Capítulo 40 - Adeus.

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Por favor, escutem a música que coloquei, serve para entrar no clima do capítulo.

Espero que gostem, só pelo título já dá de imaginar que vem coisa ruim por aí, né? Espero que ninguém me mate! Kkkk... Brincadeira...

Não esqueçam daquele votinho! Contribui bastante...

Vamos ao que interessa?


- Antoni meu amor! Antoni! – Gritava enquanto os policiais a levavam forçadamente. Ainda conseguiu ver que o peito dele subia e descia cada vez mais lentamente, como se estivesse morrendo.

Sara sentia que estava perdendo o último vestígio de sanidade, as últimas palavras que ouviu ele dizer foram: "- Eu te amo", mas não eram para ela, nunca foram e jamais seriam. Alguém a amava? Alguém ao menos se importava com ela? A final, ela se importava com alguém? Perguntava-se, mentalmente.

- Ele merece morrer! Não me ama. Não me amava... – Sara balançava a cabeça em negativa, colocando as mãos algemadas nos ouvidos. Seus sussurros não eram ouvidos pelos dois policiais que estavam na viatura.

Durante todo o caminho ia murmurando coisas desconectas, sentia que era consumida pela escuridão, sua mente estava em uma perfeita confusão. Sua face estava borrada de preto por onde suas lágrimas correram.

***

- Vamos sua loira mal amada! – Falou um policial debochado, pegando-a de leve pelo cotovelo. O outro que estava dirigindo a viatura, guiou o carro até o estacionamento da delegacia deixando apenas os dois na entrada da mesma.

Sara não perdeu a oportunidade e se insinuou para o policial pançudo, aproveitando-se da desatenção do mesmo, chutou suas partes de baixo e saiu correndo rumo a uma avenida muito movimentada, ainda algemada.

Durante duas vezes quase foi atropelada, levou várias buzinadas, no entanto continuou correndo descontrolada, passava a mão sobre o rosto borrado. Ao longe avistou uma passarela, sem pensar duas vezes sentou-se em suas muretas de segurança.

- Não é você que merece morrer! Sou eu! – Toda a sua vida passava como um filme em sua mente. Estava tão conturbada, ao mesmo tempo feliz. – Se ele não ficar comigo, não ficará com você! Nós seremos um... – Fechou os olhos, aceitando que nunca mais seria feliz, não depois de ter assassinado alguém. Ela não havia matado o bebê de Anny propositalmente, jamais mandou Breno, atropelar a sem sal, embora o acidente a tenha ajudado e muito, não era sua a culpa. Mas era isso, ela precisava morrer assim como Antoni.

- Calma irmã, não faz isso! – Uma jovem com roupas recatadas, gritou.

- Quem você pensa que é para me mandar fazer algo? Mas que droga! Deixa-me morrer em paz! Eu preciso me libertar! Eu preciso de paz! E eu não sou sua irmã! – Falou alterada e lágrimas caiam por sua face.

- Perante Deus todos nós somos! – A jovem falou confiante, torcendo para que os bombeiros chegassem logo ou que a moça loira desistisse de entregar sua alma.

- Ele não existe! Se existe, me odeia! – Ela chorava ainda mais, estava tão conturbada.

- Não só existe, como pode aplacar essa dor que você tem em seu peito, tenha certeza que Ele ama a todos seus filhos, não importando o que tenham feito, venha me dê à mão, eu prometo que te ajudarei. – A moça estava com os olhos cheios de lágrimas, queria ajudar aquela pessoa atormentada por seus demônios interiores.

Sara ficou com vontade de estender a mão para moça, seu coração tinha um pouco de esperança. Talvez esse Deus me ame! Alguém me ama! Pensou. Quando estava prestes a tocá-la, desequilibrou-se e escorregou.

As voltas que o mundo dá {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora