Capítulo 22

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Acordo com uma forte claridade invadindo meus olhos... Andrew chega até mim com uma bandeja de café da manhã e coloca ao meu lado. Segura meu rosto com uma de suas mãos e me dá um beijo casto na testa. Ajeito-me na cama, me sentando e falo:

- Bom dia. Me diz que foi tudo um sonho! – falo relaxando os ombros

- Foi um sonho! – ele abre aquele sorriso de milhares de megawatts que tanto gosto e respondo.

- Você é um cretino, filho de uma mãe – e sorrindo jogo o travesseiro que está o lado sobre ele. Ele cai na gargalhada.

- é serio mesmo! Trigêmeas? – pergunto não acreditando.

- Sim. Vocês são trigêmeas. – seu tom já se tornou serio.

- O que devo fazer agora? Porque sinceramente não estou conseguindo um raciocínio lógico. –

Andrew, muito pacientemente pega uma xícara de café e coloca em minhas mãos enquanto diz:

- Primeiramente pequena você irá tomar seu café da manhã.

Levo a xícara de café até meus lábios e degusto o maravilhoso café com creme.

- Segundo... Como se sente em relação a ter uma irmã?

Deposito a xícara na bandeja e me sento sobre o colo de Andrew, jogando os braços sobre seu pescoço.

- É um tanto complicado. Há pouco tempo eu descobri sobre a Katie e não sei se foi pelo fato dela já está morta, eu não me importei muito. Na verdade não me abalou como eu "acho" que deveria ter me abalado... Já nesse caso é mais complexo... De certa forma envolve um sentimento que não sei explicar qual seja. Não sei se tem haver com a forma que meus pais morreram dias depois de saber que sua outra filha esta viva... Passa-me muitas coisas na cabeça.

- Pequena... eu acho que devemos investigar a morte de seus pais. – Ele fala olhando em meus olhos.

- Será que a Tia Olga teve haver com a morte de meus pais? – Falo com um horror em minha voz.

- Algo me diz que sua prima Scarlet sabe de muita coisa. - ele faz carinho em minhas costas.

- Eu imagino a mesma coisa meu amor. Aquela visita em minha casa não me cheira a coisa boa de maneira alguma. – falo levantando do colo de Andrew e vou até as janelas. Observo o grande jardim da mansão que mais parece com os famosos jardins ingleses. Andrew abraça-me por tras e descansa sua cabeça sobre meu ombro e cheira meus cabelos.

- Vou pedir pra o James investigar... Não há nada que ele não descubra. – me viro para Andrew e jogo meus braços sobre os ombros de Andrew e juntos fazemos o que sabemos fazer de melhor...

Depois de um banho regado a muito sexo, sexo, e sexo, nos arrumamos e vamos até o escritório onde o Senhor Adams está nos esperando pra fazer a leitura do testamento. Sarah que já está na pose de advogada vem falar comigo:

- Como você está se sentindo? Se não estiver se sentindo muito bem podemos pedir ao Sr. Adams que venha outro dia fazer a leitura do testamento.

- Não, não... estou bem Sarah. E o Théo? Onde está que não estou vendo com você?

- Ele foi resolver alguma coisa pessoal dele. Não fiz muitas perguntas a ele. – respondeu ríspida.

- Aconteceu alguma coisa? – Pergunto conhecendo muito bem a amiga que tenho.

- nada sério! – ela responde amargamente.

- Meninas, o Sr. Adams está esperando... Vamos logo acabar com isso pra voltarmos pra Nova Iorque ainda hoje?

- Sim meu amor, vamos!

A leitura do testamento é rápida, clara e extremamente objetiva. Pra minha surpresa, minha avó deixou seus bens pra as únicas herdeiras. Scarlet e eu. Para Scarlet deixou uma luxuosa casa de campo no Arizona, o Bentley que ficava a disposição na mansão. Para mim deixou a mansão, a parte dela na empresa e uma carta.

Depois de tudo resolvido, deixo as orientações para Jofrey e Matilde que continuarão a tomar conta da propriedade. No final de tarde, retornamos todos para Nova Iorque.

Quando chegamos ao aeroporto de Nova Iorque, o Sr. Rodrigues já está a nossa espera.

- Senhor Rodrigues, estava com saudade de seus cuidados. – Falo abraçando meu fiel motorista.

- Senhorita, é um prazer enorme revê-la. Sinto muito pela sua perda. – ele levanta o famoso quepe em sinal de respeito.

- Obrigada Sr. Rodrigues.

Ele ligeiramente abre a porta do carro onde. Entro e sento-me aguardando enquanto Sarah, Andrew e Théo acomodam-se no veículo. Em pouco tempo chegamos ao The Laurel.

- Sarah... tem certeza que não quer dormi aqui e descansar? Amanhã você retorna pra seu apartamento! – tento convencer a Sarah a ficar com o Théo e descansar.

- Não não bonequinha... eu estou morrendo de saudade de minha cheirosa e confortável cama. Sem falar que tenho que estrear esse bonitão aqui nela. - Todos rimos alto – Só peço que me empreste Sr. Rodrigues por alguns instantes.

- Tá certo Sarah, você venceu! – nos abraçamos forte – e Théo... Cuide bem de minha amiga ou mando meus capangas te caçar no fim do mundo.

- Pode deixar Alícia... vou cuidar com muito cuidado desse diamante. – ele leva a mão de Sarah até a boca e da-lhe um beijo casto.

- Se vocês dois já acabaram e insistem em desprezar nossa companhia, vão logo embora pra um quarto. – Rimos todos alto e eles vão embora.

- Vamos pequena, você deve está muito cansada. Tem que descansar! – entramos no elevador e Andrew aperta o botão que leva até a cobertura. Entramos em meu apartamento que está impecavelmente limpo. Charlotte está me esperando com o sorriso e os olhos marejados.

- Oh menina... estava morrendo de saudade da senhorita. – Nos abraçamos por um tempo e ficamos ali curtindo nosso abraço.

- Eu também senti muito sua falta Charllote. Muita mesmo...

- Gostaria de comer alguma coisa menina? – Charllote me pergunta preocupada.

- Minha Charllote, rejeitar seu tempero é um pecado, mas comemos mais cedo no avião. Vou deixar pra mais tarde me empanturrar em sua comida... agora só quero um banho e dormi.

- Então vá descansar menina, farei pro almoço aquele salmão que você tanto gosta.

- Ai que saudade eu estava de você e de seus mimos minha Charllote... – dou um outro forte abraço nela e vou pra o quarto com Andrew.

Tomo um banho rápido, coloco um pijama leve e vou para o quarto. Enquanto estava no banho Andrew estava sentado na poltrona ao lado de minha cama verificando uns e-mails. Me deito e olho para Andrew que fecha o notebook e vem até a minha cama e diz:

- pequena... Vou deixa-la descansar. A viagem foi exaustiva para nós dois e se eu me deitar nessa cama a ultima coisa que faremos é dormir. Vou dormi em meu apartamento e ver como anda as coisas por lá. – ele olha no relógio e diz. – mais tarde nos veremos. Tudo bem pra você?

- Sem problemas meu amor - sempre respeitamos o espaço um do outro e achamos fundamental esse entendimento pra nossa relação.

Viro-me para o lado e coloco um travesseiro entre minhas pernas já que Andrew não estará pra ocupar esse lugar. Andrew me dá um beijo na têmpora, cobre-me, sai do quarto e logo adormeço.


Vermelho, Além do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora