AVISO IMPORTANTE.

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VOCÊS CONSEGUIRAM LER O ÚLTIMO CAPÍTULO DA ESTÓRIA ? PORQUE NÃO APARECE AS VISUALIZAÇÕES AQUI E ESTÁ ME PREOCUPANDO, PORQUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO NA MAIORIA DOS MEUS LIVROS. SE FOR MACUMBA, POR FAVOR, REZEMOS. COMENTEM SE VCS JÁ LERAM OU NÃO. PPR PREUCAÇÃO VAI O CAPÍTULO AÍ ABAIXO.


Obs: Para entender este capitulo é necessário reler o primeiro capítulo, para que não os confunda. Boa leitura, e desfrutem da dádiva que és a leitura.

“Ás vezes seu extinto é tão forte, que Deus te livra de cada desgraça.” –Evril Lavigne.

Acordo no outro dia assustada, era estranho, era como se eu já estivesse vivido uma vida, era como se eu estivesse tido um presságio da minha vida. Me levantei da cama e ainda era noite, olhei o relógio e ainda era 21hrs. Ainda dava tempo de ir para festa beneficente. O presságio ou o quer que tivesse sido aquele sonho foi um sonho bem louco, que me fez perceber, que não importa o que fassamos, nada será suficiente, nada caibara em nossos conssetimentos, nada nos completara, e a única coisa que nos resta é viver, por que viver é a nossa única dádiva, é a nossa única forma de suspirar e dizer, eu tentei. E quem sabe completar com um “...e conseguir.”.
Cheguei na sala e vi a Sophia deitada tirando um chochilo no sofá, a cutuquei e ela me olhou com a cara amassada.

–Soph, levanta, hora da festa beneficente.–Disse agitada.–Temos que ir, temos que curtir.
–O quê ? Tá louca Sara ? Estamos brigadas. Espera até eu falar com você. –Ela resmungou e voltou a dormir.
–Não, não Soph, levanta vai.
–Que diabos, puta que me pariu, me deixa dormir garota.–Ela puxou o travesseiro mais pra si e fechou os olhos com a cara emburrada.
–Eu quero ficar com o Edu.–Disse após ficar segundos pensando em algo intusiante para dizer a ela, pra que ela levantasse.
–Agora você falou meu nome. –Ela se levantou do sofá animada e eu dei risada do jeito em que ela falou.
–Mas não vou ser uma de você. –Disse em meio ao riso.–Vai se arrumar.
–Demorô!–Ela disse intusiasmada e adentrou o quarto.

Eu adentrei o meu quarto cheia de boa energia, corri até minhas caixinhas de giletes e fui até a janela, e as joguei tudo prédio à baixo, adeus cortes, adeus tudo que me tire a esperança de viver. Não quero mais essa frieza uniforme.
Fui ao banheiro e tomei um banho relaxante, não molhei meu cabelo, o deixei normal, escovei os dentes e saí, e pelo milagre de Deus, resolvi usar o meu vestido vermelho com meu salto preto, salto pela primeira vez, okay, que extravagante, fiz uma make leve sob meu rosto, para que não tirasse minhas poucas sardas, deixei o cabelo solto, estava lindo, quer dizer, sou linda, todos somos. Peguei minha melhor bolsa, e saí, assim que saí dei de cara com a Sophia, ela estava com seu vestido branco colado e seu salto preto e sua make preta deixava seu rosto bastante realçado, seus cabelos estavam numa trança embutida, estávamos linda. Ela soltou um uau e começou a falar vários elogios acompanhados de “não estou te entendendo.”, “O que aconteceu com você ?”, “Cadê a Sara deprê ?”. Ignorei todas perguntas dela. Entramos num táxi que nos levou ao evento beneficente, assim que lá chegamos estava lotado, e um monte de gente mimada, inclusive as patricinhas que não gostam de mim, deletei a parte em que elas não gostam de mim e desci do táxi toda poderosa, com o ar da graça. Adetramos o local luxuoso e com uma baixa música eletrônica tocando, e garçons para lá e para cá com petiscos e bebidas. Estávamos ali por conta da amiga da Sophia, ela era até legal, não andava muito com a Rafaela, por milagre. Fomos pra um lugar e ficamos olhando o local, acho que já tínhamos chegado bastante atrasadas. E logo avistamos o Eduardo, o moreninho de olhos castanho, e cabelo liso. Ele fez sinal pra Sophia e veio em nossa direção.

–Lá vem ele.–A Sophia disse empolgada.
–Olá damas.–Ele nos cumprimentou com beijinhos na bochecha.
–Olá Edu.–A Sophia disse com um sorriso que não tinha mais tamanho.
–Oi.–Disse seca e claro, sem deixar meu lado cínico de lado.
–Por que estão aqui?–Ele perguntou e eu tomei a palavra e o ar da graça pra responder.
–Pela comida.–Disse com um sorriso carismático no rosto.
–Opa, belo pretexto.–Ele sorriu e eu sorri sem mostrar os dentes e a Sophia me deu uma super encarada.
–Estamos aqui pela Clarinha, que por sinal ainda não a vimos.–A Sophia distorceu a minha palavra.
–Ela estava aqui pouco antes de vocês chegarem.–O tal do Edu disse sem tirar os olhos de mim, e confesso que aquilo já estava me incomodando.

Pro meu azar, o tal do Edu ficou minutos e mais minutos conversando, até ele se tocar e meter os pés de lá, e assim e a Sophia se jogou, tomamos champanhês uma atrás da outra, a festa deu uma pausa meio demorada, pra um coroa sem graça fazer um discurso ao qual eu não sabia do que se interessava. Demos uma volta no salão, até percebermos uma roda em volta da Clarinha, a amiga meiga da Sophia, puxei a Sophia e me aproximei da roda. Eles estavam criticando a Clarinha, era os pais dela, com tios e amigos.

–Maria Clara Cirqueira, um desgosto completo pra essa família. –O pai disse e olhou pros pulsos da garota, ela se cortava.
–Você é uma fraca, Clara.–Uma das amigas dela disse com uma cara de nojo.
–Ela é um desgosto, olha só, tão frágil e com essas franganhagens de cortes, vê se isso é modo de fugir dos problemas.–A mãe dela disse muito decepcionada.
–Nunca esperei isso de você Clarinha.–A Rafaela disse e a Clarinha se pôs a chorar e eu não me aguentei e entrei na roda.

–Quer dizer que vocês estão a culpando por algo que quem não sabe vocês, que são vocês próprios que a causam ?–Disse segura de mim e ainda vi a Sophia fazendo sinal pra que eu saísse dali.
–E quem é você?–O pai dela me perguntou incrédulo.
–Alguém que com certeza você nunca mais vai querer ver.–Respondi furiosa.–A Clarinha pode até ter errado, mas vocês, olha só vocês, tão hipócritas, que só sabem enxergar o erro, e a causa ? Já pararam pra se perguntar ? Parece que não. Muitos dizem que cortes é uma tremenda putaria, mas olha, vocês não fazem noção do que passamos pra fazer isso, poderíamos fazer outra coisa, mas se achassemos fazeriamos. Cortes é só uma forma nal qual encontramos de aliviar a dor. Sabe eu ? Me cortava dia após dia. E hoje, eu dei conta que não preciso disso, enquanto eu posso me cortar em sorrisos, me embreagar de amores, cair de dar risada, e sofrer por não ter mais tempo pra ser feliz. Sabe Clarinha ? Isso é perda de tempo, diante das coisas legais que podemos fazer. Podemos sorrir, aprontar coisas boas, nos beneficiar em dar amor, podemos até nos desiludir, e minha cara, vamos perder tempo achando coisas pra fazer, para lá na frente contar aos nossos filhos e netos. Isso não vai nos levar a lugar algum, a vida é uma dadiva que acaba, assim como muita coisa. Apesar dos pesares, escolhemos qual a melhor forma de se matar, eu prefiro me matar de tanto ser feliz, prefiro me matar de tanto rir. E enquanto a vocês ? Caí na real, essa vida de vocês é mó medíocre. Seus cuzão.–Saí pisando duro e puxei a Clarinha.

Fomos pra fora e saímos caminhando pelas calçadas desertas por conta do horário.

–Obrigado.–Ela disse depois de um tempo calada, parecia está digerindo toda situação.
–Eu vivi um presságio. –Disse sem querer, mas querendo.
–Pré..o que ?–Ela fez uma careta.
–Um presságio. Minha amiga me traia, me apaixonava por um meio irmão, achava meu pai e ele estava com câncer, minha mãe tinha morrido, minha madrasta era uma monstra, ainda tinha um garoto pelo qual eu tinha me apaixonado, eu não podia ficar com ele porque estava gravida do meu meio irmão, e aí ele arranjou uma namorada, e resumindo, nesse presságio eu me suicidei. Ainda tinha uma família, quer dizer, ainda tem, só que se chama meu consciente agora, e eles me fizeram perceber, que se eu não tomasse um rumo na minha vida agora, era aquilo que iria acontecer, aquele presságio iria se tornar realidade. É.. Acho que contornei o destino.–Desabafei.
–Contornamos, você me fez perceber que a vida não precisa ser esse mar de sem cores, que quem faz o dia bonito somos nós. Acho que não preciso me matar enquanto tenho a opção de florescer. Agora sei, que viver e saber que tentamos é a nossa melhor opção.. –Ela concluío.
–Exato, e não podemos esquecer que tudo nessa vida tem um porquê, um porquê pra comer, um porquê pra sorrir, um porquê pra chorar, um porquê pra sorrir, um porquê pra está aqui, e um porquê pra viver, e acredite o porquê pra viver é sempre belo.–A soltei uma piscadela e ela um sorriso de canto.

E agora eu vi, que não preciso conviver com a infelicidade quando eu mesma posso fazer a felicidade.

Fim!

Os Últimos Cortes.Onde histórias criam vida. Descubra agora