Rodrigo e Gustavo me arrastaram, mesmo contra minha vontade para um Lual no campus da universidade organizado pela veterinária.
Os corredores do prédio da veterinária estavam decorados com colares havaianos, além de haver tochas que davam ao lugar um clima mais romântico. Do lado de fora, nas árvores próximas havia luzinhas. Muitos estudantes se amontoavam nos corredores, em busca de lugar para dançar.
Tive que dar o braço a torcer e concorda com Gustavo, a festa foi belamente organizada. E eu comecei a me divertir de verdade. Eu e os meninos dançávamos ao final do corredor quase nas árvores, Alice vinha e ia com sua máquina fotográfica tentava capturar todos os momentos que ela achava engraçados.
Gustavo me cutucou e apontou para o começo do corredor. Avistei Giovanni, lindamente vestido com uma camisa branca ao meio daquela galera dançando. Ele me encarou decidido e começou a andar em minha direção, sua camisa branca ganhava destaque por causa das luzes colocadas no local. Meu coração acelerou-se.
Percebi o risinho cúmplice de Rodrigo ao meu lado. Ele tinha armado para mim!
— Por que o convidou? — dei um murro em seu braço. Meio que assustada por não poder fugir de Giovanni como eu vinha fazendo nas últimas semanas na faculdade.
— Calma, Emily! Essa doeu. — ele resmungou aborrecido.
— Fui eu. — Gustavo se acusou ao meu lado. Senti-me traída. Ele não tinha o direito. — Vocês precisavam conversar.
— Eu disse que precisava de tempo! — falei magoada.
— Até quando, Emily? — Gus me encarava com seriedade. — Se dependesse de você ia deixá-lo ir embora novamente.
— É minha escolha...
— Eu só quero te ver feliz. — seus olhos eram sinceros.
Suspirei ao perdoa-lo. Giovanni havia caminhado até mim, puxou o ar de modo inseguro e estendeu a mão para mim:
— Podíamos conversar?
Concordei com submissão e deixei-me levar até uma das árvores iluminadas pelas luzinhas. Escorei-me no caule, mais para me segurar em pé enquanto meu coração queria sair pela boca.
Nossos olhos não se encontravam, não sabíamos como começar uma conversa depois de tanto tempo. Ele me observou cauteloso, o olhei de relance.
— Queria muito te ver. — ele suspirou. — Depois do último dia na faculdade tive dúvidas, mas Gustavo me convenceu. — Giovanni permaneceu um tempo calado apenas analisando-me. Soltei um suspiro doido sem querer ao encará-lo. — Realmente precisamos resolver as coisas.
— Que coisas? — sussurrei em angustia.
— Parece que aconteceram muitas coisas que eu não soube neste um ano e meio. — sua voz era sarcástica, senti sua acusação.
— Pois é, enquanto você transava com outras eu continuei a levar minha vida. — olhei-o com ódio ao retrucar.
— Eu pedi perdão. — ele olhou-me colérico. — Mas não nunca deixei de te amar como você fez ao se envolver emocionalmente com outro.
Suas palavras doeram em meu peito. Senti-me infeliz, parece que só sabíamos brigar. Nossos olhares se cruzaram novamente em mágoa. Talvez não houvesse sobrado mais nada ali para nós.
Com um nó na garganta me afastei. Desta vez ele não me puxou para si, ele apenas deixou eu ir. Avistei Gustavo e Rodrigo me fitarem penalizado por seu plano de nos juntar não ter dado certo.
Olhei para trás e vi Giovanni escorado na árvore que antes eu estava. Ele mantinha o olhar em mim, havia amor ali e também tristeza. Por que brigávamos se nos amávamos? Por que as coisas não podiam ser simples?
Tentei me virar e ir embora, mas meu coração apertava-se cada vez mais. Mantive meu olhar em Giovanni por mais alguns segundos, incapaz de me mover.
Então corri, não para longe e sim para seus braços. Pressionei-o contra a árvore e selei nossos lábios com saudade. Seus braços me envolveram com suavidade, mas com firmeza, como alguém que ansiamos a longo tempo abraçar. Pude sentir seu peito respirando nervosamente, juntamente com o meu, enquanto perdíamos o fôlego em nosso beijo.
— Eu também nunca deixei de te amar. — sussurrei-lhe ao apoiar minha cabeça em seu peito. Olhei-o com profundidade. — Vamos esquecer as pessoas que atravessaram nosso caminho, porque no fundo elas não importam.
— Não importam mesmo. — ele acariciou meus cabelos e tocou meu rosto com as pontas dos dedos. — Eu te amo, e nosso amor é o que importa.
Sorri, qualquer dúvida evaporara de meu coração. Éramos novamente a Emily e o Giovanni do passado, que se sentiam confortáveis um ao lado do outro.
Nossos lábios se tocaram em sinal de reconciliação, intensos de saudade e molhados de amor, enquanto nos abraçamos tão fortemente que sentia um pouco de falta de ar, mas eu não queria largá-lo. Permanecemos ali colados, como garantia de que finalmente estava tudo bem.
Agora, ao seu lado, compreendia a força de nosso amor e que apesar de não poder prever as surpresas que a vida nos reservava, eu havia reencontrado a metade que me completava e amadurecido o suficiente para lutar por isso.
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Essa bela história de amor chegou ao seu final!
Agradeço de todo o <3 quem acompanhou essa história, se emocionou e torceu. Seus votos e comentários aqueceram meus dias.
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Mais uma vez agradeço o carinho de quem acompanhou a história de Giovanni e Emily. Fiquem a vontade de conferirem outros textos e receber novidades pelo e-mail autorasgconzattigmail.com
Abraços, S. G. Conzatti.

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Jovem Amor
RomanceExiste idade certa para amar? Giovanni é professor na faculdade de Biologia e acaba de se separar de sua mulher. Ele não tinha muito a ver com Rebeca desde o princípio e o passar dos anos só fez aumentar a distância que havia entre eles. Emily n...