Capítulo 1

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Acordei disposta a correr no Central Park, estou usando minha calça de corrida e uma camiseta justa suficientemente confortável e uns tênis sem meias. Verifico a hora que informam que são 8 da manhã. Um dia agitado como todos os dias são em Manhattan... Passo correndo pelas ruas, a fim de tentar observar o caos dessa cidade. Com certeza morar numa cidade pequena seria entediante, jamais me imaginaria viver numa cidade em que as buzinas não cantassem desordenadamente em meus ouvidos. Eu amo a agitação desse lugar.

A vista aqui no Central Park é de uma beleza estonteante, transmite uma paz que só quem está aqui no parque sente! Coloquei meu iPod, e acelerei a corrida, afinal a sensação de liberdade que a corrida me trás é muito relaxante. Tenho sorte de fazer parte de um grupo de mulheres que não precisam contar calorias... A genética me deu muitos benefícios, ser alta, corpo esbelto, seios fartos, bunda grande e uma cintura minúscula e escultural são atributos pouco comuns para uma mulher só, pareço mais com as brasileiras do que com a tradicional americana que sou. Meus cabelos castanhos e longos dançam num rabo de cavalo alto batendo em minhas costas e colando em meu suor. Depois de 1 hora e meia de muita endorfina no sangue decido voltar pra casa, afinal tenho uma reunião às 11 da manha nas Indústrias Brown.

-Bom dia! Senhorita Miller, acabou de chegar correspondências em sua caixa postal.

- Bom dia Sr. Morel. Ah! Muito obrigada por avisar. - O Sr. Morel é um dos porteiros da The Laurel, o Edifício no qual moro, ele é sempre muito atencioso comigo, devo incluí-lo na minha lista de presentes de natal. Sempre foi muito prestativo e educado, tem um sorriso muito sincero.

Recolho minhas correspondências e sigo em direção ao elevador, entro, aperto o botão e as portas começam a se fechar, numa fração de segundo o fechamento das portas é interrompido por uma mão masculina e as portas voltam a se abrir novamente.

O que vejo, eu não sei descrever se é uma visão ou uma miragem, se é concreto ou abstrato, mas que caliente é esse homem Jesus!

- Bom dia! - fala o homem com uma voz que me enlouquece.

- Olá! - foi à única coisa que saiu de minha boca... Devo reconhecer que pouquíssimos homens prendem a minha atenção. Mas esse homem claro, grande, viril, que exala poderosa energia, ainda possui um perfume altamente embriagante. Que homem meu Deus! Ele estava vestido com um terno grafite, camisa preta e gravata grafite, quase o mesmo tom de seu terno. Tem um deus grego aqui! Sua postura firme e intelectual faz a estática movimentar o ar dentro do elevador. Será que ele mora aqui? Eu nunca o vi aqui... Meuuu Deussss!

- A Senhora ficará em qual andar? - ele comentou e percebi um tom maravilhado e um olhar hipnotizante sobre mim... Fiquei vermelha!

- Cobertura! - Falo com convicção, tentando manter a compostura... Esse é um homem muito interessante, mas tenho que vestir a capa da frieza e não deixar as emoções me traírem. Concentre suas emoções Alícia! Concentre-se!

- Acabei de me mudar, meu apartamento fica com 7º andar. - ele me deu um sorriso de parar o Olímpio!

Aperto o botão e as portas do elevador tornam a fechar-se e vamos mudo até o 7° andar. Nesse tempo tento analisá-lo​ de todas as maneiras e tenho que reconhecer que meu novo vizinho é de arrancar suspiros. Pare Alícia, pare! Ele com certeza é casado! Mas... Não há marcas de aliança no dedo! Alícia, Alícia, nem todo homem casado usa aliança...

As portas se abriram e ele tocou em minha mão e perguntou meu nome.

- Alícia, Alícia Miller! -

Ele logo estende sua mão. Não posso deixar de observa-las... São enormes, macias e intensas... E pelo apertar de mão ele tem aquela pegada de fazer qualquer mulher enlouquecer.

Vermelho, Além do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora