Sem saídas

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-Katherine Jackson 

------- Nem mais um passo Katherine! - entrou na sala.
------- Como me achou!? - fiquei imóvel por um instante.
------- Você é lenta, burra, e age por impulso... - uma garota entrou em cena - Óbvio que te pegaríamos. - a mesma sorriu após o final da frase.
------- Quem é você!? - dei um passo para trás.
-------- Já mandei ficar parada! - Thomas gritou me fazendo tremer.
------- Quem sou!? - novamente a garota falando - Não importa, saiba apenas que o seu "namoradinho" me mandou aqui para te "pegar" - interrompi.
-------- Adam? - a mesma sorriu - Ele não é o meu namorado!
------- Ele pensa que sim... - caminhou até a caixa em que as provas do acidente estavam - O que pretendia aqui? Juntar provas contra ele? Oh que feio... - Thomas riu porem continuou a me apontar a arma.
------- Onde ele está!? - perguntei.
------- Torturando um certo Joe, eu acho... - a garota me olhou.
------- Não... - cochichei.
------- O que? Diga mais alto sua vagabunda! - gritou.
-------- Vá para o inferno! - gritei como resposta. No mesmo instante Thomas ameaçou apertar o gatilho.
-------- Sua sorte é que não podemos tocar nesse seu rostinho nojento de adolescente... Seu querido Nobel, odeia que toquem naquilo que é dele... Uma pena, não? - se aproximou - Anda! Vamos embora! - agarrou o meu braço, porem me soltei e com um golpe rápido lhe dei um soco no meio da barriga a fazendo ir para trás. Tentei agarrar qualquer objeto ao meu redor porem antes de pensar em fazer a garota já me jogava no chão, acabei por arranhar o braço na mesa atrás de mim, a companheira do menino Frankin já se preparava para me dar outro golpe quando o próprio Thomas gritou para a mesma parar.

------- Se tocar nela ele te mata! - se aproximou - Vamos Katherine! Antes que fique pior! - Thomas  me agarrou pelo braço direito me levantando do chão. Me olhou sério e apontou a arma para o meu estômago - Vamos sair pela porta da frente, se tentar escapar dou um tiro em sua espinha e você morre. Depois, vou até o hospital e arranco o coração do Nicolas com as mãos, invado seu apartamento e estrupo a sua mãe... Adam, pode encontrar outra garota, você, duvido que consiga salvar sua família!
-------- Thomas não... - me interrompeu.
-------- Não? Você está estragando tudo. Mudou o meu melhor amigo! Se não fosse por você e pela droga da sua familia eu nem aqui estaria. Minha vontade é de te encher de bala, sem ligar para o que Adam acharia, sua sorte é que o considero como irmão! Mato e morro por ele! Confio naquele infeliz, e ele em mim! Ao contrario de você! Por que é tão difícil sair das nossas vidas!? - se aproximou do meu ouvido - Você e Adam nunca dariam certo! - se afastou - Chega de papo! Vamos embora. - segurando o meu braço com força e discretamente apontando a arma para a minha espinha, Thomas começou a me arrastar para fora da sala, e assim para fora da loja. O garoto que havia me atendido simplesmente ignorou a situação e continuou a atender um cliente.
   Sentir aquele objeto frio em minhas costas, a garota me olhando friamente me impedindo de pedir socorro, Thomas e suas palavras sussurradas, me faziam tremer, me faziam ter medo.
   Meu corpo queria ir ao chão, o peso do mesmo parecia ter se multiplicado. Alguns policiais passaram por nós, tentei abrir a boca porem senti o melhor amigo de Adam ameaçar puxar o gatilho novamente, o medo me fez calar.
  Fomos em direção ao estacionamento, o mesmo estava vazio. Caminhamos em direção a um carro prata de vidros escuros, a garota abriu a porta e Thomas me empurrou para entrar. Algo me fez resistir, o desespero falou mais alto. Tentei me soltar dos dois, e correr. Porem novamente a garota me agarrou pelo braço, uma força que exigia muito treino e tempo, a mesma ameaçou me dar um soco, desta vez não desisti e dei a cara a tapa. Pelo que Thomas havia dito se me tocassem Adam os mataria, então que se dana-se, eu queria os ver mortos!

------- Parece uma criança! - Thomas me tirou das mãos dela e me puxou indo em direção ao carro - Pare de tentar fugir droga! Você é fraca garota. Está me fazendo perder tempo! - com um simples movimento  me jogou dentro do carro, acabei por novamente me machucar, desta vez o sangue desceu e escorreu por parte do meu rosto.
  Tentei esconder aquilo pois aquele corte me serviria de privilégio, sem escolhas o melhor a fazer é dançar conforme a musica. Usar as armas que restam.
    
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  Thomas ligou o carro enquanto a garota me vendou com um pano negro, me deitou sobre o banco me impedindo de ver o caminho. Aquela vadia já me irritava seriamente, minha vontade era de tacá-la para fora do carro com o mesmo em movimento.
  Alguns minutos se passaram, minutos que mais pareceram horas. O carro parou e o motorista desceu, abriu a porta e me puxou, a garota fez o mesmo, saiu e agarrou o meu braço.
   Em silencio começaram a me arrastar, o lugar cheirava mata, sem duvidas estavamos rodeados por árvores, bem, o que eu fazia ali!? O que fariam comigo!? As perguntas rondavam em minha cabeça, o desespero e o medo voltavam a tomar conta do meu corpo. Uma sensação horrível, aquela na qual não desejo nem ao meu pior inimigo.
   Entramos em um lugar onde o som era ecoado... A cada passo um eco. Difícil decifrar, apenas podia me esforçar para ouvir, pois ainda estava vendada.
  Senti alguem me pegar no colo, tentei gritar porem minha voz parecia estar presa, meu desejo era a morte, eu só queria sair dali o mais rápido possivel.
  Senti as mãos de Thomas me segurando e subindo alguns degraus, caminhando por um corredor e entrando em uma porta. O mesmo me pôs no chão com delicadeza porem ainda mantendo o ar bruto no ambiente. Suas mãos foram de encontro a venda á tirando de mim, me revelou seu rosto, junto,  um olhar marcante.

------- Onde estou!? - olhei ao redor e estava em um quarto, uma cama de solteiro, uma cómoda, uma janela com grades do lado de fora, uma televisão pequena, simples porem arrumado. Que droga de lugar haviam me levado?
------- Não importa, está segura. - suas palavras sairam frias e secas.
-------- Por que me odeia? - Thomas se manteve em silêncio - Vou ser prisioneira aqui?
------- Você fala muito! - me olhou serio - Só me faz desejar arrancar suas cordas vocais!
-------- Não se atreva Thomas Frankin! - uma voz surgiu nos fazendo olhar para a porta, minha respiração ficou ofegante, senti que desta vez iria realmente ao chão.
   Adam Nobel estava encostado na porta,  completamente diferente do garoto que eu pensava que ele era, um olhar sombrio um sorriso totalmente malicioso.

> uma suicida e seu psicopata <Onde histórias criam vida. Descubra agora