[EM REVISÃO] A Garota Misteriosa - O Mistério Continua...

Capítulo 31

- Agora que já comeram, podemos ir para o hospital? - O médico pergunta impaciente. Não fui com a cara dele.

- Sim. - Respondo. Eu queria contratar um médico melhor, mas agora não há tempo suficiente, então serve esse mesmo.

- Amor, você vem conosco? - Rick pergunta.

- Não. Eu vou ficar aqui para terminar as tarefas da casa. E ver mais umas coisas. - Digo.

- Então tá. - Ele me dá um beijo e em seguida passa pela porta da sala acompanhado do médico e dos meninos.

Agora que eles já foram, vou até o computador para ver se na Internet tem algo do tipo "Como matar fantasmas". Isso é estranho, afinal, fantasmas já estão mortos e até parece uma bobagem pesquisar isso, ninguém deve ter postado em seus blogs modos de matar fantasmas. Mesmo assim, vou insistir.

Fui ao Google e em seguida apareceu vários sites ensinando matar fantasmas. Enquanto eu estava aqui, achando que é uma loucura eu pesquisar isso, esse assunto na Internet é super normal. Que coisa louca.

Decidi clicar no primeiro blog e ali está escrito da seguinte forma:

"Os fantasmas podem sumir, o melhor jeito de matá-los é queimando os restos da pessoa, ex: uma unha, um fio de cabelo etc. Caso você queira apenas afastá-los, basta usar sal."

Essa forma de matá-los parece bem provável que aconteça, mas essa forma aí de afastá-los é muito estranha. Bom, já que eu estou a fim de matar e não afastar, eu vou focar na forma de matá-la.

Onde será que ela morreu? Em qual floresta? E será que os restos do corpo da garota ainda está lá? Bom, preciso falar com a Juh. Oh não! Agora me lembrei que a Juh está em perigo! Não sei mais o que eu faço. Não tem mais nada que eu possa fazer.

Nossa! Como eu pude me esquecer? Preciso logo avisar à Pérola e ao Pedro que os meninos estão bem. Com certeza isso fará com que eles fiquem pelo menos um pouco alegres.

Subo até o quarto da Pérola e em seguida bato na porta.

- Pode entrar! - Ela diz.

- Oi filha. Como está?

- Um pouco melhor.

- Que bom. Tenho uma ótima notícia para te dar.

- O que é?

- Os meninos voltaram. E agora eles estão bem, longe daquela garota fantasma. - Digo com um sorriso no rosto ao ver sua empolgação ao saber disso.

- Que ótimo mãe! Pelo menos ninguém mais irá se machucar! Cadê eles? Onde estão? Preciso vê-los! - Ela diz toda agitada.

- Calma. O Rick os levou ao médico.

- Médico? O que aconteceu com eles? Eles estão machucados? - Ela diz preocupada.

- Não, Pérola! Calma. É só para ver se estão com algum machucado, ou alguma inflamação, sei lá. Só para ver se está tudo bem.

- Ah, melhor assim. - Ela diz aliviada.

- Vou lá falar com o Pedro. - Digo e ela assente.

Saio do quarto e vou até o Pedro e bato na porta. Ele vem e a abre para mim.

- Oi tia.

- Oi Pedro. Como está?

- Melhor do que antes, eu acho.

- Então tenho uma notícia que vai tirar um pouco dessa sua tristeza.

- Que notícia?

- Encontramos os meninos e eles estão bem!

- Encontraram? Cadê eles? Como eles estão? Me deixe vê-los tia, por favor!

- Claro, eu deixarei vocês se verem. Mas agora não dá porque o Rick os levou ao médico para...

- Ver se está tudo normal né. - Ele completa minha frase e eu assinto.

- Bom, deixe-me ir lá preparar o jantar. Eles comeram, mas aposto que ainda estão com fome em compensação de todos esses dias aí sem comer. E a Pérola e você também devem estar com fome, afinal, quase não comeram nada esses dias.

- Tá bom então. - Ele sorri de lado.

[]¤[] Pérola on []¤[]

Cara, eu não sei nem explica o que eu estou sentindo. Não sei se é felicidade ou tristeza. Talvez seja os dois. Triste pelo Gustavo e feliz pelos meninos.

Talvez seja um mistura de sentimentos, talvez seja apenas minha cabeça não sabendo diferenciar nada. Não sei.

O bom é que agora vamos poder ver o que há naquele livro e se realmente tiver algo lá que nos ajude a saber sobre a fantasma, iremos conseguir matá-la e então ficaremos em paz! Preciso falar com o Pedro.

Saio correndo descalço pelo corredor e vou até o quarto do Pedro.

- Pedro! Pedro! Abre essa porta logo, vai! - Grito enquanto dou socos na porta.

- O que foi, Pérola?

- Sabe aquele livro? - Pergunto e ele assente. Então eu o explico tudo.

- Isso! Precisamos ver logo o que há naquele livro. Hoje à noite, nós iremos abrir aquele livro, quando todos estivermos reunidos na sala.

- Tá bom. Aí Pedro, e seus pais? Eles não iriam chegar aquele dia que estávamos procurando os meninos lá na escola?

- Nossa, é mesmo! Eles ainda não chegaram. Vamos lá embaixo falar com a tia Isabella.

Descemos as escadas e fomos até a cozinha, onde minha mãe está.

- Mãe, a tia Hadassa e o tio Jhonatan ainda não chegaram de viagem?

- Sim, chegaram. Mas eles ainda não tiveram tempo para vir aqui, então eu os convidei para jantar aqui hoje.

- Nossa. Nem vieram me ver. - Pedro diz.

- Não fique triste, Pedro. Tente entender que eles se preocupam com você, mas não têm muito tempo. E outra, eles sabem que você está bem, porque você está aqui. Conosco. - Minha mãe diz.

- Vou tentar levar no lado bom. Aí Pérola, vamos assistir alguma coisa na TV?

- Tá, mas o quê?

- Ursinho Pooh. - Eu olho para ele como se dissesse "Tá zoando né?". - Não, é sério. Só para acalmar um pouco.

- Ta bom então.

Fomos até a sala, nos deitamos no sofá e começamos a assistir o desenho do Pooh, depois foi Procurando Nemo, depois Tom & Jerry e depois Bananas de Pijamas... Tá, não chegamos à esse ponto. Mas foi quase.

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A campanhia toca e eu vou atender. Assim que vejo o Gabriel, dou um abraço longo nele e em seguida vou até o Lucas e dou-lhe alguns beijos na bochecha e o abraço.

- Oh meu Deus! Que bom que vocês estão bem! Fiquei tão preocupada! - Digo. - Ainda bem que estão aqui!

- Oi Pérola, sentiu saudades? - Gabriel diz com o mesmo tom brincalhão de sempre.

- Não faz ideia! - Digo com um sorriso nos lábios.

- Eu também senti muita falta de vocês, cara!

Dou alguns passos para o lado, dando passagem para eles entrarem. Meu pai foi até a cozinha e os meninos e eu nos sentamos no sofá e começamos a conversar.

Que saudade eu estava deles, das vozes deles, das conversas, brincadeiras, risadas, sorriso que contagia qualquer um... ninguém faz ideia do quanto eu senti falta deles.

Eu amo muito eles, só que em especial... Tá, não tem ninguém em especial. Só amo eles dá mesma forma, amigavelmente.