Capítulo 35.

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Como assim ? Como o Rafael descobriu ? Aquilo não entrava na minha cabeça, não entrava mesmo, o Rafael não poderia ter descoberto sobre essa criança agora.

–Está louco Rafael ?–O olhei com ódio ele me olhou com mais ódio ainda.
–Acho que esse teste aqui, está mais.–Ele me mostrou um teste de gravidez, ou melhor, o meu teste de gravidez.
–Mas, quem te contou ?–Fiquei sem entender, quem sabia era só o Pietro e Katherine.
–Acho que seu namoradinho aí quer intriga e contou pra minha mãe, ou que diabos aquela mulher é minha.–Ele disse alto e olhou feio pro Pietro.

Eu não estava acreditando o que o Pietro teve essa atitude sartitica de contar a Bianca a respeito da minha gravidez. O olhei com ódio e ele parecia mais perdido do que outra coisa.

–Eu não fiz isso Sara.–Ele disse como se não tivesse culpa, mas se não tivesse sido ele, tinha sido quem ? A Katherine ?
–Eu não quero te ver enquanto eu não entender essa história, fica longe de mim, por favor. É o minimo que você pode fazer, por mim, por você e por todos.–Disse bolada e saí do hospital as pressas.

Peguei um táxi e fui pra mansão, minha mente estava a mil, eu não estava acreditando no turbilhão de coisas que estava caindo sobre mim. Melhor, eu não estava acreditando que o Pietro fará isso comigo, ele me magou da pior maneira possível, era uma traição isso. E não podia ser a Sophia, ela não sabe da gravidez.

Paguei o táxi e entrei na casa, tomei um banho demorado, já estava batendo saudades do jeito cuidadoso e meigo do meu pai. Da preocupação e muito mais. Eu não ia saber me adaptar muito bem. 
Me joguei na cama e fiquei de cabeça para baixo, de modo com que eu pudesse pegar minha caixinha de giletes. Peguei e escolhi as melhores, fui até a porta e tranquei a mesma. Me sentei sobre a cama e coloquei pra tocar Snakehips All My Friends. E sem que eu desse conta lagrimas começaram a rolar em meu rosto, respirei fundo e peguei uma gilete estendi meus pulsos e passei a gilete vagarosamente, só pra sentir a dor necessária, para que eu pudesse sentir uma dor menor da que eu já estava sentindo. Só pra que eu pudesse esquecer a merda que é essa vida minha, tá, não devo reclamar, tenho onde morar, o que comer, e uma boa saúde, mas por favor, esses problemas vira a minha cabeça de forma insignificante, eu não consigo de modo algum me adaptar aos caos do dia.
Fiz alguns cortes, e quando eu ia fazer mais alguem abriu a porta, era o Pietro, e que diabos ele estava fazendo aqui ? Eu tinha trancado essa porta.

–O que você quer ? Já mandei você me deixar em paz.–Disse furiosa.
–Meu Deus Sara..–Ele disse focando nos meus pulsos almejados de sangue.
–O QUE VOCÊ QUER ?–Gritei.
–Calma, não vir me defender, até porque a minha consciência está limpa. Só vir avisa que amanhã será o velório e o interro do seu pai. O velório pela manhã e o interro pela tarde. E ah, é melhor você ver quem você vai julgar antes de tirar suas conclusões, assim como você sou sensível, e reveja antes que seja tarde demais.–Ele disse cabisbaixo e saiu.

Rever ? Ah, por favor, agora que a Bianca conseguir a casa, e tudo mais vai é me expulsar daqui, por culpa de quem ? Dele. A Katherine com certeza não foi.

No outro dia eu acordei mais cedo, vesti um vestido preto com uma meia-calça preta por debaixo, e um saltinho preto também, deixei meu cabelo solto e sem maquiagem. Era a única maneira de demonstrar luto. Saber que eu estava me arrumando pra ir pro velório do meu pai me desconcertava toda, era tenebroso e dóido ao mesmo tempo.
Desci pra tomar café e já estavam todos a mesa. A Bianca estava lá inclusive. Enquanto tomávamos café recebendo a visita de um homem, de acordo com a empregada era um moço que iria ler o atestado, ele iria dizer quais coisas tinha ficado pra Bianca, pro Rafael e pra mim.
A Bianca estava toda animada, só foi chamados na sala eu, Rafael, e Bianca. Com certeza se algo ficar pra mim a Bianca me mata.
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Bjs, e até a próxima.

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