Capitulo 26.

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Quando estavamos prontos demos um perdido no pessoal do colégio entramos num táxi. Eu não estou pronta pra contar pro Rafael que ele vai ser pai, é difícil pra mim, e será difícil pra ele também, teremos de abrir mão sobre varias coisas, principalmente de um bom futuro, isso está tudo fora do tempo. Não tenho dúvidas do que sinto pelo Rafael, mas, sei lá de momento em momento eu acabo duvidando, por que ? Por que o Pietro está ajudando muito em relação a isso, eu adoraria só amar o meu namorado, mas sei lá parece impossível. O Pietro é muito diferente em comparação ao Rafael. Enquanto o Pietro é divertido, elegante, romântico, cafajeste (Meu Deus, me esqueci deste maldito detalhe, impossível Pietro, deleta, deleta e deleta), o Rafael é calmo, paciente, tem um charme emo quando quer, não demonstra seus sentimentos enquanto você não der um "empurrãozinho", eu a-d-o-r-a-r-i-a, saber o que se passa ou que se passou pra deixa-ló assim, aceitar as coisas se primeiro o parceiro demonstrar reciprocidade.

O táxi logo parou num restaurante chique demais para o meu look. Descemos e pude ver olhares de quem chegava para nos dois, dei de ombros e ativei o "foda-se", eu só quero curtir a noite, e é o que vou fazer.
Entramos no local e ele já tinha feito uma reserva, pude ver olhares se voltando a gente.

-Por que você não me avisou que iria me trazer pra esse tapete de ouro ?-Perguntei em sussurro.
-Achei um programa diferente, daqueles de McDonalds ou Bobs.-Ele sussurrou de volta.
-Você me paga.-Disse entre dentes cerrados.

Nos sentamos numa mesa totalmente chique, um garçom logo veio nos atenter e ele pediu uma champanhe e um bom vinho, reclamei mas ele não deu ouvidos.

-Qual o motivo disso tudo ?-Perguntei sem entender.
-Precisa ter motivos para curtir a noite amor ?-Ele perguntou me olhando nos olhos.
-Não né ?!-Dei de ombros.
-Então não há motivos.-Ele sorriu pra mim, e pro garçom que veio trazer um carrinho cheio de gelo e com as nossas bebidas.

Como estávamos numa mesa tipo cabine, eu dispensei o garçom, eu só queria beijar o meu amor. Por isso me sentei pra mais perto dele e comecei o beijar, um beijo calmo, com longa pitada de desejo. Minha língua explorava toda extensão de sua boca, e nossas mãos fazia um caminho aleatório pelo corpo de ambos, um caminho bastante minucioso. Fui dimuindo a velocidade do beijo até pararmos com selinhos. Ele colocou uma de suas mãos na minha e com a outra começou a alisar o meu rosto com bastante calma e leveza, ele percorria cada detalhe do meu rosto só com o olhar, com aquele olhar que me fazia delirar. Ele sorriu fraco e disse:

-Quero casar com você menina, ter filhos pra cuidar, uma casa bem legal pra fazermos nossa bagunça, e termos nossas brigas rotineiras de casais que se amam e nunca se separar.-Ele disse. Meu corpo estremeceu, e puta merda, ele realmente me amava, mas espera, pode ser palavras ditas da boca pra fora, se fosse isso, droga, ele sabe iludir muito bem.
-Idem.-Disse seca e me afastando. Pude ver ele me olhar sem entender. Se fosse verdade eu poderia magoa-ló de qualquer forma, eu sinto algo pelo Pietro que não quero admitir, mas, também sinto algo por ele que nao sei definir. Atração, sei lá, qualquer coisa. Só quero ver que fará minhas borboletas acordarem, quem ganhar me  ganhou.

Em meios há tantos pensamentos negativos, algo produtivo e legal brotou em minha cabeça, coisa de criança idiota. A cabine em que estávamos era praticamente fechada, tipo aquelas de cassino de Las Vegas, por isso eu me levantei, peguei o vinho e segurei, olhei pro Rafael e disse pra ele constrascenar de que houve um acidente, e que bati com a cabeça, ele concordou, lógico. Joguei a garrafa de vinho no chão, e me deitei, pude ouvir o Rafael fazendo drama.

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Sentimentos contraditórios, opa!
E essa tramóia ? Quero ver no que vai terminar. E vocês ? Comentem! Gogo.
E votem, é claro.

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