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-Katherine Jackson------ Bom dia senhor Lincon... - acenei para ele que retribuí-o o gesto.
----- Bom dia senhorita... -sorriu enquanto atendia o telefone.
Olhei pela vidraça do prédio e o carro de Débora estava estacionado na entrada do mesmo. Caminhei até ela antes da mesma acordar toda a vizinhança, pois buzinava incansavelmente.------ Daqui a pouco chamam a policia para você! - bati no vidro e abri a porta.
------ É, eu sei... - riu - Entra, temos que chegar cedo hoje. - por um segundo olhei para o estacionamento e Adam nos observava pelo retrovisor do carro... Aquilo era estranho, porem não dei a mínima. Entrei no carro e Débora seguiu.
------ O que há de tão importante?
------ Você não lembra!? -me olhou por um segundo.
------ Ah... Do que exatamente eu devia lembrar..?
------ Katherine! Como pode esquecer da noite da pegadinha? Sabe... Agora somos os veteranos... É nosso último ano! Temos que marcar a historia desse colégio.
------ Desculpa Débora... Eu esqueci mesmo.
------ Tudo bem! Mas, você tem que participar.
------ Como? Eu não... - me interrompeu.
------ Pode parando! Você estava animada lembra!?
------ Isso foi antes... - desviei o olhar.
------ Vida nova? - me olhou - Por favor... Vai ser legal, eu prometo! - sorriu.
------ Eu.. - Débora estava certa, tenho que sair desse luto eterno, tenho que voltar para minha vida... Meu pai ia querer isso. - Tudo bem... -olhei para ela - Vida nova! - rimos.
------ Esse ano será épico!
------ Por que temos de chegar cedo?
------ Deeer... Reunião!
------ Você está levando isso a sério mesmo - sorri.
------ Claro... Somos as responsáveis.
------ Somos? Tipo você e eu!?
------ Sim - sorriu - Você, eu... O gatinho do Lucas Somerad, Tália Romen e o metido do Adam Nobel. Houve uma votação para escolher os representantes...
------ Oi? Sério mesmo? Como estou no meio disso!?
------ Te indiquei...
------ Disso eu já suspeitava. O que quero saber é como tive "votos"
------ As pessoas gostam de você Kat... - chegamos no colégio.
------ Não... Elas sentem pena, é diferente. - esperei ela estacionar e tirei o cinto.
------ Não é bem assim... - me olhou.
----- É exatamente assim! - olhei para ela e senti o clima ficar pesado - Vamos? - sorri, tentando quebrar aquilo - A reunião não começará sozinha. - disfarcei.
------ Tudo bem... Mas Kat, eles gostam mesmo de você. - sorriu pacificamente.
Abri a porta, peguei minha mochila e sai, dei a volta no carro e reencontrei Débora.
Saímos do estacionamento pelas escadas que ligavam ao jardim e atravessamos o mesmo. Como já esperado o colégio estava praticamente vazio.
Entramos no pátio, passamos pelo refeitório e subimos até o segundo andar. Caminhamos até a sala 13 e entramos. Tália e Lucas já estavam lá, caminhei até uma das mesas e sentei em cima. Débora preferiu ficar próxima a mesa dos professores revendo alguns papeis.------ Bom... Acho que podemos começar. - adiantou ela, indo para o meio da lousa.
------ O Adam não chegou! - retrucou Tália com os braços cruzados.
------ Ele está... - Débora foi interrompida assim que alguém entrou na sala.
------ Falando nele... - completou Lucas.
------ Começando sem mim? - se aproximou pela esquerda e sentou uma mesa a frente da minha.
------- Você está atrasado! - Débora deixava claro a antipatia por Nobel. Seu olhar em chamas de ódio na direção do rapaz esclareciam tudo.
------ Estou aqui! Não estou!? - se olharam sérios.
------ Calma Débora... - interferi - Acabamos de começar, ainda não falamos sobre a noite do trote.
------ É, tem razão Kat... - Débora me olhou - Bom... Vamos começar não temos tanto tempo assim.
----- Ótimo! - Tália olhava para Nobel - E o que exatamente iremos fazer? Ano passado... - Lucas interrompeu.
------- Débora disse que esse ano seria épico! E ano passado foi um desastre... Acabou que o diretor Logan interrompeu e perdeu toda a graça.
------ Ele não está mais entre nós! - novamente a voz de Débora, desta vez com um riso maligno.
------ A competição de natação está chegando. Podemos, sei lá... Jogar papel higiénico em toda a piscina... - Tália não era muito fã dos campeonatos que envolviam água (devia ser por conta do cabelo que vivia a base de chapinha ) Entretanto, tudo o que envolvia "garotos" ela estava, fez questão de virar líder de torcida para degustar das vantagens de uma mine saia e um top, que deixavam os rapazes com água na boca.
Pois é... Já fiz parte do time das "garotas" e posso dizer que às conheço bem para revelar todas essas coisas.------ Papel higiênico? E se colocássemos corante... Algo inovador. Podíamos transformar a piscina em um grande mar de bolhas de sabão, cola ou sei lá..
------- A área toda podia estar coberta por bolhas de sabão.
------ E as salas? - iniciou Adam - Katherine? - me olhou - Alguma ideia? - fiquei surpresa com a atitude dele, perguntar minha opinião. Ninguem nunca havia perguntado antes.
------ Sei lá... Ratoeiras por toda a sala. Gavetas coladas. Lousa pixada... Não sei.
------- Não é má ideia... - Adam continuou a me olhava, um olhar diferente. Não sei como descrever, só sei que ele carregava o mesmo ar misterioso. Como se hipnotizasse todo o meu corpo.
------- Ei! - Débora chamou minha atenção - Terra chamando Katherine...
------ Oi? - desviei o olhar de Adam e foquei na mesma.
------- Vamos colocar tinta em todas as portas... Então nada de colocar as mãos nelas!
------- A sim! Essa sem duvidas... - infelizmente ouvimos passos no corredor, ao que tudo indicava os alunos estavam chegando. Olhei para as horas e faltavam apenas três minutos para o sinal tocar.
------- Vamos reunir todos os veteranos aqui as onze horas, hoje a noite... Avisem apenas os veteranos! Nada de carne nova (novatos) ok!? - o sinal tocou assim que Débora terminou de falar.Olhei para Adam por um segundo e acabei ficando presa outra vez. Ele ainda me encarava, eu simplesmente não conseguia desviar era como se ele me magnetisasse. Como se tivesse minha alma em mãos.
------ Kat!? - como um estalar de dedos a voz de Débora soou me fazendo sair daquele transe. Olhei para a porta e Débora acompanhada por Marie me esperavam. Levantei e caminhei até elas.
Meu coração batia forte, meu estômago se contorcia, minha mente se embaraçava. O que estava acontecendo?------ O que foi aquilo? - assim que saímos da sala Débora começou o interrogatório.
------ Aquilo o que? Eu disse algo errado...? - me fiz de desentendida.
------ Não! Suas ideias foram ótimas... - me olhou - Você sabe do que estou falando.
------ Não faço a mínima ideia...
------ Aqueles olhares... O que está acontecendo entre você e o Nobel?
------ Oi? Nada! Não está acontecendo nada. Ele só perguntou minha opinião, não vejo nada de "estranho" nisso.
------ Sei... - revirei os olhos.
------ Mas e se tivesse? Algum problema? - perguntei.
------ Kat, o Adam não é... - entramos na sala.
------- Não é..? - adiantei.
------ Uma boa pessoa - falou baixo.
------ Ninguém é... - (meu Deus... Eu estava defendendo ele? Sem nem ao menos conhecê-lo)
------- Eu sinto que ele realmente não é uma pessoa boa... Muito pelo contrario.
------ Ei... - a fiz me olhar - Não ira acontecer nada comigo. Aliás ele apenas perguntou minha opinião. Não vai acontecer novamente - ri - Isso só acontece uma vez a cada dois anos.Senti um vento gelado passar por mim, ao virar me deparei com Adam que caminhava em direção ao lugar. Aquele ar estranho de "garoto mau" o deixava ainda mais belo. Estava decidida a desvendar todo aquele mistério. O problema seria como, ele parecia ser esperto e logo perceberia minhas intenções.
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> uma suicida e seu psicopata <
Roman d'amourSeria possível encontrar o amor em meio a dor? E se esse amor não fosse normal? E se ela quisesse morrer? E se ele adorasse a morte? Um amor com futuro? Qual futuro? Seria possível entre tantos problemas um amor surgir? As pessoas mudam realmente...