Belinda Gerard comia a pizza já fria em silêncio, mergulhada em seus próprios pensamentos.
John estranhou a quietude da esposa.
- Então, Bell? – sorriu, embora parecesse preocupado - deu tudo certo no trabalho hoje?
A mulher deu um muxoxo baixo, distraída.
Embora Belinda parecesse tranquila, sua mente não havia parado, desde que saíra da Fazbear's Fright. Mas não queria impor ao marido suas recentes paranoias. Não queria envolve-lo naquilo.
O relógio de pulso de John Gerard apitou, fazendo-o se erguer num pulo.
- Oh, puxa. Já são oito da manhã – saiu da mesa, recostando a cadeira e dando a volta até chegar a Belinda – tenho que ir, meu amor.
- Tudo bem – Belinda forçou um sorriso, inclinando o rosto para beijá-lo, e rindo quando ele mordeu de leve a ponta de seu nariz – ei, pare com isso.
John também riu, beijando os cabelos de Belinda.
- Até mais tarde.
- Bom trabalho – ela falou, soltando a mão dele, enquanto John saía da cozinha.
Seus olhos só se desviaram quando ele desapareceu corredor afora, saindo de casa.
A mulher afagou o próprio braço, suspirando. Não fazia ideia do como sua vida se tornara tão maravilhosa, desde que John surgira. Amigos desde o colegial, haviam percebido que tinham mais em comum do que acreditavam. E, dali para se apaixonar, foi um pequeno passo. Amava aquele homem com todas as suas forças, e tinha o instinto natural de proteger sua nova família.
Por isso, tinha decidido que não contaria á ele sobre o que vira em seu novo emprego. Por que a insaciável dúvida perturbava sua mente, e Belinda tinha determinado que faria de tudo para encontrar uma explicação sobre aquele lugar, cuja história era tão longa e misteriosa. Só assim poderia encontrar a paz para a perturbação que surgira em sua cabeça.
Assim que terminou de comer, subiu até o quarto, acompanhada de Luna, sua spitz alemã, que acabara de acordar e começara a seguir a dona escadaria acima.
- Oi, bebê – cumprimentou a cachorrinha, pegando-a no colo e sentando-se na escrivaninha, enquanto ligava o computador – a mamãe está com um problemão. John jamais acreditaria. E acho que nem você...
Assim que abriu o navegador, Belinda procurou por "Freddy Fazbear's Pizza" na pesquisa.
Os resultados saltaram na tela, fazendo os olhos de Belinda se arregalarem.
Numa olhada rápida, conseguiu assimilar todos os animatrônicos dos três estabelecimentos relacionados á Fazbear Entertainment.
- Golden Freddy e Spring Bonnie, Puppet. Family Diner – anotou num papel – Bonnie, Chica, Freddy, Foxy, primeira Freddy Fazbear's Pizza. Toy Chica, Toy Freddy, Toy Bonnie, Balloon Boy. E...
Ofegou, escandalizada.
- Toy Foxy... – gaguejou – Mangle.
Na imagem, reconheceu a raposa branca destroçada que lhe surgira nas câmeras.
- Não é possível. Luna, isso é... não devia estar lá.
Não. Então, o que vira não poderia ser exatamente um fantasma.
- Spring Bonnie. Parece com o animatrônico que encontraram – ofegou.
Ainda espantada, procurou por notícias do estabelecimento, e encontrou vários resultados, incluindo três manchetes digitalizadas que lhe chamaram a atenção.
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Five Night's At Freddy's: A Origem
FanfictionVocê acredita no sobrenatural? Sabe, nem sempre o sobrenatural vem de lugares mal assombrados, mansões abandonadas ou criaturas geradas por encarnações do mal. Às vezes, o sobrenatural surge na inocência, das risadas, do som da alegria infantil. Sur...