - começei a me aproximar lentamente o fazendo me olhar com receio - Nem mais um passo! - sua voz me fez rir.
------- Por que me odeia tanto Thomas? - fiquei na frente da arma o olhando fixamente nos olhos - Por que não atira logo?
------- Cala a boca!
------- Vá em frente... - fechei os olhos - Acabe com isso.
------- Katherine! - sua mão foi de encontro ao gatilho - Não estou brincando, vou atirar!
------- Não, você não vai! - abri os olhos o encarando - Se quisesse já teria feito, você não quer me matar nem tem competência para isso... Quer apenas me afastar de Adam - o olhar de Thomas se transformou - Ele tem os próprios defeitos, mas esse não é o motivo real.. Se não gosta de mim não ligaria para o meu coração partido... Me diga Thomas, você é gay!? - o mesmo abaixou a arma e riu.
------- Como? - gargalhou - Você falou tanto, pensou e repensou e chegou a isso!? Que sou gay e gosto do Adam? - riu novamente - Isso foi a pior tese que alguem já me disse.
------- Então o que Thomas!? Por que tudo isso? Por que essa raiva!? Você sabe muito bem que John não é o meu pai, sua raiva é comigo e não com Nick! Está usando ele para me atingir! Se não é apaixonado por Adam, então qual a droga do seu problema comigo!? O que raios eu te fiz!?
------- Não sou apaixonado pelo Adam.  Sou apaixonado por você! - suas palavras entraram como uma faca, diretamente em minha alma.  Aquilo não podia ser real, era impossível! - Quero que Adam se dane! Quero que se afaste dele. Se não posso ficar com você, ele também não irá! - voltou a me apontar a arma, seu olhar estava furioso como nunca antes.
------- Você não precisa fazer isso... - dei um passo para trás.
------- Ah Katherine! Por que gosta dele? Ele mente, maltrata... Não se fixa em um lugar, muito menos fica com alguem! Adam ira te enganar novamente e te usar Katherine! É o que ele sabe fazer.
------- Ei.. Calma, não estamos juntos...  - me aproximei - Calma Thomas... - lentamente levei minha mão em direção a arma - Me de a arma e tudo acaba...
------- Não.. Você mente! É como aquele desgraçado!
------- Não... Sou diferente, se "gosta" mesmo de mim então sabe que digo a verdade... - peguei em sua mão - Thomas não precisa fazer isso... Sei que não quer fazer - senti a mão do mesmo aliviar o peso do objeto, me dando oportunidade para pegá-lo.  
----- Katherine... - ignorei Thomas e encarei a arma em minhas mãos, tantas ameaças...

Acham que sou fraca.

  Virei para Thomas no instante que o mesmo se aproximava de mim, engatilhei e apontei para ele.

------ O que é isso!? - seu olhar se tornou assustado.
------ O jogo virou desgraçado! Acha que irei cair nesse papinho sem sentido? - apontei para a cabeça dele- Acha que pode ameaçar minha família!? Mesmo que por brincadeira? Não... Não pode! - gritei.
------- Vadia! - retrucou - Nem mexer em uma arma sabe! - começou a se aproximar - Não vai ficar com o Adam. Não vai ter paz se não se render! Irei matar sua familia na sua frente, vagabunda! Principalmente seu querido irmãozinho, aquele filho da puta! - interrompi.
------- Cala a boca! - gritei - Desgraçado. Eu vou matar você!
------- Não, não vai! Você é fraca! Não tem coragem... - continuou a se aproximar.
------- Nem mais um passo, Thomas! - continuei a apontar a arma para a cabeça do mesmo. Meu corpo gritava para eu largar aquilo e correr, no entanto, minha mente repetia as palavras de Frankin e junto a ele começava a me condenar, repetir o quanto eu era idiota e fraca.
Quando dei por mim, Thomas já tentava arrancar á arma de minhas mãos. Me enchi de coragem e o empurrei para trás, voltando a apontar a arma para ele.
------- Anda Katherine! Ou quer motivação? Quer que eu vá ao encontro do Nicolas!? - senti minha raiva aumentar, acabei ficando cega de ódio, Thomas estava me provocando, ameaçando minha familia, brincando com minhas fraquezas. Mirei e então sem piedade alguma, atirei.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora