As voltas que o mundo dá {CONCLUÍDO}

Capítulo 13 - Ao abrir os olhos.

Anny tentava abrir os olhos que pareciam pesar uma tonelada e ao conseguir quase não acreditou no que estava vendo, seu melhor amigo ali em sua frente. A única coisa que conseguiu falar foi o nome dele, ao lembrar-se de seu não casamento uma lágrima caiu por sua face. O que mais doía era o desejo de seu traiçoeiro coração, que ali naquele momento fosse Antoni e não Samuel.

Ele saiu do quarto apressado para chamar alguém e ela ficou imóvel, observando aquele quarto branco, olhando o teto e derramando algumas lágrimas, enquanto escutava o bip insuportável de uma máquina a seu lado, seu corpo doía, sua boca estava seca, mas algo estava errado demais, sentia como se faltasse algo, como se alguma coisa estivesse fora do lugar, uma sensação esquisita de vazio.

Ao ouvir um som na porta voltou seu olhar para mesma e seu coração acelerou, no mesmo instante em que viu Antoni entrando, ela desceu seu olhar o observando por completo, ele estava com o aspecto de abatido, mais magro, seus cabelos por cortar, barba por fazer.

Antoni não esperava vê-la já acordada, o que o deixou surpreso, seus olhos brilharam mais intensamente, um brilho de felicidade, que há dias não tinha, quando seus olhares se cruzaram parecia que o tempo tinha parado e um sorriso instantâneo se formou no rosto de ambos, mas Anny teve que voltar a realidade, seu amor sempre foi verdadeiro, mas o de Antoni não.

- Por favor, saia daqui. - Seu sussurro lhe cortava por dentro, o que falava não era o que seu coração realmente queria, mas seu estado de sofrimento, sua raiva e seu orgulho foram no momento, maiores.

- Precisamos conversar Anny... Por favor... - Parecia mais uma súplica, do que um pedido.

- Agora você quer conversar? Agora? - Sua boca estava seca e conforme ele se aproximava ficava mais ainda, seu coração palpitava apenas por sua presença, e ela se perguntava. Como conseguiria esquecer aquele homem?

- Quando você quiser e estiver pronta meu amor. - Aquelas palavras cortavam ainda mais seu coração ferido e machucado.

- Não me chame de amor, por favor, Antoni, não minta. - Lágrimas caiam e ela não se sentia bem, além das dores físicas as do coração a estavam sufocando, a vontade que tinha era de gritar, estava tão confusa, tão magoada.

- Te amo de verdade e para sempre vai ser assim. - Os olhos dele estavam cheios de água.

Anny balançava a cabeça em negativa, tentando tirar aquelas mentiras da mente.

- Por favor, aconteceram tantas coisas naquele dia Anny, não sei se me perdoará um dia, nem eu serei capaz de me perdoar. - A culpa o corroía por dentro, todos os minutos de seu dia.

- Vá viver seu amor com aquela mulher, eu te perdoo, mas jamais esquecerei. - Sua boca falava, mas não era o que sentia, não queria que ele ficasse com aquela mulher.

- Nem conheço aquela mulher Anny, entenda, EU TE AMO. Aquilo que aquela mulher falou nunca existiu! Confie em mim. - Ele limpou uma lágrima que caiu.

- Como? Eu vi! Não era apenas uma foto, eram várias e em lugares diferentes! Eu não sou tão cega! - Estava cansada das mesmas afirmações dele, sendo que tinha provas tão claras daquela traição.

- Não vamos falar sobre isso, agora... - Suspirou. - Coisas aconteceram depois daquele acidente e preciso que saiba por mim, preciso que me escute. - Quando ia abrindo a boca para dizer a Anny o que aconteceu, entram no quarto Samuel, Lory, Flávio e Sara.

- O que está fazendo aqui seu assassino? - Samuel falou e Anny ficou com uma cara de questionamento, sem entender aquela indagação.

Antoni odiava aquele Samuel, sempre deu em cima de Anny, fossem pelas mensagens, ligações, sempre dava um jeito de tentar conquista - lá.

- O que faz no meu hospital? Não ouse me acusar assim! - Andou até Samuel e apontou o dedo para ele.

- Vai me dizer que de certa forma não é? - Fez uma cara sugestiva o que deixou Antoni extremamente irritado, como aquele cara queria contar aquilo daquela maneira? Porém, Samuel em seu íntimo jamais faria nada que pudesse machucar a mulher que amava, estava falando apenas para deixar Antoni fora de si e estava conseguindo.

- Cala essa boca suja! Se não eu mesmo calo pra você! - Gritou.

- Acalmem-se os dois, respeitem os pacientes e o hospital, Antoni recomponha-se, sinto muito mais vão ter que se retirar, ficaremos somente eu e a paciente. - Para Flávio, Antoni estava cada vez mais fora de si, chegava a desconhecê-lo.

- Sara! Fica comigo. - Quando Anny sussurrou isso, um sorriso imenso surgiu no rosto de Sara e ali, já via grandes oportunidades.

Porque que esse povo tinha que entrar justamente quando ele ia se explicar? Samuel o que é isso meu filho? É gente, algo me diz que Sara vai aprontar alguma coisa! Aguardem o próximo capítulo, vou postar ainda essa semana! Beijos da Amanda...