Capítulo 16

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Continuamos andando até que chegamos em frente à um muro alto coberto por plantas, ainda na área da piscina, só que um pouco mais afastado.

Agachei no chão e puxei um tapete feito com grama sintética. Embaixo dele há uma pequena porta que nos dá passagem para um lugar debaixo da terra. Meu lugar preferido que nunca mostrei a ninguém, só o Pedro.

Abri a porta e olhei para o Gustavo. Vejo que ele está impressionado e curioso. Faço sinal para ele me seguir e assim ele faz.

Seguimos por um corredor/túnel embaixo da terra e até agora ninguém disse nada. Mas como eu disse, até agora.

- Que lugar é esse? - Gustavo pergunta enquanto observa o lugar. Ele parece estar amando aqui.

- Esse é um corredor/túnel embaixo da terra. Ele irá nos levar até o meu lugar preferido. - Respondo com um sorriso no rosto.

- Isso aqui é muito legal! - Ele diz.

- Espera só até você ver o lugar em que estamos indo. - Eu digo e olho para ele. Ele está com um sorriso enorme no rosto. E que sorriso!

Continuamos andando e logo chegamos em frente a uma enorme porta de madeira.

- É aqui. - Digo olhando para ele.

Vou destrancando a porta vagarosamente. As sim que abro totalmente, revejo minha sala.

Papel de parede azul-marinho com desenhos de estrelas; o chão com um piso negro e o teto de vidro com alguns móbiles de planetas. Nas paredes tem alguns pôsteres de planetas, lua, sol, estrelas e tudo o que tem no espaço. Em um canto da sala tem uma mesa com uma cadeira atrás dela e duas poltronas na frente. Em cima dela tem um notebook e vários papéis escrito coisas sobre planetas, estrelas, etc. Em outra parte dessa sala tem uma mesa enorme com muitos papéis com imagens de planetas, estrelas (formato verdadeiro delas), o sol, a lua e muitas outras coisas. Em volta da mesa tem várias cadeiras.

- E aí, gostou? - Pergunto ao olhar para Gustavo que está de boca aberta observando cada detalhe dessa sala.

- Muito! Isso aqui é muito show! Mas é de quem?

- Meus pais e meus tios criaram isso aqui. Eles sempre vêm aqui para ver planetas, estrelas e todas essas coisas. Eles vêm para estudar e para apenas observar o céu.

- Muito legal. Mas como eles vêem os planetas e estrelas...? - Ele pergunta.

- Vem aqui. - Vou andando até uma porta preta sendo seguida por Gustavo. Abro a porta revelando uma enorme sala com as paredes e o piso escuros. No meio da enorme sala tem um foguete.

- Que show cara! - Gustavo diz com a mão na boca. - Esse foguete pode decolar?

- Não. Ele nunca saiu daqui para falar verdade. Temos ele aqui, pois usamos ele para observar o universo como se estivéssemos lá mesmo.

- Tipo uma ilusão?

- Isso mesmo. E tipo um videogame também. A gente pode controlá-lo e se caso alguma coisa bater em nós, como alguns meteoros, iremos sentir o impacto, pois ele vai vibrar. Será como se estivéssemos no espaço mesmo, mas não podendo sair do foguete.

- Que legal!

- Quer fazer uma viagem para o espaço? - Pergunto à ele sorrindo por saber que poderei "ir" ao espaço novamente.

- Sim. Mas você sabe controlar essa coisa? - Ele pergunta.

- Sei. Mas ainda tem o piloto automático. Vamos entrar. - Abri a porta do foguete dando passagem para Gustavo passar e logo em seguida entro também.

Me sento em um assento e ele em outro. Olho para ele com um sorriso enorme e ele também está com uma expressão muito alegre em seu rosto.

- Coloque o cinto. - Digo enquanto coloco o meu.

Ele coloca o cinto e eu ligo o foguete que faz um barulho ensurdecedor, mas logo o barulho diminuiu.

Um tempo depois, as luzes do foguete se apagam assim como todo o foguete se desliga.

- O que está acontecendo Pérola? - Gustavo me pergunta um pouco assustado.

- E-eu não sei. Não era para acontecer isso. - Digo isso e as luzes começam a piscar.

Ainda com as luzes piscando, uma fumaça se forma perto da parede do foguete. Não sei o que está acontecendo.

Logo a fumaça vai criando alguma forma. A forma de uma garota vai se formando aos poucos com a fumaça, que logo desaparece por completo.

A garota usa um enorme vestido Preto que vai até os pés, seus olhos e seu cabelo longo e cacheado são negros, sua pele é pálida e em sua boca apresenta uma forte cor preta. Me parece que conheço ela de algum lugar, só não me lembro onde.

Ela fica nos encarando com uma expressão de raiva e ódio em seus olhos e rosto. Seus punhos pálidos estão cerrados.

Olho para Gustavo. Em seu rosto está as expressões de espanto, medo e confuso. Ele me abraça com a intenção de me proteger e ficamos encarando a garota e ela, a gente. Um silêncio incomodante fica entre nós, até que ela resolve quebrá-lo.

" - Esperei os pombinhos dizerem algo, mas pelo visto são covardes!" - A garota diz com uma voz estranhamente sombria e assustadora.

- O que você quer com a gente? - Perguntei grossa.

" - Quero acertar as contas do passado." - Ela diz e dá uma risada malígna, que também me parece familiar.

- Acertar as contas? Do que você está falando? - Pergunto confusa.

" - Pelo visto seus queridos pais não te contaram nada né." - Ela continua com sua risada malígna.

- Nos deixe em paz! Volte para o lugar de onde você veio e fique lá! - Gustavo diz.

" - Cala a boca aí senão você também vai ter que pagar junto com ela!" - Ela grita com ele.

- Nos deixe em paz! O que você quer com a gente? Dinheiro, tudo bem! Mas nos deixe em paz! - Grito para ela.

"- Você não manda em mim garota! Mas eu vou deixar vocês sofrerem um pouco mais."

- Sai daqui! Ninguém te chamou e nem queremos que fique aqui. Vai embora e não volte mais! - Grito.

Ela começa a rir maléfica novamente. Gustavo sai de perto de mim e vai até algum lugar, mas quando eu iria gritar seu nome, vi onde ele estava indo e então fiquei quieta para a garota não perceber.

Olá Terráqueos! Alguém aí? Espero que sim. Estão gostando da obra de uma simples Marteana? Deixem seus votos e comentários e se não tiver nada interessante, me avisem para que eu possa mudar algumas coisas. Por enquanto é só, bye.

[EM REVISÃO] A Garota Misteriosa - O Mistério Continua... Onde histórias criam vida. Descubra agora