Capítulo 34.

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Cheguei no hospital as pressas, fiquei na fila de espera um bom tempo, até que uma enfermeira alta veio que informar que meu pai estava em coma, que ele não passava de hoje, e que a droga do câncer já havia se espalhado pelas maiorias das áreas.
Fiquei em pleno choque, não disse nada, dei meia volta, me sentei na cadeira e comecei a chorar, que nem um bebê. Era a primeira vez que eu chorava na frente de alguém, só estava o Pietro comigo, o Rafael, a Sophia e o restante do pessoal tinham ido comer algo.

–Você precisa ser forte Sara, você já esperava por isso, agora você terá a mim, e a ele também, mas de forma indireta, ele vai virar um anjo, e vai continuar te protegendo, e ele te ama, e você também o ama.–O Pietro disse e me abraçou.
–Estou perdendo meu pai mais uma vez..–Disse em meio as lágrimas.
–Não, não está, tenha certeza de que ele está passando dessa para melhor.–O Pietro disse e me abraçou mais forte ainda.

Ficamos naquele abraço gostoso durante um bom tempo, depois a enfermeira veio as pressas dizendo que ele estava tendo uma parada cardiorespiratória, que a hora de se despedir era agora. Olhei pro Pietro e ele assentiu positivamente. Entendi, e fui com a enfermeira até a UTI. Quando lá cheguei os médicos estavam tentando reanima-ló, mas me deram passagem. Peguei na mão dele, e pedi pros médicos pararem, disse que já chega, que se fosse pra ele ficar, ele ficava.

–Pai, sei que não fui uma boa filha desde quando o senhor me achou, mas tentei ser o melhor que pude, o senhor não sabe a falta que fez quando eu era órfã, eu sonhava com o senhor toda santa noite, não havia uma noite que eu pedisse ao papai do céu pra te proteger, e olha, ele te protegeu bem, e agora sei que o senhor virará um anjo, o meu anjinho, ah, e vai visitar a mamãe, avisa a ela que eu a amo, e agora entendo por que ela não me procurou este tempo todo, eu a entendendo e não os julgo, e ao contrário de antes, agora vocês poderão ficar juntos. E em breve estaremos todos reunidos aí em cima..–Fui interrompida por um barulho insurportavel e estridente de um aparelho, olhei em direção e vi que o meu pai tinha falecido. Uma lágrima desceu dos meus olhos, e uma dor imensa tomou conta de mim,desandei em chorar e pude ver que alguns médicos e enfermeiros haviam chorado também.
–Agora a senhora precisa se retirar. Vá pra casa, se acalme, o pior já passou. –Uma enfermeira loira me acalmou.
–Obrigado, sou eternamente agradecida.–Disse. Sorri sem mostrar os dentes pra ela e saí.

Quando cheguei na sala de espera vi o Pietro sentado, corri até ele e me abracei nele, ele me envolveu com seu abraço, o mesmo abraço que me acalma. Fitas e flashes passaram em minha mente. Por mais que a ausência do meu pai me machuque, o que me alivia é saber que ele está com a minha mãe e como o Pietro disse, me protegendo. Meus pensamentos foram cortados pelo Rafael que entrará pela recepção eufórico, ele estava com um tapa enorme marcado no rosto, fora o olho extramente roxo.

–Foi você né ?–Ele apontou pro Pietro.–Mas é claro, eu já devia saber que  a Sara contaria tudo pra você. –Ele continuou apontando pro Pietro.
–Mas que diabos está acontecendo aqui ?–Perguntei.
–E você ?  Sua mentirosa. Escondeu de mim esse tempo todo.–Ele apontava pra mim, ele estava com ódio e ele falava alto, sem se importar com a presença alheia.
–Do que você está falando Rafael ?–Perguntei já impaciente.
–Vai me negar que você está esperando um filho do Pietro ou um filho que pode ser meu.–Ele disse. Meu coração foi a boca. Primeiro com a informação errada e muito antecipada.

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Sumi ? Pois é, vocês também. Não comentam mais como antes, e nem votam, o que é que gente ? A história ta tão ruim ? até preparando algo legal pro fim do livro e vocês não colaboram ? Bora gente, me ajudem a concluir o livro com os votos de vocês e os comentários, senão estiverem gostando, não se preocupem, eu aceito crítica.

E até mais..

Os Últimos Cortes.Onde histórias criam vida. Descubra agora