Capítulo 33.

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Depois de um tempo a ambulância chegou, levaram o meu pai pro hospital, só podia ir um acompanhante, o Rafael foi. A Bianca estava preocupada demais com algo que estava enfusado na mente dela, que ela nem me viu pegar o primeiro táxi que me apareceu na frente. Fui pra mansão, peguei as primeiras peças de roupa e joguei na minha pequena bolsa, ao perceber meu tamanho nervosismos o Pietro correu até mim, não aguentei e o abracei.

-Antes de tudo eu tenho que te contar uma coisa.-Ele disse baixinho e me afastando do abraço dele.
-O que houve ?-Perguntei preocupada.
-Antes do Rafael sair, a Anna foi no quarto dele, e ela o seduziu e ele a beijou.-Ele disse rápido, mas foi o suficiente pra que eu desandasse.
-Arghr, não faz isso...-Ele disse me abraçando antes que eu caísse no chão. -Chora vai..

Eu não estava acreditando, uma traição, meu pai doente, minha verdadeira mãe morta, é muita coisa. Eu não mereço, não mesmo.

-Pietro, você precisa ver uma coisa.-Respirei fundo e tomei coragem de contar mostrar uma coisa pro Pietro, que fosse de piorar as coisas. Que piorassem agora.
-Mostre.-Ele disse e me soltou do abraço dele.

Fui de baixo da minha cama e puxei a minha caixinha de giletes, fui até ele em silencio, ele me observava em silencio. Desembrulhei a gilete, e respirei fundo, ele ficou só me olhando sem entender, mas não questionou. Estendia meu pulso e passei a gilete sem olhar pra mesma, o sangue rapidamente pairou no local em que a gilete passará.

-Você tem uma amiga louca como dizem, psicopática, frágil, fraca, idiota, retardada e trouxa.Tem certeza de que você quer ser o único a ficar ao meu lado ?-Disse meio trêmula mas bastante corajosa.
-Eu não sei o que falar, mas olha, isso não é certo, não é a solução, nada vai se resolver você fazendo isso...-O interrompi.
-E você acha que eu não sei ?-Me exaltei.-Eh não quero solução, quero alivio, assim como se aliviam no copo de bebida alcoólica, no cigarro, na solidão ou no que quer que seja. Tenho motivos ? Tenho! Mas, vocês ou qualquer outros não tem motivo de me julgar, vocês sabem o que se passa na minha cabeça ? Não, não sabe. Por isso cale-se, se você não for capaz de me abraçar calado, saia.-Disse e desandei a chorar. Ele me olhava perpelexo. Ele ficou longos segundos quieto, até que ele intrelaçou nossos dedos.
-Eu... Eu... Eu te.... Amo.-Ele disse pausadamente. Meu coração pulou. Pulou de alegria, ou suspeita, arghr, que seja. Ele me ama.-Sempre quis lhe dizer isso, mas é tanta coisa que nossa. Você não sabe o quão foi e é difícil ouvir você dizer que ama o Rafael.
-Shii, não fala mais nada, só me abraça. -Disse. E assim ele fez, me abraçou como se o mundo fosse acabar, como se aquele abraço fosse se eternizar.
-Sempre estarei aqui, pra te abraçar e te amar.-Ele sussurrou ao pé do meu ouvido. Me arrepiei, as borboletas voaram em meu estomago.

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Que fofinho não acham ? Por isso comentem e deem estrelinhas gatitas. 💘

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